Estranhamente, algumas coisas saem do nosso controle, mesmo quando não queremos que saia.
Me curvo em reverência aos guardiões e cerro os dentes. Aperto as mãos em punho e me mantenho de joelhos e em reverência.
- Sabe que será punido? O que fez f...
Voo ao redor do pescoço do gigante e giro a espada em minha mão, lanço em direção a ele e aproveito que ele está focado em outros lados, bato com o pé na empunhadura da espada e acabo cortando a veia do pescoço dele, porém é um pequeno ferimento e não fará diferença assim que começar a cicatrizar.
Me afasto do gigante pegando a espada de volta e vejo ele agarrar uma das fadas e dois alados em uma das mãos. Vôo em frente ao seu rosto, retiro a outra espada da bainha e giro no ar lançando as espadas em direção aos seus olhos, assim que elas batem nos olhos dele, o gigante abre as mãos e leva em direção ao rosto. Teo aproveita o grito do gigante e entra pela sua boca. Olho ao redor e aproveito para avisar.
- Dispersar! - Grito e todos os soldados e fadas começam a se afastar, pouso em uma distância segura e apoio as mãos na cintura. Agnês pousa ao meu lado e respira pesado.
- Quem entrou? - ela pergunta e olho de relance para ela enquanto me sento no chão perto da trilha de pérolas negras.
- Teo. - digo e ela assente.
- Achei que iria entrar hoje, comandante. - ela diz e nego.
- Teo é o responsável pelo batalhão dos alados, eu apenas dou suporte quando necessário. - ela ri e olho para ela com frieza. Ela para de rir e curva levemente a cabeça.
- Perdão... - ela sussurra.
- Qual o motivo da risada Agnês? - ela balança a cabeça.
- Nenhum comandante. - ela diz e se põe de pé, Agnês me reverencia e alça voo. Encaro o gigante e ele leva a grande mão em direção ao peitoral. Ele ruge alto e a terra abaixo de mim vibra. Teo sai de dentro dele e segundos depois o gigante tomba. Aplaudo ele e Teo pousa perto de mim e me encara com uma carranca.
- Era sua vez de entrar Maiana! - ele gralha e abre os braços, está pingando sangue. - Veja meu estado. - dou de ombros e me coloco de pé, reverencio Teo e pisco.
- Bom trabalho Comandante. - digo e ele aperta o maxilar.
- Está me castigando? - assinto.
- Sim! Chegou atrasado em seu turno novamente e sua desculpa foi qual? - ele abre a boca e fecha novamente. - Exatamente Teo, nenhuma! Eu realmente sou paciente por aceitar seus atrasos sem reportar a Faruk. - digo com altivez e o encaro com superioridade. - Vá tomar um banho e volte o mais depressa possível, é inadmissível que seja tão irresponsável. - ele sorri sem graça.
- Se outros gigantes atacarem hoje, eu entrarei e o derrubarei. - Teo diz e alça voo. Bufo. Vejo o olhar de alguns alados e fadas do batalhão e eles riem, mas param quando os encaro.
Volto a patrulhar a trilha de pérolas negras e ao final do dia, estou realmente exausta, depois que toda a trilha é desocupada, alço vôo em direção a floresta enganosa, vôo entre as árvores até alcançar uma das cavernas que fica escondida abaixo de uma pedra grande. Diminuo meu tamanho e entro pela aberturas que somente caberia um Louva-deus, assim que atravesso por baixo da grande pedra, saio no interior da caverna. Ela é mais gelada que todos os ambientes do reino alado e tem iluminação fluorescente graças as larvas fluorescentes que ficam acima do lago da caverna.
Aumento de tamanho novamente e retiro a armadura com cuidado, deixo ela pendurada depois de limpar e coloco minhas roupas sujas uma bacia para lavar. Caminho em direção ao lago e mergulho nua. Nado cada vez mais fundo no lago, até que a pouca luz fluorescente azulada sob a caverna quase não seja vista. Fecho os olhos e aos poucos sinto meu corpo boiar novamente para a superfície.
Depois de um tempo, saio da água e visto um vestido aconchegante. Deixo meus longos cabelos soltos para que sequem e me sento em minha cama observando a caverna pouco luminosa e gelada. Respiro fundo. Aqui me lembra da sensação do reino das fadas. A pouca luz azulada me faz lembrar o céu sempre nublado e a temperatura sempre mais baixa.
Me espreguiço e penso um pouco. Creio que hoje não irei comer no castelo, não desejo jantar, apenas dormir.
Geralmente faço minhas três principais refeições no castelo, já que não considero adequado cozinhar no interior de minha nobre e fria casa. Olho para a prateleira com frutas frescas, pão e cerveja de cevada e arroz. Decido tomar um pouco de cerveja de arroz e comer apenas alguns pedaços de pão.
Acabo me deitando cedo e me cubro. Fecho os olhos.
'Maiana! Vamos a taberna amanhã, vem conosco?'
Suspiro. A voz de Teo me incomoda até mesmo fora do trabalho.
'Amanhã terei o prazer de estar em sua presença novamente Teo, porque motivo não fez o convite somente amanhã!? Pois espere a resposta até amanhã!'
Digo e respiro fundo sorrindo...
"Agora poderei descans...
'Estou te chamando hoje, porque gostaria de ouvir a resposta hoje. Você vai? Será na taberna de Shiva'
Me sento abruptamente em minha cama e respiro fundo.
- O que eu poderia fazer para meu companheiro de serviço e patente se tornar mais responsável, além de obter senso de horário?
'Não.'
Respiro aliviada depois de respondê-lo e volto a me deitar como uma plena fada em seu horário de descanso. Sorrio.
- Finalmente paz e silen...
'Ora... Vamos reunir o pessoal para beber! Vou até tocar! Gabi vai também, Chris vai ficar com Pandora. Vamos Maiana! Gabi se sente mais confortável no meio dos rapazes quando você está.'
"Me recuso a respondê-lo..."
Decido não responder e Finalmente dormir, aliás, ele pode esperar até amanhã de manhã e Gabriella me entenderá, principalmente pelo estresse que Teo pode causar com sua hiperatividade.
Quando estou quase pegando no sono, escuto uma voz distante.
- MAIANA! - me sento na cama e bocejo. Realmente estou cansada e com o corpo pesado. Caminho até a entrada da pedra e diminuo de tamanho, saio e aumento de tamanho.
Adivinha quem é?
- Sério!? - indago. Ele coça a cabeça e encolhe as asas.
- Vamos... Por favor. - suspiro e fecho os olhos tentando ser razoável. Assinto. Teo me puxa para um abraço e dá pulos. - Finalmente fada rabugenta! Achei que teria que destruir a entrada da sua ...- belisco a base de suas asas e ele se afasta gemendo de dor e me olhando aturdido. Reverencio Teo e sorrio.
- Boa noite Teo, devo te avisar que não deve ter atrasos amanhã ou irei bater panelas na porta da sua casa até o pequeno Chris te atordoar com o choro incontrolável de quem dormiu pouco. - sorrio e diminuo de tamanho. Ele assente e ri.
- Até amanhã fadinha. - ele diz e vôo em direção ao buraquinho que uso como entrada para minha adorada casa.
"A insistência de Teo algumas vezes faz meus cabelos caírem de tanto estresse!"
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E assim, começa nossa nova e última aventura.
Podem começar a se despedir da geração dos guerreiros e se prepararem para a Nova geração.