Bônus da Anastácia

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Eu sei que não deveria falar daquele jeito com a Amy, ela é um doce, todas as vezes que o Henry falava que tinha um pouco de inveja de um possível sócio por ter filhos que tinham a paixão pelo mundo dos negócios, e ele sempre falava da filha do Leon a Amy, que ela tinha rosto de boneca, mas era uma Leoa nós negócios, e realmente ela é assim.

Mas mesmo eu sabendo que a vida do meu filho não era nada fácil com a Cristina, eu não queria que ele perdesse de conhecer o filho com medo de perder a Amy. Principalmente depois que eu descobri o que eu provoquei na vida da pobre Cristina.

Eu precisava muito desabafar, o Henry não me entende o que eu sinto, ele acha que por já ter passado mais de trinta anos eu já deveria ter deixado o passado no lugar dele.

Porém como uma mãe esquece que perdeu seus bebês, e eu sempre soube que a Elizabeth estava viva, e a perde pelo meu erro.

Me troquei para ir neste jantar com a Amy, assim que cheguei na sala vi ela descalça com os pés para cima.

- Amy, se você estiver cansada, podemos ir outra hora - falei para ela.

- Não, eu só estava descansando um pouquinho, mas vamos no Jess, e eu já estou com fome, que o seu filho não me escute, mais eu enrolei mais que tudo no almoço...

- Meu filho também te vigia?

- Sim, ele fazia isso com a Cristina? - ela perguntou meio que involuntariamente, pode ver pela cara que ela fez depois.

- Não, e que o Henry, faz isso comigo até hoje, e olha que nós estamos juntos a 42 anos...

- Vocês estão juntos a muito tempo - ela falou calçando os pés.

- Nós namoramos desde os meu 15 anos, mas nós conhecemos desde que eu tenho 8 anos e ele sempre me enjoava com isso, e valando nele, vamos embora logo antes que ele venha me lembra que eu preciso evitar os frutos do mar - falei rindo e ela me olhou confusa, mas não falou nada.

O meu motorista já estava nos esperando, e sim eu não dirijo, eu sempre tinha crises quando eu precisava assumi o volante, e o meu marido achou melhor eu ter um motorista, já que ele não podia me levar para cima e para baixo o tempo todo, e tinham as crianças, então o seu José Carlos trabalha aqui a 28 anos.

Ele nos levou para o restante e não demorou muito já que moro perto.

Entramos e já fomos pedindo, eu estava com fome, e não lembra como é ter criança cheias de energia em casa.

- Obrigada, pelo que vocês estão fazendo pela minha filha - Amy falou e eu sorrir.

- Ela é minha neta, e não vou mentir estava morrendo de saúde de ter crianças em casa, e não vou mentir eu não tinha tempo para curtir os meus filhos, e as vezes eu estava tão triste, acho que no final não fui boa mãe para nenhum dos três - eu estava sempre pensando na minha bebê e acredito que não fui uma boa mãe para os meus outros bebês.

- Não fala isso, o Enrico te ama...

- Eu sei, eu tive muita sorte de ter três filhos maravilhosos...

- Falando nisso muito obrigada...

- Pelo que Amy? - perguntei sem entender e ela bebeu um pouco do suco de morango com hortelã.

- Pelo seu filho, você fez um bom trabalho ele é maravilhoso, e eu tenho muita sorte.

- Ele também tem, até que fim, ele arranjou alguém que preste, o meu filho é tão bom que chega a ser besta, isso ele puxou do pai, o Henry é um homem com um coração incrível, eu não mereço ele...

- Não fala isso Anastácia, vocês deixam tão claro que são apaixonados - Amy falou e olhei para minha taça com vinho Rose.

- Eu amo o Henry desde sempre, mas mesmo nós amando eu sei que eu não mereço ele, eu não imagino ter passado por tudo que passei sem ter ele do meu lado, tido que eu conquistei foi graças a ter ele do meu lado, eu perdi os meus pai quando eu tinha 5 anos, em um acidente de carro, minha mãe conseguiu me jogar para fora do carro antes dele explodir, meu tio ficou com a minha guarda e me mandou para o pior colégio interno do mundo, até hoje eu tenho medo de escuro, eu perdi as contas da quantidade de vezes que ela me traçou no porão, e uma vez eu conseguir fugir e conhece a família Caliman, eu estava toda machucada, eu nunca esqueço daquele dia, eu tinha oito anos era só carne e osso, já não conseguia correr e a Eliza me viu, eu não lembrava mais o que era tem alguém que cuidava de você, ela foi incrível, e me escondeu de todos por um tempo, meu tio a única coisa que queria era o meu dinheiro, então nem me procurou e eu fui dada como morta aos 8 anos, e realmente a Anastácia Fragoso morreu, e desde então eu sou Anastácia Caliman...

