Capítulo 16 - vamos dar um passeio (+18)

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[POV MALFOY]


Fawley estava parada congelando no mesmo lugar, mas recusou o moletom quando eu estendi pra ela. Franziu o nariz em uma careta quando eu o sacudi na frente do seu rosto.

- Você realmente toma banho de perfume ou só quer que eu fique com seu cheiro, Malfoy?


Porra, Fawley. 

Eu a encarei só por um segundo, fingindo que aquelas palavras não tinham sido um soco em meu estômago, e então larguei o casaco no chão, deixando que a chuva o encharcasse e ela não tivesse chance de mudar de ideia.

Eu avancei em sua direção, incapaz de continuar jogando. Eu estava usando só minha camisa do uniforme, mas não sentia frio. Meu corpo tremia com a adrenalina e a expectativa do que eu queria fazer com ela.


Eu me aproximei mas a Fawley virou o rosto quando fui beijá-la, e eu paralisei. Ela me encarou sem dizer uma palavra, os olhos frios nos meus.

- Você está brava comigo.


Ela não respondeu, apenas desviou os olhos para a paisagem ao redor. Longe no horizonte, a noite começava a ficar mais clara.

- O que eu fiz agora?


Ela tentou se afastar de mim, mas eu a segurei pelos pulsos debaixo da curta marquise que protegia a entrada da torre. Começava a chover e eu não queria que ela pegasse vento e chuva. 

- Que porra eu fiz, Fawley?


A pressionei mais um pouco, mantendo meu corpo contra o dela na parede. Eu queria que ela ficasse quente. Mas sua expressão séria e a determinação em não falar comigo estava começando a me deixar irritado.

- Você quer sair daqui? Quer que eu te deixe procurar outro cara pra te esquentar essa noite? Quer ir procurar o idiota do Riddle e seus cigarros nojentos?


Ela arregalou os olhos pra mim, chocada. Porra, finalmente alguma reação. Mas ainda silêncio. Eu estava odiando aquilo, o sangue correndo em minhas veias como fogo.


- Você não vai falar comigo?

Eu supliquei, e ela continuou em silêncio. Eu estava a um segundo de perder a paciência.


- Foda-se. Eu não preciso de você falando.

Soltei ela e dei um passo pra trás, deixando que a chuva me atingisse, e observei os olhos dela em mim enquanto eu abria o meu cinto e puxava ele pra fora da cintura. Fawley franziu de leve as sobrancelhas enquanto tentava entender o que eu estava fazendo, e arfou quando entendeu. Eu avancei pra ela de novo e segurei seus dois pulsos juntos enquanto fechava o cinto de couro em volta deles e os levantava para prender no candelabro preso a parede, acima da cabeça dela. Senti seus olhos me fuzilando enquanto isso.

A chuva aumentou e agora não tinha mais marquise que nos mantivesse secos. O vento jogava a água da chuva pra todo lado, e as gotas gradativamente molhavam o rosto dela e a camisa fina ficava cada vez mais molhada. Eu deixei as mãos dos lados da cabeça dela e me inclinei para encará-la nos olhos, também em silêncio. Observei gotas se formarem em seu rosto e deslizarem por seus lábios e pescoço. Passei um dedo suave por uma dessas trilhas de água, seguindo o caminho que ela fazia pelo colarinho aberto da camisa dela, até seus seios que já marcavam na camisa encharcada. Ela se contorceu ao meu toque e eu sorri de canto pra ela.

Universo Fawley - Livro 5 (O último ano da Elite)Onde histórias criam vida. Descubra agora