Boa tarde, pessoal! Como estamos nessa tarde de sexta-feira? Esperando por capítulo novo, né?
Lembrando que dia 15 tem o lançamento do livro lá na Amazon, mas eu vou postar aqui até o fim, sempre às quartas e sextas!
Para quem for ler na Amazon, toma cuidado porque a numeração dos capítulos talvez não seja a mesma daqui.
Ninguém podia me culpar por não tentar. Eu não era solteira e virgem aos vinte e cinco anos só porque queria que fosse assim. A culpa era toda dos próprios homens e de como o destino colocava os piores no meu caminho. Sempre que eu tomava coragem e aceitava sair com alguém, era um acontecimento catastrófico e humilhante.
Eu achava que nada podia ser pior do que o encontro com Mark, o homem que falava babando — e coçava a garganta enquanto beijava. Então, logo depois dele, eu conheci Andrew, que confidenciou, durante o jantar no primeiro encontro, a necessidade de usar aquela pochete porque se excitava facilmente com qualquer coisa e precisava de um acessório que escondesse o pênis. Eu pensei em dar um tempo naquele ano, parar com a ideia de tentar conhecer alguém, mas cinco meses depois, acabei saindo com William. Ele até era muito simpático, mas sua barba era enorme, quase escondia os lábios por completo, e o homem nem se deu ao trabalho de limpar o molho branco que ficou grudado naqueles pelos a noite inteira. Tive ânsia de vômito quando tentou me beijar, mas fui salva pelo toque do celular, que informava uma ligação da minha mãe.
Eu sempre era contemplada por pessoas estranhas. Evitava ao máximo marcar encontros que não fossem em lugares públicos, porque do jeito que tinha azar, não duvidava de acabar nas mãos de um psicopata. Mas teve uma vez em que aceitei ir jantar na casa de um rapaz que eu já conhecia de vista, pois ele frequentava o mesmo café que eu, e quando toquei a campainha de seu apartamento, fui recebida por Harry vestindo apenas cueca e meias. Não fiquei nem tempo suficiente para que ele me cumprimentasse e até troquei de cafeteria só para não precisar nunca mais vê-lo diante de mim.
— A energia me consome, faz parte de mim. É um vício, mas um vício bom!
Pisquei e me concentrei no ruivo à minha frente, meu novo encontro. Tinha voltado de Clacton-on-Sea na noite de ontem e este homem sentou do meu lado no trem. Achei inusitado que não tenhamos conversado em momento nenhum do trajeto — porque ele não desgrudou do celular —, mas que antes de descermos na estação, George tenha me convidado para sair. Ele era bonito e bastante fora do padrão de homens que pareciam interessados em mim, então não pensei duas vezes antes de aceitar.
O problema é que junto com a sua beleza, veio também a chatice. Estávamos sentados na mesa há quarenta minutos e eu mal consegui abrir minha boca, porque George quis me contar em detalhes sobre todo o seu trabalho com a bolsa de valores. Era tão agitado que parecia o tempo todo alguém prestes a infartar e aquele movimento constante de suas mãos estava me deixando nervosa.
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A GAROTA DELES
RomansaEla é uma gordinha ruiva, linda, mas tímida. Ainda prefere viver o amor dos seus livros de romance do que ter seu coração partido pelos homens reais. Noah é seu melhor (e único) amigo desde a infância. Ele a protegeu de todos e sempre foi seu porto...