LION - Saga Pearl - Livro XII

Capítulo 28

- Sinto muito Lion.

[...]

Me mantenho pequena e paro a espada de Faruk apoiando as duas espadas contra a lâmina dele. "Ele é muito forte!" Giro minhas duas espadas e desarmo Faruk. Ele recua um passo e olha para a própria mão. O lugar fica em silêncio. Aumento de tamanho.

- Para de tentar acertar ele! - grito. - Que saco! - digo e Faruk parece confuso. Todos assistindo parecem confusos. - Não podem matar Lion se a comandante das fadas decidir que quer ele como companheiro. - digo. - Vai tentar matar ele? Me mate primeiro Faruk! - digo e Faruk parece em choque. Na verdade, todos, inclusive Lion, parece em choque.

Fico parada e ninguém fala nada, o céu começa a clarear e olho para a quantidade de sangue derramado hoje. Meu coração acelera. "Ninguém vai acreditar no meu blefe..."

- Maiana... - Faruk parece tentar achar palavras.

- Entendeu? - pergunto e ele assente.

- Sabe que se estiver mentindo, será julgada e presa. - assinto.

- Não estou. - digo. Olho para Lion e seguro a camiseta dele, obrigo ele a se curvar até minha altura e beijo Lion. Meu coração quer sair pela boca. Afasto Lion e ele me olha com os olhos brilhando em violeta. "Que os ancestrais das fadas me protejam de Lion!" Olho para Faruk. - Acabou o show! - grito. - Acabou! Todos vocês! Inclusive os guardiões estão dispensados! - digo e encaro Faruk. - Conversamos mais tarde sobre alguns assuntos sérios, agora eu quero ir para casa tomar... - limpo a garganta. - Iremos para a nossa casa tomar banho, tenho muito o que fazer e pensar, já que estive fora esses dias. - Faruk assente ainda desconfiado. Meu corpo inteiro treme e olho para Lion.

- Vamos Be! - digo. Alço vôo e Lion me segue. Chegamos em frente a casa de Lion e olho em volta. Não parece que fomos seguidos, mas evito o pior e entro na casa de Lion, espero ele entrar e fecho a porta. Olho para Lion e respiro aliviada. O pior já passou.

- Você falou sério? - ele pergunta ainda em choque.

- Não exatamente, mas todos devem pensar que sim. - digo e ele parece confuso.

- Não deveria ter me beijado. - assinto e me curvo.

- Desculpe. - digo.

- Por que me beijou e me salvou? - olho para ele confusa. - Pretende ficar em minha casa a partir de hoje? - assinto.

- Para te proteger de morrer, meu castigo seria leve por tentar salvar um alado, mas o seu ainda seria Decapitação. - digo. Os olhos dele se tornam negros e ele sorri com amargura.

- Está brincando com meus sentimentos...  - abro a boca em choque.

- O quê? Brincando... Lion... Eu salvei sua vida. - ele assente.

- Por quê? - ele questiona.

- Porque eu protejo todos os que precisam de mim. - digo. Pisco vezes seguidas. - Não vou sofrer estando ao seu lado, sou sua amiga e não quero um companheiro, se eu ficar ao seu lado, então você sobrevive. - ele nega e morde o lábio.

- Não te pedi para me salvar! - ele exclama. - Viver com você? Você não vai sofrer... E eu? - ele indaga e me sinto fraca. Meus olhos marejam.

- Você ia morrer e...

- Me deixasse morrer! - ele grita e estremeço. - Eu te amo Maiana, não é qualquer sentimento, eu vou sofrer. Porque não te quero amiga, eu te desejo. - ele diz. - Fere meu orgulho saber que a comandante das fadas salvou minha vida por compaixão assim como salva a todos. - ele ri. - O quão miserável está se tornando minha existência para você achar que tem o direito de decidir data e hora de minha morte? - ouço as palavras e me sinto horrível.

- Eu não estou tentando decidir sua mort...

- Você fez seu trabalho e não quero que se culpe pela minha sentença de morte e nem que tente me salvar e more aqui. - ele diz e caminha para perto da porta. Ele me tira da frente da porta com cuidado e abre ela.

- Onde vai? - ele me encara.

- Vou dizer que mentiu. - cerro os dentes.

- Quer que seja assim? - pergunto. - Então não precisa dizer, eu vou e digo. - meus olhos marejam e minha voz treme. - Aliás, foi eu que decidi intervir na sua morte. - digo. Caminho e passo por ele, Lion segura meu braço. Ele me puxa para mais perto e me abraça, termino com o rosto perto de seu tórax.

- Eles vão te prender, então não vá. - "Estúpido!"

- Você que estava indo. - digo e ele assente.

- Vou pensar em alguma coisa. - ele diz e assinto. Lion olha ao redor e me puxa para dentro. Encaro ele.

- Então devemos ser cuidadosos, porque se souberem que eu menti para te livrar da morte, serei presa por conspiração e você decapitado. - ele assente.

- Pode dormir lá encima, vou dormir no sofá aqui embaixo. - nego.

- Não vou roubar sua cama. - digo. - Vamos dar um jeito em algumas coisas, criar algumas regras e ficaremos bem. - digo. - Não pretendo dificultar sua vida Lion. - digo. - Apenas quis proteger alguém que me ama.