Ruggero

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Então tá vocês pediram, vamos de maratona.

1.5

O quanto admiro essa garota, eu não tinha noção.
Ela não só preparou o ambiente, como o vestuario e musica para que eu me sentisse confortável.
Meu peito se enche de orgulho e algo mais.
- Como me sair? Pergunto ainda estou sentado com a cerveja na mão e seu olhar guloso em mim, faz com meu corpo se acenda e a vontade louca de arrancar suas roupas e fode-la nesse sofá é enorme, mais o receio me bloqueia, eu a quero mais não quero complicar a situação, ela tem razão tenho uma noiva, nosso acordo foi até me resolver, mais esse olhar me deixa zonzo.
- Como um verdadeiro modelo, já pode fazer campanha para roupa íntima será um sucesso. Sei que algo entre nós se rompeu e ela está tentando deixar o clima mais confortável.
- Será que podemos conversar? Pergunto.
- Sobre o que? Ela pergunta mais se vira guardando seu material.
- Nós dois. Ela para de guardar e tenho sua atenção.
- É eu..
- Ruggero quando transamos a primeira vez eu te fiz uma proposta, de dar a você prazer e divertimento até você se resolver com sua noiva, ela voltou e vocês se acertaram não é?
- Sim.
- De qualquer maneira o nosso sexo já tinha acabado antes disso, fico feliz que tenha se resolvido.
- Eu só, gostei do nosso tempo juntos e quero dizer que você é especial para mim.
- Você também é, querido vizinho, bem nos vemos por aí eu preciso ir agora. Assinto e ela põe a bolsa no ombro e vai saindo.

E mesmo depois da nossa conversa tenho a impressão que as coisas não ficaram bem resolvidas entre nós.
Não vejo Karol no outro dia e nem no outro é como se ela nem em casa tivesse entrado.
Deixo minha chave em cima da sua mesa com um bilhete, talvez assim eu possa ve-la e saber que está bem.

No sábado jantei com Camila que estava uma pilha por conta do desfile.
- Ainda não acredito que fui escolhida para esse desfile, ainda não sei a quem agradecer por isso. Sorrio e acaricio seu rosto.
- Agradeça a Karol. Falo e ela me olha confusa.
- Foi ela quem fez a indicação.
- Não, não foi, aquela ali só sabe prejudicar os outros. Fecho a cara.
- Não é verdade Cami, Karol é muito talentosa e profissional e sabe muito bem o que faz.
- Não acredito que está defendo aquela garota, ela me deixou de fora de uma campanha muito importante.
- Eu sei, e teve seus motivos para isso, como disse ela é super profissional, se achou que você não era adapta aquela campanha ela estava certa, mais veja só você entra nos parâmetros que pediram para essa, e ela te indicou.
- Não sei porque está defendendo essa mulher.
- Não estou defendendo.
- Está sim, o que aconteceu naquela viajem que eu não sei Ruggero?
- Camila você está exagerando, acho melhor eu ir, assim você descansa para amanhã.
- Você está fugindo do assunto.
- Não só quero evitar outra discussão.
- Inacreditável, vamos brigar agora por conta dos outros?
- Quem está brigando é você. Levanto e ela se apressa a me abraçar forte.
- Desculpe amor eu não quis te aborrecer, eu só fiquei com ciúmes.
- Eu estou com você.
- Eu sei me perdoa.
- Tudo bem.
- Podemos mudar de assunto? Faço que sim.
- Eu preciso ir de qualquer maneira.
- Mais já, queria falar do nosso casamento. Olho para ela e não sei porque a certeza que tinha antes parece não existir.
- Que tal em dois meses, já temos quase tudo pronto.
- Cami, podemos falar disso depois, não acho que seja o momento.
- Tudo bem meu amor. Nos despedimos e saiu.
Chego em casa passando em frente ao apartamento dela e uma vontade imensa de entrar, ainda tenho suas chaves.
Mas não, vou para casa, me troco e entro no quarto que estou dormindo, mais não consigo dormir, então levanto e vou para o meu quarto, entro no closet e lá no fundo do armário retiro meu violão, que a muito não uso, eu amava tocar me alegrava e deixava as coisas mais leves para mim, até a morte da minha mãe.
Mas hoje bateu uma saudade.
Sento na minha cama encostando na cabeceira e tento ouvir algo nem que seja sua tv, mais o que tenho é só silêncio.
Afino o violão e dedilho a canção.
Siento, espero, desespero
No soy yo
Soy quien brilla
Mira el rostro de cartón.....
Terminó a música deixando o violão em cima da cama, espalmando a mão na parede sussurro baixinho.
- Boa noite minha menina.
Porque mesmo que por pouco tempo ela foi minha e para mim sempre será, mesmo que não saiba disso.

No domingo depois do almoço com meu pai, volto para casa e resolvo correr um pouco, preciso pensar e correr me ajuda.
Quando volto, saiu do elevador mais acabo me chocando com alguém e seu perfume tão conhecido por mim, juntamente por suas curvas sei exatamente quem é.
- Uau neném, eu sei que você é um terremoto mais desse jeito vai me deixar toda molhada.
- Puta que pariu Karol não fala isso pra mim. Xingo porque estou duro, ela se abaixa saindo do meu agarre e pega uma capa no chão.
- Você está todo suado, claro que vai me molhar.
- Você é uma peste. Falo sorrindo e ela retribui.
- Eu sei. Passa por mim e entra no elevador, eu precisava que ela soubesse, que sinto falta dela, sinto falta não só do seu corpo, do seu cheiro, mãos sinto falta da sua amizade, do seu carinho, sinto falta da Karol que não tem medo de enxergar a vida mesmo que a tenho chamado de fraca, a Karol corajosa que se arrisca pelo que quer, que puxa minha orelha e que me deixa mais leve, a Karol que me abraça nas minhas piores noites e me deixa encontrar a paz no calor do seu corpo, sinto falta e não sei o que fazer.
- Karol...
- Sinto sua falta. Ela acena com um meio sorriso doce fechando os olhos e as portas se fecham.

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