26 - Maus entendidos, nos fazem perder pessoas

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#clicheseemojis 💛

21/10/2021🍧

Talvez eu nunca tenha contado ou citado, mas em dias de verão normalmente eu pulava o baixo muro da casa de Seok Jin e curtia a pequena piscina no fundo de sua casa — mesmo que só meus pés ficassem debaixo d'água —. Tudo isso porque Jin tinha apenas uma chave e seus pais levavam com eles para o restaurante.

Minha invasão domiciliar não era secreta, uma vez quase parei na delegacia porque a vizinha de Jin achou que alguém estava assaltando sua casa e ligou para polícia, foi uma cena desesperadora e engraçada.

Contudo, naquela tarde de domingo, um mês depois da primeira partida de basquete, eu fazia o mesmo que fazia antes, pulava o muro de Jin, mas dessa vez, com Hákila.

Minha namorada!

Um mês depois, falar que Hákila é minha namorada não é mais tão estranho, mas hoje apesar de borboletas dançarem na minha barriga, eu gosto de dizer aquilo para os ventos.

— Jin hyung? — chamei, não alto demais porque nunca foi necessário, porém o silencio da casa nos assustou nos primeiros momentos.

A casa de Jin era um sobrado, o muro no qual eu dizia pular era um cercado um pouco mais alto que eu, branquinho que eles pintavam todo fim de ano para o Natal, e o chão do quintal era um gramado e só perto da área da piscina que podia notar o piso antiderrapante. As paredes de sua casa eram de tijolinhos vermelhos e finos, com janelas largas que abriam para fora e em cada beiral um vasinho com flores distintas e coloridas.

Ainda surpreso por não obter resposta, pedi que Hákila ficasse atrás de mim enquanto eu entrava um pouco mais, eu passei pela porta branca da entrada que estava apenas encostada e ao fundo ouvi a voz um tanto nervosos do Kim, junto com outra pessoa.

— Ele está com alguém! — ela sussurrou, olhando para mim com dúvida, esperando que eu soubesse de algo, mas na verdade eu nao sabia de nada.

Já disse, vai embora! — Jin esbravejou, e parei por ali, na metade da escada dando passos para trás para esconder na parede da escada.

E eu já disse que não saio daqui até que você me deixe explicar o que realmente aconteceu!

Um baque, era a voz de Taehyung, grave e aparentemente exausta daquela confusão.

Seria agora que eu entenderia o que realmente aconteceu?

— Qual é, Jin? Eu sei toda a história, merda...

— Não sabe de porra nenhuma — esbravejou — Que droga, Seok Jin, até quando vai continuar achando que aquilo foi culpa minha...

— Você nem se deu o trabalho, sabia que podia ter convencido seu pai e nem pediu.

— Eu não pedi, realmente — um suspiro — Eu implorei, Jin, implorei que ele fosse a favor do caso da adoção.

— Taehyung...

— Me escuta, Jin! Eu e você éramos melhores amigos, quando seus pais morreram eu quis por tudo estar com você, eu fiz de tudo Jin para que meu pai aprovasse a parte das ações dos seus pais e que ele fosse ao tribunal para ser a favor dos seus tios o adotarem, você acha mesmo que eu não movi um dedo para que desse certo para o seu lado.

ERA SÓ UM CLICHÊ QUE ME FALTAVA • JUNG KOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora