7. A menina dos Pesadelos

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- Eu sei que está na cara que sou eu, mas não sou. - Disse Alex tentando fazer eu entender aquela situação. - Mas eu não posso te dizer quem é. - Contou entristecido enquanto se afastava de mim -Agora vá pra casa. - Ordenou ele e eu o olhei incrédula, abaixei o olhar para o chão fechando os olhos pensativa, e se realmente não fosse ele? Eu abri os olhos, e ele já havia ido embora.

É claro que eu não fiz o que ele pediu, e continuei procurando rastros pela floresta.

[...]

- Nossa até que enfim voltou! -Disse minha mãe correndo até mim e eu a abracei e ignorei sua preocupação.

Já era uma da manhã,  e entendo sua preocupação, porém eu tinha outras bem mais importantes, e não deixaria que ela me atrapalhasse de descobrir.

- Mãe,  estou com fome. - Falei a ignorando.

- Não mude de assunto, porque voltou tão tarde? -Me repreendeu.

- Porque eu precisava de ar fresco, não queria nem ter voltado. - Menti de um jeito rude e minha mãe se encolheu.

- Vamos à cozinha, tem pizza, de queijo, que eu sei que você adora! -Disse cutucando minha barriga tentando me alegrar e eu forcei um sorriso a seguindo.

Fomos até a cozinha, e comi três pedaços de pizza, e um guaraná, eu já estava satisfeita. Quando me levantei ela mandou eu sentar novamente pois tinha que falar comigo. Eu logo estremeci e disse a ela que podia falar. Ela disse que meu pai tinha um presente para mim amanhã,  e que eu levantasse cedo da cama. Então eu sorri fingindo estar contente. E a abracei subindo ao meu quarto. A verdade é que agora nada me surpreendia, nada me alegrava, nada mudava em nada. Deitei na cama e esperei que Alex chegasse. Eu nem sabia se ele viria hoje depois de eu ter desconfiado dele. Mas eu ainda tinha esperanças, pois ele agora era o único que me ouvia e tentava me entender. Até que acabei adormecendo.

[...]

- Oi mãe, pai. - Falei sem ânimo e ignorei Matt.

-Bom dia filha. - Disse minha mãe e meu pai assentiu me olhando e logo sorriu. - Temos uma coisinha para você. - falou minha mãe abrindo um sorriso largo e saindo da cozinha com meu pai e eu os segui.

Fomos até a biblioteca, e lá tinha uma caixinha. Eu me aproximei,  até que uma cabecinha saiu para fora da caixa e eu abri um sorriso, mas ao mesmo tempo fiquei séria,  pois eu não pedi um cachorro. Então forcei um sorriso e encarei minha mãe.

- Obrigada. - Sorri e me abaixei passando a mão no cachorro.

- Já pensou em um nome? -Perguntou meu pai animado.

Eu encarei o cachorro, examinando-o tudo seriamente.

- Killer.

- O que disse? -Minha mãe perguntou assustada.

- Killer, eu acho que combina muito pra ele. - Sorri normalmente,  e eles me olharam assustados, carreguei o cachorro e sai da biblioteca indo ao meu quarto com o cachorro - Bom Killer, você tem muito o que aprender -Falei quando fui interrompida pela janela.

- Eu vi o cachorro que você ganhou e preciso falar com você!  -Falou Alex sério me encarando.

- É,  e eu também. -Dei um sorriso irônico.

Eu fui até ele e o encarei, ele automaticamente pegou em meu cabelo e me beijou, foi um beijo lento, porém desesperado. Eu fui arrancando sua camisa e o joguei em minha cama, ele desabotoou minha blusa e nós dois ficamos completamente despidos. Já sabemos o que vem depois. Foi tudo de repente, sem aviso prévio, tudo estranho, porém apaixonante e delicado. Com certeza,  eu estava apaixonada por ele. Nos encaramos até que acabei caindo no sono. Quando acordei, eu estava com uma insuportável dor na espinha, fiz careta e apoiei minhas mãos em minhas costas. Alex estava parado na penteadeira me encarando sério.

Espíritos MalignosOnde histórias criam vida. Descubra agora