8. O Assassino

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-Ok, eu vou contar  toda a verdade.

- Vai conta! -Falei de braços cruzados enrugando a testa.

- Calma,  eu não sei por onde começar.

- Que tal começar do começo?  -Falei olhando para ele séria. - Tá, tudo bem.

- Eu sou um homem morto.  - Falou se rendendo e senti minha pele arder.

- Há,  piada engraçada -Falei irônica e ele me olhou sério.

- Eu morri em 1912, Hilary -Me olhou sério e eu o olhei estremecendo.

- O-oque ainda faz aqui então?  -Falei nervosa.

-Estou aqui para proteger. - Disse me encarando.

- Você fazia parte da seita,  não é?  -Falei olhando-o com medo.

- Sim. - Resmungou -mas, eu não gostava nada daquilo, na verdade nunca concordei com o que eles faziam. Eu até aceitei, mas contra minha vontade, até começar os assassinatos. - Disse me olhando desanimado. 

- Assassinatos? -Falei com voz trêmula.

- Sim, como o de Amélia.

- Então é real... - Estremecia me encolhendo na cama e ele sentou do meu lado. - Você tem sonhado com ela, não tem? - Perguntou confirmando.

- C-como sabe? - Gaguejei, a verdade é que eu estava com medo do Alex, mas ao mesmo tempo sabia que podia confiar nele, e que só queria me ajudar.

- Porque é isso que ela faz -Falou inseguro. -primeiro nos sonhos, depois realidade.  -bufou.

- Como assim?  E eu não sei se é ela... - Falei com esperanças.

- Aparência pálida, olheiras profundas -falou pensativo e continuou -pernas escorrendo sangue, olhar de dar medo, assustador... - continuou numerando - e um líquido preto escorre pela sua boca, não é?  -Falou me encarando e eu assenti. - Amélia morreu tragicamente, e agora, quer se vingar de cada família que vem para cá. Seu pai, matou toda sua família enquanto ela dormia, mas ela foi cruelmente torturada, e seu espírito não descansou.

- E onde você entra nessa história?  -Perguntei com medo.

- Eu tentei salva - lá,  mas fui morto, uma facada no peito. - disse entristecido.  - e eu não consigo descansar, pois tenho uma missão.

-Missão?  -Falei confusa.

- Proteger todas famílias que se mudam para cá,  mas nunca ninguém conseguiu me ver.

- E porque eu consigo? -Perguntei nervosa sem olha-lo.

- Eu não posso dizer. - Lamentou.

- Porque não?  Isso é importante, eu estou em jogo, eu e minha família.  Vou dizer tudo a eles e sair daqui. - Falei o olhando.

- Seria ótimo se não achassem que você não está maluca -falou arcando as sobrancelhas- e não adianta saírem daqui, Amélia sempre vai atrás de vocês.  - Me fitou sério e eu estremeci.

- Tá,  mas porque?  Isso aconteceu com os outros que se mudaram.

- Amélia voltou, faz apenas uns quatorze anos. E só uma família morou definitivo aqui.

- Definitivo? -Falei sem entender.

- As outras só alugaram a casa e passaram um tempo, o suficiente para se assustarem e fugirem. - Falou sem emoção.

- Você está brincando né?  -Falei forçando um sorriso.

- Acha que estou brincando?  - Falou me olhando sério e eu assenti negativamente. - E você não precisa se preocupar com você,  e sim com sua família.  -Me olhou sério.

Espíritos MalignosOnde histórias criam vida. Descubra agora