07 - As provas sempre vêm a tona!

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18/06/2020🏫

Jin estava boquiaberto, eu sentia seu nervosismo, sabia que ele estava com medo e eu estava com raiva, estava com raiva por quem tivesse feito aquilo com alguém tão bom como Seok Jin.

— Senhora Bae! — nós ouvimos uma voz ao fundo da sala, meio rouca e trêmula, quando nos viramos, Kim Taehyung estava de pé, com as mãos fixas sobre a mesa — Kim Seok Jin não é o culpado, eu o conheço a muito tempo e sei que não haveria motivos para que ele roubasse algo.

— Não queira defender seu amigo Kim Taehyung, todos sabemos que você não é um dos melhores alunos dessa escola e poderia muito bem estar como cumplice. — Taehyung mordeu a bochecha, fechando os olhos.

— Sim, senhora Bae, eu realmente não sou e Seok Jin não é meu amigo, não dos damos bem nem se nos pagarem, mas eu tenho certeza de que isso foi um planejamento, uma brincadeira infantil que gerou esse mal entendido.

— E  você Kim Seok Jin, o que tem a nos dizer sobre isso. O anel estava muito bem guardado em sua bolsinha, que por sinal é bem charmosa.— a coordenadora puxou o tecido das mãos de Jin, expressando uma reação desrespeitosa, extremamente tosca.

Meu amigo em todos os seus anos de vivência, gostou de coisas decoradas e extravagantes e o que ele sempre dizia era que comentários maldosos não mudariam quem ele seria, porque ele se orgulhava da pessoa forte que era e eu também me orgulhava do amigo que eu tinha.

— Senhora Bae, eu direi uma única vez — ele disse calmo, seguro de si — Eu não roubei o anel de Kim Sora, não tenho motivos e se quer preciso de um anel feminino que se quer cabe no meu dedo...

— Se eu fosse você eu morderia sua língua para falar comigo garoto...

—E  se eu fosse a senhora, deixaria seu preconceito de lado. Porque eu tenho certeza de que se fosse qualquer um dos outros alunos a senhora iria levá-los para a diretoria, olharia as câmeras e tentaria achar o verdadeiro culpado, mas como sou eu, o filho do casal gay, eu sou gay também, sou ladrão e pelo visto mentiroso.

— KIM SEOK JIN!

— O que senhora Patrícia? Eu estou exausto... Qual o problema com os meus pais, qual o problema comigo? Não sou igual a você ou qualquer outro dessa sala, se não gostam de mim, apenas me ignorem — Jin olhou em volta, dizendo aquilo para geral — Apesar das diferenças merecemos respeito e ultimamente não venho recebendo isso de quem foi considerada a coordenadora do ano por ser democrática... Não seja hipócrita. 

— Tenha respeito a mim, eu sou sua superior, enquanto estiver nessa instituição, mantenha o respeito a mim,

— E quando a senhora teve respeito pela minha família? Meus pais são gays senhora Bae, eles são um casal que passaram por muito mais dificuldades do que qualquer casal dessa sala, sabe no dia do casamento deles... Sabe como um deles chegou em casa? Com um olho roxo, por causa da homofobia de pessoas como você e outros, que não entendem a diversidade e que há diferentes formas de amar. E sabe o que mais me intriga, é que falar tudo isso não vai mudar nada, nada mesmo. Talvez você fique pensativa hoje, mas amanhã quando ver um casal homossexual na rua vai pensar o que pensa todos os dias.

ERA SÓ UM CLICHÊ QUE ME FALTAVA • JUNG KOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora