-Ok, eu vou contar toda a verdade.
- Vai conta! -Falei de braços cruzados enrugando a testa.
- Calma, eu não sei por onde começar.
- Que tal começar do começo? -Falei olhando para ele séria. - Tá, tudo bem.
- Eu sou um homem morto. - Falou se rendendo e senti minha pele arder.
- Há, piada engraçada -Falei irônica e ele me olhou sério.
- Eu morri em 1912, Hilary -Me olhou sério e eu o olhei estremecendo.
- O-oque ainda faz aqui então? -Falei nervosa.
-Estou aqui para proteger. - Disse me encarando.
- Você fazia parte da seita, não é? -Falei olhando-o com medo.
- Sim. - Resmungou -mas, eu não gostava nada daquilo, na verdade nunca concordei com o que eles faziam. Eu até aceitei, mas contra minha vontade, até começar os assassinatos. - Disse me olhando desanimado.
- Assassinatos? -Falei com voz trêmula.
- Sim, como o de Amélia.
- Então é real... - Estremecia me encolhendo na cama e ele sentou do meu lado. - Você tem sonhado com ela, não tem? - Perguntou confirmando.
- C-como sabe? - Gaguejei, a verdade é que eu estava com medo do Alex, mas ao mesmo tempo sabia que podia confiar nele, e que só queria me ajudar.
- Porque é isso que ela faz -Falou inseguro. -primeiro nos sonhos, depois realidade. -bufou.
- Como assim? E eu não sei se é ela... - Falei com esperanças.
- Aparência pálida, olheiras profundas -falou pensativo e continuou -pernas escorrendo sangue, olhar de dar medo, assustador... - continuou numerando - e um líquido preto escorre pela sua boca, não é? -Falou me encarando e eu assenti. - Amélia morreu tragicamente, e agora, quer se vingar de cada família que vem para cá. Seu pai, matou toda sua família enquanto ela dormia, mas ela foi cruelmente torturada, e seu espírito não descansou.
- E onde você entra nessa história? -Perguntei com medo.
- Eu tentei salva - lá, mas fui morto, uma facada no peito. - disse entristecido. - e eu não consigo descansar, pois tenho uma missão.
-Missão? -Falei confusa.
- Proteger todas famílias que se mudam para cá, mas nunca ninguém conseguiu me ver.
- E porque eu consigo? -Perguntei nervosa sem olha-lo.
- Eu não posso dizer. - Lamentou.
- Porque não? Isso é importante, eu estou em jogo, eu e minha família. Vou dizer tudo a eles e sair daqui. - Falei o olhando.
- Seria ótimo se não achassem que você não está maluca -falou arcando as sobrancelhas- e não adianta saírem daqui, Amélia sempre vai atrás de vocês. - Me fitou sério e eu estremeci.
- Tá, mas porque? Isso aconteceu com os outros que se mudaram.
- Amélia voltou, faz apenas uns quatorze anos. E só uma família morou definitivo aqui.
- Definitivo? -Falei sem entender.
- As outras só alugaram a casa e passaram um tempo, o suficiente para se assustarem e fugirem. - Falou sem emoção.
- Você está brincando né? -Falei forçando um sorriso.
- Acha que estou brincando? - Falou me olhando sério e eu assenti negativamente. - E você não precisa se preocupar com você, e sim com sua família. -Me olhou sério.
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Espíritos Malignos
TerrorApós se mudar para uma casa velha no bosque, próximo à uma pequena cidade, a família Bailey começa a ter grandes problemas. Hilary, a filha caçula, passou a perceber atitudes estranhas em sua família e acontecimentos mal explicados em sua casa...