Ela é uma gordinha ruiva, linda, mas tímida. Ainda prefere viver o amor dos seus livros de romance do que ter seu coração partido pelos homens reais. Noah é seu melhor (e único) amigo desde a infância.
Ele a protegeu de todos e sempre foi seu porto...
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Estava terminando de lavar a louça que sujei, depois de ter preparado o chocolate, quando Marco abriu a porta de casa com a chave que Noah dera a ele um mês antes. Fui a primeira pessoa que viu, então se aproximou antes que eu conseguisse fugir da cozinha e deu um beijo muito molhado na minha bochecha.
— Sentiu minha falta?
— Na verdade, não — respondi, sorrindo ao virar o rosto. — Mas quem tem que sentir é o Noah, né?
Ele levou a mão ao coração e fez uma careta, recuando um passo.
— Assim você me maltrata, Cameron. — Ergueu um dedo. — Logo eu, que pensei o dia todo em você.
— Certo. Vou fingir que acredito.
Marco abriu um sorriso que pareceu sincero, sem deixar a sensualidade de lado, e quando se inclinou para beijar meus cabelos, senti um ímpeto de virar o rosto e o beijei no canto da boca. Era a minha vez de provocar para me sentir saindo por cima daquela situação. Não significa que não estava morrendo de vergonha, mas fiz e o surpreendi.
Ou talvez o feitiço tenha virado contra o feiticeiro porque eu não consegui recuar como tinha imaginado. Marco foi muito rápido e me agarrou pela cintura antes que eu tivesse tempo de piscar. Senti minhas costas tocarem a geladeira e um braço dele se apoiar nela. Então, sua boca tomou a minha num beijo rápido, sem língua, mas o suficiente para poder dizer que nos beijamos.
— Não me diga que você achou mesmo que conseguiria me provocar e fugir de mim? — perguntou, sorrindo com os olhos semicerrados. — Eu sei jogar esse jogo, ruivinha.
— Foi sem querer — respondi, um pouco ofegante por tê-lo tão perto, com a boca a centímetros da minha. — Preciso ir dormir, Marco.
— Com a gente?
— Não. Sozinha.
— Assim é sem graça — disse ele, franzindo os lábios. — Vou fazer um carinho no Noah e mais tarde, vou até seu quarto te buscar pra dormir lá.
Por carinho, eu entendia que rolaria um sexo selvagem naquela cama. E que, inclusive, eu devia ter dormido sobre um lençol bem usado na noite anterior, mas só fui me dar conta disso hoje quando estava tomando banho.
Marco segurou minha mão e a beijou antes de se afastar e sair da cozinha. Eu continuei ali, parada, com as costas grudadas na geladeira, pensando no que tinha acabado de acontecer e de onde havia saído a coragem para dar um passo maior do que eu podia sustentar.
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Não tinha mesmo intenção de voltar lá para baixo e dormir com os rapazes, então vesti um conjunto de moletom verde depois de fazer meu skincare noturno. Tinha acabado de me deitar e programar o despertador, quando meu celular tocou com uma mensagem de texto.
Marco:"Quer ganhar uns trocados? Vem aqui dar um beijo para nossos seguidores no Rec Box."
Eles estavam fazendo live? Saí do aplicativo de mensagens e entrei no endereço eletrônico para conferir se era mesmo verdade porque estava me descobrindo uma bela de uma safada. Precisei reativar meu cadastro e pronto, lá estavam os dois ao vivo na sala, com o chat bombando. Ainda vestidos, conversavam com o público, enquanto Noah era quem comandava o mouse e o teclado.
