Capítulo 3 - Baile

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Os franceses podem ser antipáticos e formais, mas eles sabiam beber e sediar uma festa. Bastava você esticar um braço e algum garçom aparecia com uma taça do mais fino champanhe, mas você também podia pedir o que quisesse. O palácio tinha tudo. 

Depois do jantar, que foi a refeição mais deliciosa que eu já comi, o baile realmente começou a ficar divertido. As pessoas dançavam, bebiam e conversavam animadas. Eu tinha perdido Theo e Blaise de vista depois que eu os apresentei para algumas primas veelas que tinha conhecido naquele mesmo dia, e sabia que os safados estavam conhecendo melhor minha família e praticando seu francês.

Draco passou a maior parte do tempo sentado à nossa mesa ao lado de sua mãe, a fazendo companhia e conversando com ela. Ela conhecia algumas pessoas da família da minha mãe, mas estava feliz e tranquila conversando com o filho. 

Pansy, Dafne, Astoria e eu estávamos dançando que nem loucas na pista de dança, entre os casais elegantes que também se divertiam. Eu já estava descalça, rodando o fluido vestido chique, com a taça meio vazia se equilibrando em meus dedos, a coroa reluzindo em minha cabeça.

Se era pra eu entrar nessa família, eu queria me sentir em casa. Queria ser eu mesma, e queria que eles vissem tudo. E eu estava muito à vontade, como se eu realmente pertencesse àquele lugar. De alguma forma, aquelas pessoas me entendiam. Não era como na escola, que eu queria evitar os olhares, sabendo que era o centro das atenções. Aqui eram todos iguais a mim, e eu não importava tanto quanto qualquer outro. 

Claro que haviam olhares em mim, mas a coroa em minha cabeça não era um peso. Eu estava feliz. Pela primeira vez em cinco dias de pesadelos e noites mal dormidas. Eu estava com meus amigos e minha família. Todos estavam se divertindo. Eu estava segura.


Quando cansei de dançar, voltei com Pansy até uma mesa para descansar. Ela arrancou o salto dos pés enquanto eu abria uma garrafa d'água pra gente. 


- Você sabe onde ele esteve de manhã, não sabe?

Pansy perguntou e eu segui seu olhar. Ela encarava Draco há alguma distância, conversando com sua mãe.


- Ele foi pra Azkaban, não foi? Falar com seu pai.


Eu tinha evitado pensar nisso e Malfoy não foi claro quando se despediu de mim cedo naquela manhã, dizendo que tinha coisas que precisava resolver sozinho. No fundo, eu sabia que ele tinha ido até a horrível prisão dos bruxos conversar com seu pai, mas não queria ter que encarar a possibilidade de imaginá-lo lá.


- Foi. Mas não foi só com ele que Malfoy conversou lá.

Eu virei pra Pansy, que agora olhava pra mim. Seu olhar era suave e seu tom de voz cuidadoso. Ela queria me dizer algo.

Universo Fawley - Livro 5 (O último ano da Elite)Onde histórias criam vida. Descubra agora