1. Chegada a Virgínia

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-Já estamos chegando? - Pergunto com a cabeça encostada na janela do carro de olhos fechados, eu estava bem enjoada pela viagem de várias horas de carro, minha família odeia avião.

-Hilary é a terceira vez que pergunta em dez minutos! Dá um tempo. -Matt respondeu irritado.

O ignorei e esperei a resposta de minha mãe.

-Estamos há poucos quilômetros.

-Ótimo. -Falei com alívio.

-Achamos que como hoje está virando adulta, seria um ótimo momento para a surpresa da casa nova - meu pai falou entusiasmado.

-Vocês sabem que Los Angeles era minha vida. -Falei sem animação.

-Pode ser aqui agora. - minha mãe sorriu  - Temos sorte por Charlote ter te deixado essa casa Hilary, do contrário estaríamos na rua.

Charlote era minha mãe biológica.

-Irei tentar me adaptar. -Falei sabendo que não tentaria

-Sei que consegue.

◆◆◆

A estrada era longa. Os tais poucos quilômetros. Pareciam muitos. Fechei os olhos e dormi intensamente.

-Lary? Lary! -Era assim que minha família me chamava. -Chegamos.

Abri a porta e saltei para fora. Haviam muitas árvores, e grama morta. E um cheiro de carvão queimando, não parecia uma zona rural pelo cheiro e sim um local muito poluído. Olhei para frente e vistei a famosa casa. Parecia bem antiga. Velha mas de boa aparência, era cheia de estátuas valiosas. Uma casa enorme.

-Gostei. -Tentei parecer sincera, quando na verdade odiei.

-É perfeita não é? -Minha mãe falou com entusiasmo.

-É bonita. -Falei analisando, pois apesar de estranha era bonita, eu teria que fazer daquela casa meu lar.

-Vamos entrar! -Mamãe falou.

-Pode me dar um tempo? - Pedi educadamente.

-Claro querida.

Ela saiu e quando percebi. Todos já haviam entrado. Me senti mais aliviada e dei um passo há frente quando senti um ar frio arrepiando-me toda.

Escutei algo abafar em meus ouvidos:

"Seus dias de paz acabaram "

Fiquei pálida e assustada. Acelerei meus passos e as vozes voltará a minha mente, aquilo nunca havia acontecido antes, não que eu pudesse me lembrar.

"Não vá! Seus dias de paz acabarão "

Ignorei e corri para dentro, quando senti um forte frio na espinha.

-Você está bem? - minha mãe perguntou preocupada.

-Estou bem, essa casa cheira a bolor. -Falei fazendo careta tentando esconder meu nervosismo.

-É que ela estava fechada há bastante tempo. Vamos conhecer a casa.

-Mãe... não se importa se me mostrar o quarto, estou exausta da viagem, desculpe.

-Tudo bem filha. - Ela forçou um sorriso.

Ela me guiou até o quarto, era bem longe, sim longe, a casa parecia ter quilômetros, a escada parecia ter mil degraus. Eu reparava cada detalhe da casa, tinha várias estátuas, e coisas bem antigas. O que me deixou a vontade foi o meu quarto. Ele não tinha aquelas estátuas bizarras. Era simples , mas as pinturas era como de casa antiga, cortinas ultrapassadas e uma penteadeira bem grande de madeira envernizada, e uma casa tão grande não tinha banheiro no quarto só no corredor ao lado.

Espíritos MalignosOnde histórias criam vida. Descubra agora