Karol

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Eu não gostava de misturar amizade com trabalho, a única que se envolvia era Valentina, por me colocar em campanhas que ela era modelo e vice versa, gostei de trabalhar na Famous mais tinha meus receios.
Me ajeito na cama e Valu está no banheiro, abaixo o som da tv quando escuto ele praguejar do outro lado, a voz dele fica mais alta, parece discutir ao telefone, depois escuto um barulho forte de algo caindo.
Levanto rápido saindo do quarto, vou até o armário e pego um vinho.
- Aonde vai maluca?
- Não me espere.
- Você é doida me chamou para dormir.
- E eu amo você por ter vindo, agora para cama. Ela rir e saiu de casa batendo na porta ao lado, demora um pouco mais logo é aberta.
- Você não deveria está dormindo? levanto a garrafa.
- Acho que você precisa de álcool e de uma amiga. Falo levantando os ombros.
- Você quer ser tudo menos minha amiga. Ele fala olhando no fundo dos meus olhos e acabo mordendo os lábios.
- Bem isso é verdade, mais por essa noite vou fingir que não quero sentar em você e te dar somente meu ombro amigo. Ele rir.
- Você é capaz disso Karol?
- Está me desafiando neném? Olha que se você me atacar essa noite, vou te afastar hein, então aproveite.
Passo por ele entrando em sua casa e sento no sofá, aponto para o lado e dou duas batinhas para que se sente ali.
Ele então vai até a cozinha trazendo duas taças.

- Você deveria está dormindo senhora.
- Eca, senhorita por favor. Ele sorrir levando a taça a boca e caralho esse negócio de amiga vai ser mais difícil do que pensei, estou com tesão.
- O que te perturba?
- Não é nada.
- Acho que já passamos dessa fase, você estava gritando ao telefone e agora está com uma carranca.
- Camila é o meu problema?
- Problemas no paraíso?
- Deixa pra lá, para onde vai?
- O negócio está feio né? Mudando de assunto, tudo bem estou indo para o sul, Santa Catarina.
- Hum, vai fotografar?
- Sim, uma campanha que a minha loira participa.
- Sua loira? Dou risada.
- Ela me chama... Ele me interrompe.
- De sua branquela.
- Exatamente, mais você está me enrolando.
- Você não vai querer saber.
- Vou ter que te seduzir para isso? Ele rir.
- Mais? As palavras morrem e estreito os olhos.
- O que pensa que está fazendo mocinho?
- Você disse que iria se comportar.
- E você vai aproveitar para me matar é isso. Ele se inclina na minha direção e fico zonza, ele lambe os lábios e meus olhos acompanham o trajeto.
- Cachorro, você não vai me fazer quebrar minha promessa.
- Certo. Ele se afasta e põe mais vinho na taça.
- O que rola com o Agustín? Franzo cenho.
- O que tem o Agus?
- Vocês transaram. Olho pra ele seria.
- Correção vocês fizeram um ménage.
- Esqueci que você estava escutando.
- Tinha como não ouvir? Balanço a cabeça que não.
- Eu também te ouvi.
- Eu sei. Estreito os olhos, e ele solta um suspiro cansado.
- Foi um dos motivos para Camila sumir.
- Como assim?
- Digamos que foi um pouco demais e isso a assustou.
- Caramba o que rola entre vocês, só papai e mamãe para ela ficar assustada com sexo.
- Não definitivamente não vou falar com você sobre isso. Dou risada.
- Ah relaxa, já já ela volta.
- Acho que não, ela está bem chateada.
- Quer um conselho?
- Manda.
- De tempo a ela, não procure.
- Não posso precisamos conversar.
- Vai por mim, quando você não estiver em cima ela corre, agora relaxe.
- Vou tentar, mais você não respondeu. Reviro os olhos.
- Não tenho nada com Agus nem com ninguém, sou livre meu bem, respondeu?
- Sim.
- Ótimo, sessão terapia de amiga acabou.
- Ah não fica mais um pouco, já estou quase terminando a garrafa.
- Quando digo que minha sessão acabou é que nesse momento quero pular em você, então como sou uma boa amiga. Faço aspas.
- Vou embora.
- Chata.
- A convivência com você está me deixando certinha demais. Argh.
Ele já está tonto, depois de beber com os garotos e ainda terminou a garrafa de vinho sozinho.
Encostando a cabeça no encosto do sofá ele fecha os olhos.
- As vezes não sei se está falando sério, ou só tirando uma com a minha cara.
- Ah com você eu nunca tiro uma, é a mais pura verdade. Estou em pé e ele abre os olhos.
- E porque perder seu tempo comigo, tenho certeza que tem uma boa plateia vizinha.
- Ah isso eu tenho, veja você.
Dou uma voltinha. E ele balança a cabeça.
- Mais eu gosto dos difíceis.
- Eu tenho um compromisso.
- E eu já disse que não sou ciumenta neném. Me aproximo dele ficando no meio de duas pernas e ele não se move.
Me inclino.
- Karol... Beijo o canto de sua boca.
- Sua sorte, é que eu sou muito, muito boa quando se trata de amigos se não...

Saiu xingando todos os palavrões possíveis na minha cabeça.

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