Prólogo

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Sou Maiana, fada e comandante do batalhão das fadas, ajudo a manter a ordem da trilha de pérola.

Fui criada até os 12 anos no reino das fadas, lá eu era prometida do futuro rei das fadas, mas ele morreu de uma doença invernal, seu irmão mais novo e sua nova prometida foram levados ao trono, eu, enviada ao reino alado até completar maior idade. Já era treinada, então assumi como comandante por indicação da antiga comandante. Treinei com Faruk até meus dezoito anos.

Tem dezesseis anos que sirvo a Faruk.

Costumo dizer que meu coração é gelado como o inverno que existe no coração de Faruk e se mostra na neve dos dias sombrios e vazios.

Digo isso, pois cresci sendo indigna de olhares de um ser de luz, talvez porque todas as fadas tenham nascido para, esporadicamente, terem a benção de seus sentimentos correspondidos. Talvez, ter crescido na terra das fadas, sendo doutrinada para servir a coroa do reino alado, talvez tendo crescido em meu ambiente frio e distante, tenha feito com que eu aprendesse básicas coisas...
Como:

- Uma fada não é tão linda quanto uma ninfa, não será cobiçada por seres como elfos, alados ou mortais.

- Uma fada é um ser de guerra, que vive da tragédia dos outros.

- É fiel aos seus princípios.

- Nunca abaixa a cabeça.

Uma fada...

Uma fada...

Uma fada...

Uma fada somente é fada, se for assustadora o suficiente para fazer os inimigos temerem sua presença.

Eu, pelo menos, me considerava indigna de olhares, achei que somente uma fada do sexo masculino chegaria a se interessar por mim um dia, se eu permanecesse no reino das fadas, mas como eu disse, esporadicamente, uma fada se envolve com seres místicos de outras tribos, raças ou reinos.

Estranhamente, creio que serei uma delas, apesar de ter prometido jamais trair a memória do meu falecido prometido em minha infância.

E ter prometido jamais me unir a ninguém que teme uma fada.

LION - Saga Pearl - Livro XIIOnde histórias criam vida. Descubra agora