Ela é uma gordinha ruiva, linda, mas tímida. Ainda prefere viver o amor dos seus livros de romance do que ter seu coração partido pelos homens reais. Noah é seu melhor (e único) amigo desde a infância.
Ele a protegeu de todos e sempre foi seu porto...
Boa noite, pessoal! Tudo bem? Vi que estavam com medo que eu não aparecesse, mas aqui estou hahahahaha
Bora ler!
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Misericórdia divina! Eu estava sendo castigada só porque não era religiosa? Será que Deus decidiu me mandar indiretas em forma de tentação e humilhação, para me obrigar a frequentar a igreja?
Não era possível que aquilo estivesse acontecendo. Tinha sido descoberta, Noah devia estar furioso e resolveu subir aqui para encerrar nossa amizade e me expulsar do seu apartamento. Estava bem tarde e eu vestia meu pijama de abóboras, mas era mulher o bastante para encarar a situação vexaminosa e ainda manter meu orgulho intacto, mesmo se fosse despejada.
Contei até três e abri a porta quando as batidas se repetiram, dando de cara com Marco, não Noah. O espanhol vestia um robe de seda preto, porém, eu sabia que por baixo daquela peça, o homem estava pelado. Inclusive, dei o azar de não me segurar porque eu não era de ferro e a curiosidade me atiçava, e acabei olhando na direção dos quadris dele, constatando sua leve ereção. Quando eu digo leve, provavelmente significa uma ereção enorme para outros homens. Marco era bem dotado, por assim dizer.
— Boa noite, ruivinha. Por acaso você teria um carregador de iPhone para emprestar? — perguntou, com um braço apoiado no batente da porta. — Estamos precisando muito e Noah não está encontrando o cabo dele.
Quase caí para trás, pois ainda estava me sentindo muito impactada com tudo que vi, ter o homem ali bem diante do meu nariz não facilitava as coisas. Será que dava para perceber que eu tinha acabado de ver o pênis dele na telinha do celular? A imagem de sua pele toda exposta, cada centímetro do órgão genital, tudo parecia estar sendo jogado em cima de mim enquanto eu encarava Marco.
— Cameron? — Dei um pulo com o susto, quando seu rosto chegou bem perto do meu. — Tudo bem?
Meu Deus, será que dava para sentir o cheiro da minha excitação? Eu nem havia me tocado, mas só de ter assistido aquela live, meu corpo quase entrou em combustão por conta própria.
— Não! — Calma, o que eu disse? — Sim!
Marco estava me segurando pelos ombros e eu tropecei nos meus próprios pés quando tentei recuar. Ele abriu um sorriso, varrendo meu corpo inteiro com seus olhos escuros e sedutores, depois olhou pelo meu quarto, como se procurasse por alguma coisa.
— Estava assistindo, não é? — questionou e eu consegui me soltar, virando-me de costas rapidamente e me movimentando. Tinha que procurar o carregador que eu nem sabia onde estava. — Gostou do que viu?
Como ele podia ter tanta certeza? Não, não podia. Não seja estúpida, Cameron, ele não possui uma bola de cristal.
— Não vi nada.
— Sei que viu, ruivinha. Está mais nervosa do que o normal.
Meu Deus, meu rosto estava quente. Muito quente e se começasse a me abanar, aí sim levantaria suspeitas. Enquanto eu vasculhava meu quarto como uma louca, praguejava mentalmente e me xingava por ser tão lesada. Por que não conseguia agir normalmente? Era só um homem pelado, nada além disso. Eu precisava ter visto eles dois pelados, com aqueles membros duros? Não, não precisava. Podia ter ido dormir sem cair nessa tentação. Mas era tarde demais e só me restava tentar agir como uma pessoa normal.
