- Bom e aí? Vai aceitar carona de um bobo da corte que conheceu hoje, e você não sabe nada sobre ele? -Perguntou.
- Bom... - o fitei séria -eu já disse que estava brincando sobre o fato, "bobo da corte", e eu estou super mega chateada por você ter me enganado E -falei com ênfase no "e" - eu sei de você mais que você possa imaginar -dei uma piscadela e continuei andando.
- Sabe é? - Falou incrédulo.
- Sei que seu pai tem uma lanchonete, que você vive sorrindo, que não tem falado muito com mulheres porque as mulheres daqui são fedidas, que você tem água encanada, e que seu suco favorito é de laranja. - terminei e ele sorriu.
- Esqueceu uma coisa...
- Hm?
- Que você me deixa nervoso -soltou um sorriso estreito sem me olhar. - Mas e aí, a única coisa que sei de você é que caiu de bicicleta e seu suco predileto é laranja.
- Esqueceu uma coisa... - Dei um sorriso amarelo.
- O que? -Falou torcendo os lábios.
- Você também me deixa nervosa. - Sorri e ele corou. - Você me dá medo -esclareci meu nervosismo e ele soltou uma um riso engraçado.
- Poxa vida ! -Falou novamente com as mãos na cabeça e eu ri. - Quer ir ao cinema comigo? - Não vai me falar de você? -Perguntou de braços cruzados.
- Meu nome é Hilary Bailey, tenho 18 anos... - Torci os lábios pensativa. - Minha vida é um tédio, moro em Virgínia em um bosque esquisito onde tinha uma seita satanista à um século atrás... - Pensei de novo -Tenho um amigo imaginário chamado Alex -menti -Um cachorro chamado Killer e não sei onde ele está.
- Veio procurar ele na cidade? -Debochou.
- Não, na verdade não sei como vim parar aqui. -Fui sincera.
- Como isso? -Falou impressionado.
- Eu acho que me embebedei muito -Falei com voz de molenga revirando os olhos de deboche e ele riu.
- Você é demais -Me descabelou.
- Ei cara, meu cabelo, minhas regras ! -Falei o fitando sério e ele riu de novo.
- Foi mal.
-John... - Falei em tom baixo.
- Sim? -Parou e ficou me olhando.
- Eu não sei se quero voltar a Virgínia, Tá bom? -Fui sincera de novo.
- Bom, não vou te perguntar o porque, mas se quiser conversar é só falar comigo. - Forçou um sorriso e eu o agradeci.
- Mas tem um problema. - falei pensativa -Não tenho lugar pra ficar. - Falei enquanto nós se aproximava de uma caminhonete velha, vermelha e enferrujada. -Seu? -Assentiu -Será que eu poderia dormir ai dentro -falei super convencida que sim.
- Não, claro que não -falou incrédulo e eu abaixei as pálpebras -Você pode dormir na minha casa.
- Não posso aceitar.
-Então volte a Virgínia -cruzou os braços
Revirei os olhos -Panaca -aceitei.
-Vamos ao cinema ? -perguntou empolgado.
- Cinema nessa cidade? Wooow... -falei "woow" calmamente e surpresa.
- Parece mentira né? - me olhou sorrindo
-Mas ainda é cedo.
- O cinema abre as duas, já são meio dia. Vamos almoçar, certo?
-Ok. - Sorri e segurei sua mão.
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Espíritos Malignos
TerrorApós se mudar para uma casa velha no bosque, próximo à uma pequena cidade, a família Bailey começa a ter grandes problemas. Hilary, a filha caçula, passou a perceber atitudes estranhas em sua família e acontecimentos mal explicados em sua casa...