♣♣♣
-Mãe. -Falei brincando com a colher na xícara. Ela me olhou parando o seu serviço e me servindo leite quente. -Charles não vai aparecer não é ? -Mamãe torceu os lábios de olhos baixos, ela parecia estar incomodada com algo.
-Pra falar a verdade, não sei querida. -Apoio suas mãos em meus ombros. -Eu, seu pai e seu irmão vamos a cidade...quer ir ?-falou tentando me animar.
-Não. Vou ficar aqui, talvez Charles apareça.
-Filha, por favor esqueça Charles.
-Que? - Falei indignada.
-Quer que eu traga alguma coisa querida? -falou mudando de assunto como se nada tivesse acontecido.
-Não. - Respondi com indiferença. -Obrigada! -falei em tom irônico.
Ela ignorou e eu sai da cozinha indo ao meu quarto.
- Posso entrar? - Matt perguntou do outro lado da porta abrindo.
-Já entrou. -Suspiro
- Hilary? -resmungo -Você acha que Charles vai aparecer? -falou sem esperanças.
-Torço pra isso, Matt. -Falei entristecendo.
-Essa casa é sinistra, desde que se mudamos pra cá eu sinto algo estranho na casa, mas não sei o que... -falou fazendo gestos.
-Sério? -Falei empolgada. -Agora sei que não estou maluca.
Ele se assustou.
-Você também sente?
-O porão Matt.
-Que? -Falou sem entender.
-Acho que Charles pode estar lá!
Ele gargalhou.
- Só se ele for ninja né? -falou em tom sarcástico. - A mãe ainda não tem chave, e como ele entraria? O porão não é aberto há um ano... quando outra família morava aqui.
-Você sabe quem morava aqui ? -Perguntei interessada.
-O pai disse que era uma... -Ele parou -Já vou indo, tenho que me preparar para ir a cidade.-ele falou saindo
-MATT UMA O QUE ? -gritei e ele já havia saído. - Droga - resmunguei.
Me levantei e tomei um banho, desci as escadas e fui à cozinha, todos já haviam saído, e a única coisa que eu ouvia era o terrível silêncio da casa. Eu ainda não entrei em todos os cômodos, então comecei a andar pela casa.
Olhei um cômodo todo empoeirado então entrei e comecei passar os dedos nas prateleiras de madeira, era uma sala de leitura, eu acho, haviam livros, uma escrivaninha, um sofá de couro preto ao canto da sala, muitos papéis e um toca discos. Olhei na prateleira de discos, haviam muitos, decidi testar o toca discos, então escolhi qualquer um e coloquei, logo me arrependi. Começou tocar uma ópera, deixei o disco tocar e comecei olhar as prateleiras de livros. Eram muitos, mas bem estranhas."Alma ao diabo"
"Invocar o demônio"
"Livro de bruxaria"
"seita De 1912"
Exatamente o ano em que meu pai estava lendo o jornal que achou na casa. Peguei o "Ceita D 1912" e folhei a primeira página. Tinha imagens estranhas parecida com rituais. Tinha uma imagem do demônio e palavras Bulgária. Fui folheando e vi a imagem mais estranha, um lugar estranho com uns palhaços de brinquedo, e uma longa escada pra subir não sei aonde.
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Espíritos Malignos
TerrorApós se mudar para uma casa velha no bosque, próximo à uma pequena cidade, a família Bailey começa a ter grandes problemas. Hilary, a filha caçula, passou a perceber atitudes estranhas em sua família e acontecimentos mal explicados em sua casa...