- Calma aí você é irmã do seu marido?

- Não, eu sou prima, bom a Eliza era irmã do meu sogro, ela nunca se casou, e era uma mulher maravilhosa, ela me colocou na mesma escola do sobrinho, e foi aí que eu conheci o Henry, e nos éramos inseparáveis, eu sempre tive medo de me aproximar das pessoas e aos poucos ele foi me ajudando a perde este medo, e aos poucos eu fui entendo que amava ele, quando a minha mãe a Eliza morreu o meu mundo acabou, eu não aguentava mais perde pessoas boas...

- Se não tiver bem...

- Eu quero falar, eu meio que acabo só desabafando com o Henry, e eu sei que ele sempre me entende e apoia, mas eu acho que ele já faz no automático.

- Desculpa falar assim, mas se você está junta com o Henry, desde que vocês tinham quinze anos o que aconteceu para vocês terminarem e você engravidar das Elizabeth? - ela perguntou diretamente na lata.

- Não é algo que eu me orgulhe de falar, mas eu trai o Henry, não foi algo pensado...

- Como? - ela exclamou surpresa.

- Deixa eu explica, antes de você me jugar...

- Eu não estou te jugando eu só fiquei chocada - ela falou calma.

- Eu tinha cometido um erro no hospital da Califórnia, a sua avó não salvou um paciente que a família pediu para fazer tudo o possível, e eu me meti na cirurgia dela, e como eu me justifiquei por ter agido desta maneira por causa do que ela não fez, ela pediu a minha transferência e a família do paciente a processou e ela quase perdeu a licença médica, e eu fui mandada para Utah, quando eu cheguei lá ninguém fala comigo, nenhum médico me queria em cirurgia, principalmente a Morgana, ela torna os meus dias um inferno, mas eu tinha que ser forte mesmo estando sozinha já que o Henry estava estudando na Rússia...

- Desculpa pela minha avó - Amy falou triste.

- Já passou, e foi por causa da loura da Morgana que eu conheci o Harry, ele era direto do hospital e marido da Morgana, ele era o único que estava disposto a mim ajudar...

- Ele te forçou a...

- Não, o Harry se tornou meu amigo, tudo bem que eu fui muito ingênua em algumas partes, mas para ele se coisas estavam difícil o casamento estava acabando, e nos as vezes saímos para almoçar ou jantar, mas só conversávamos, e o filho dele era um fofo que sempre ficava sozinho nos cantos do hospital, então em um dia eu resolve levar o Maycon para um parque de diversões, o Harry amou a ideia e encontrou com a gente lá, foi bem divertido eu estava precisando daquele momento e Harry nunca tocou em mim, para mim era uma amizade saudável, mas quando voltamos do passei eles foram me levar em casa mas o Maycon nem chegou a entra no prédio, mãe dele estava na porta com dois seguranças e pegou o menino, e logo veio para cima de mim o Harry tentou me defender, mas os seguranças seguram ele, e ela me espancou o Maycon gritava para ela parar, e até se colou na minha frente, e eu tentava me explicar, mas ela não deixava quando o Harry conseguiu se solta tirou ela de cima de mim, e sei o que aconteceu, eu acordei em um quarto de hotel ele cuidou de mim, e não deixou eu ir embora, eu estava tão sem cabeça e ele estava revoltado, resolvemos beber e eu nunca tinha colocado uma gota de álcool na boca, lembro que bebemos muito, e só lembro de acorda pela no outro dia e com uma dor de cabeça insuportável, e vomitando horrores, mas quando eu juntei os pontos surtei, o Harry tinha idade de ser sei lá um tio, ele é 15 anos mais que eu, a primeira coisa que eu fiz depois se surta foi ligar para o Henry, eu precisava que ele me entendesse....

- O Henry aceitou de boa - Amy perguntou surpresa.

- Não, ele pediu um tempo para pensar, e eu me afastei do Harry, e comecei a trabalhar basicamente só a noite para não ver nem ele e muito menos a Morgana, eu estava me sentindo muito culpada, e para piorar a situação quatro semanas depois eu descubro a minha gravidez, e o meu mundo foi ao chão...

- Nossa - Amy exclamou.



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