32. A explosão da casa do bosque- Parte I

1.3K 112 12
                                    

"Matt"

Hilary aceitaria tudo com muita dificuldade, eu podia ver em seus olhos seu ódio, desgosto e culpa, eu sei que Hilary não tem culpa, mas em partes ela é a causadora de tudo isso, e eu joguei na cara dela isso deixando ela inconsolável e totalmente desamparada, ela não quer ver eu, não quer ver Anne, que na verdade só queria salvar a vida dela e de outras pessoas, mas Hilary tem sido tão infantil que não é capaz de ouvi-la, e nem nada, nem perdoar.

Mais tarde eu decidi levar Anne a lanchonete de John e Jake, para que ela mostrasse a Jake que na verdade esta viva, que ela não morreu e que esta boa, mas está em quimioterapia. Ela parece saudável, mas em algum tempo que estive com ela, vi sua fraqueza e desânimo,  ela é uma garota maravilhosa, eu talvez goste dela, mas ela não tem muito tempo de vida. Talvez meu pensamento seja um tanto egoísta, mas eu não quero ama-la para depois perde-la, assim como perdi minha amada Jessy. Depois que deixei Anne na frente da lanchonete acelerei o carro esquecendo totalmente do nervosismo dela e indo em direção a estrada para o bosque,  eu queria ver meus pais e explicar tudo a eles dessa vez contando toda a verdade, esquecendo do mal que pode acontecer com isso, e lembrando do bem que pode fazer.

— Pai? — Falei entrando na sala e encontrando  inconsolável derramante litros de água com minha mãe toda molhada em seu colo, com seus vestidos sujo de terra. Sua pele roxeada e seus olhos fechados, seu cabelo todo molhado e despentiado. A única coisa que consegui foi caminhar até meu pai e abraça-lo fortemente consolando e limpando suas lágrimas de dor.
.

.

"Anne"

Eu não posso acreditar que esteja aqui. — Disse Jake depois de alguns minutos me olhando com desanimo e medo.

— Eu também não — Falei suspirando — Mas eu achei que eu devesse vir aqui e mostrar que apesar do seu medo de ser feliz comigo eu ainda estou viva.

— Veio aqui jogar na minha cara o quanto covarde eu sou? Não precisa, meu pai senpre mostrou isso a mim. — Falou dando um sorriso sarcástico.

— Nada disso, eu só sinto falta de você

— Nunca vamos voltar — Disse ele.

— Eu não disse a maneira que sinto falta, eu não disse que quero voltar. Eu só senti falta de sua amizade. — Murmurei e ele revirou os olhos.

— Você continua a mesma songa. — Murmurou.

— Oh sério? — Falei desapontada.

— Pelo menos esta curada?

— Não. — Falei com voz áspera me levantando e saindo dali sem falar mais nada.

1 mês depois.

Pov. MATT

Pai, você tem que comer. — Murmurei batendo na porta de seu escritório em quanto ele encarava uma foto de minha mãe sem dizer nada.

É assim que tem acontecido, meu pai tem ficado de luto, eu pedi para que Hilary voltasse pra casa ja que meu pai não dizia uma palavra des de que mamãe morreu, ele está em estado de depressão crítica e isso me preocupa muito. Hilary esta praticamente no mesmo estado, tem ficado em seu quarto, cortando com lâminas suas coxas e gargalhando da dor, dizendo que nada é maior que a culpa que ela sente de todas as mortes que ocorreram de pessoas inocentes inclusive mamãe.

Hilary tem tido pesadelos todos os dias, mas ela não me diz, eu escuto seus gritos e sua tensão enquanto dorme, sua pele soa frio.

Ela tem ficado muito perturbada com tudo o que tem acontecido, e suas reações tem me estranhado muito, já que ela vive gargalhando sozinha em seu quarto passando a lâmina em suas coxas, eu não posso impedir  que ela faça isso, afinal ela ja é responsável pelos seus atos, eu acho que ela esta ficando louca. Outro dia ela chegou com uma grande caixa mas ainda não abriu, apenas trancou no porão, eu tenho medo do que poça ter lá dentro. Outro dia ela chegou dizendo que é pai da Amélia, eu achei que fosse mais uma de suas loucuras, mas não, ela é a encarnação do pai de Amélia, aquele que assassinou toda sua família. Eu acho que esse é mais um dos motivos de ela ter tantos pesadelos e estar tão perturbada. As vezes tenho pena dela, e se tudo acabar mal? Eu ja tenho quase certeza disso.

Anne e eu estamos unidos, estamos como melhores amigos, mas ela não sabe de minha paixão por ela, ela não sabe o quanto amo, e eu quero que ela não saiba, pois eu não aguentaria perde-la.

Jake sem medo algum tem vindo aqui visitar Hilary des de que ela surtou e entrou em depressão, mas nós todo tempo vigiamos para que ninguém faça mal a ele.

Pov. Jake.

Como se sente Hilary?  — Falei me abaixando em sua frente vendo seu estado crítico e horrível de depressão.

— Eu me sinto ótima quando vem aqui. — Falou agitada. Era sempre assim que ela agia ao me ver. E vivia dizendo que um dia iríamos casar e ter sete filhos em uma casa calma e sem problemas, eu apenas assentia sem dizer nada.— Quando vamos casar amor? — Disse ela me olhando atenciosa.

Eu dei um sorriso duro acariciando seu rosto macio e lindo — Hilary, você sabe que não podemos. — Murmurei e ela abaixou as pálpebras afundando as unhas em suas coxas cortadas.  — Hilary para! — Falei autoritário e ela sorriu.

— Se importa comigo?

— Sim me importo — Suspirei cansado

— Então porque não deixa eu fazer isso.

— Porque machuca.

— Não, isso me faz bem — Sorriu — O que me machuca é você dizer que não vai casar comigo. — Falou calmamente dando um sorriso.

— Hilary para com esse assunto de casamento, isso me deixa tenso. — Falei bufando e ela gargalhou.

— Amor é claro que deixa tenso, me deixa tensa também, mas é normal aos noivos.

Espíritos MalignosOnde histórias criam vida. Descubra agora