-Já estamos chegando? - Pergunto com a cabeça encostada na janela do carro de olhos fechados, eu estava bem enjoada pela viagem de várias horas de carro, minha família odeia avião.
-Hilary é a terceira vez que pergunta em dez minutos! Dá um tempo. -Matt respondeu irritado.
O ignorei e esperei a resposta de minha mãe.
-Estamos há poucos quilômetros.
-Ótimo. -Falei com alívio.
-Achamos que como hoje está virando adulta, seria um ótimo momento para a surpresa da casa nova - meu pai falou entusiasmado.
-Vocês sabem que Los Angeles era minha vida. -Falei sem animação.
-Pode ser aqui agora. - minha mãe sorriu - Temos sorte por Charlote ter te deixado essa casa Hilary, do contrário estaríamos na rua.
Charlote era minha mãe biológica.-Irei tentar me adaptar. -Falei sabendo que não tentaria
-Sei que consegue.
◆◆◆
A estrada era longa. Os tais poucos quilômetros. Pareciam muitos. Fechei os olhos e dormi intensamente.
-Lary? Lary! -Era assim que minha família me chamava. -Chegamos.
Abri a porta e saltei para fora. Haviam muitas árvores, e grama morta. E um cheiro de carvão queimando, não parecia uma zona rural pelo cheiro e sim um local muito poluído. Olhei para frente e vistei a famosa casa. Parecia bem antiga. Velha mas de boa aparência, era cheia de estátuas valiosas. Uma casa enorme.
-Gostei. -Tentei parecer sincera, quando na verdade odiei.
-É perfeita não é? -Minha mãe falou com entusiasmo.
-É bonita. -Falei analisando, pois apesar de estranha era bonita, eu teria que fazer daquela casa meu lar.
-Vamos entrar! -Mamãe falou.
-Pode me dar um tempo? - Pedi educadamente.
-Claro querida.
Ela saiu e quando percebi. Todos já haviam entrado. Me senti mais aliviada e dei um passo há frente quando senti um ar frio arrepiando-me toda.
Escutei algo abafar em meus ouvidos:
"Seus dias de paz acabaram "
Fiquei pálida e assustada. Acelerei meus passos e as vozes voltará a minha mente, aquilo nunca havia acontecido antes, não que eu pudesse me lembrar.
"Não vá! Seus dias de paz acabarão "
Ignorei e corri para dentro, quando senti um forte frio na espinha.
-Você está bem? - minha mãe perguntou preocupada.
-Estou bem, essa casa cheira a bolor. -Falei fazendo careta tentando esconder meu nervosismo.
-É que ela estava fechada há bastante tempo. Vamos conhecer a casa.
-Mãe... não se importa se me mostrar o quarto, estou exausta da viagem, desculpe.
-Tudo bem filha. - Ela forçou um sorriso.
Ela me guiou até o quarto, era bem longe, sim longe, a casa parecia ter quilômetros, a escada parecia ter mil degraus. Eu reparava cada detalhe da casa, tinha várias estátuas, e coisas bem antigas. O que me deixou a vontade foi o meu quarto. Ele não tinha aquelas estátuas bizarras. Era simples , mas as pinturas era como de casa antiga, cortinas ultrapassadas e uma penteadeira bem grande de madeira envernizada, e uma casa tão grande não tinha banheiro no quarto só no corredor ao lado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Espíritos Malignos
HorrorApós se mudar para uma casa velha no bosque, próximo à uma pequena cidade, a família Bailey começa a ter grandes problemas. Hilary, a filha caçula, passou a perceber atitudes estranhas em sua família e acontecimentos mal explicados em sua casa...