Capítulo 21 - capitão

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[POV FAWLEY]


- Cadê a vadia da Pansy??

Dafne perguntou, olhando em volta. O café da manhã já estava quase no fim e nós duas estávamos esperando ela durante a última hora.


- Eu não sei, mas acho que Riddle tem algo a ver com isso. Ele também não apareceu pro café.

Eu falei sem muita emoção, comendo meu último pedaço de torrada. Eu estava passando pelo que imagino ser exatamente o que Pansy passou quando Draco e eu começamos a nos apaixonar. Mas Draco e eu implicávamos um com o outro, ela e Riddle se encontravam pra uma foda casual.

Eu escondi uma risada ao pensar nisso. No fim das contas, dava no mesmo. Daqui a algumas semanas eles não conseguiriam mais ficar longe um do outro. E no fundo eu estava torcendo pra isso acontecer.

Por mais bizarro que fosse pensar nisso, Riddle e eu não nos desgrudávamos mais. Primeiro porque ele não desgrudava de Draco, e Draco não desgrudava de mim, então eu tive que aprender a aturar sua presença constante. Mas também porque de alguma forma, era impossível pra mim ficar longe dele e ele de mim. Nós éramos exatamente opostos, e isso tornava tudo muito divertido.

Ele passava o tempo inteiro pensando em maneiras pra implicar comigo, e eu em maneiras de irritá-lo. Às vezes ele conseguia me irritar tanto que Malfoy precisava intervir antes que um amaldiçoasse o outro, mas cinco minutos depois nós já estávamos dividindo um cigarro na janela e rindo de algum calouro na comunal. Ele virou um irmão pra mim, tanto quanto Theo. Ele também adorava me torturar com uma superproteção constante e me envergonhar sempre que possível com algum grito idiota do tipo "deixem a vossa alteza passar!".

Mas ele era tão íntimo do Draco que se metia no nosso relacionamento o tempo inteiro e as vezes fazia Malfoy perder a paciência.

Assistir as constantes competições de Draco e Mattheo também era divertido. Riddle se mostrou ser um predador tão eficiente quanto Malfoy, surpreendendo a Elite. Eu já sabia exatamente como ele agia, então não esperava que na escola seria diferente.


Minhas lembranças retornaram para a primeira festa que fizemos, que Riddle já tinha ficado com quatro garotas antes da meia noite. Eu estava sentada no colo de Draco quando Pansy e Theo chegaram rindo para fofocar.


"Fawley, preciso te perguntar uma coisa, vem cá!"

Nott me chamou do sofá que dividia com a Pansy, mas Malfoy apertou minha coxa contra seu colo, em um sinal claro que não queria que eu saísse. É claro que não queria, eu podia sentir seu pau ficando duro debaixo de mim, em poucos minutos ele iria me carregar escadas acima até seu quarto.

"Pergunte Theo, o Malfoy não liga."


Meu melhor amigo fez uma careta como se soubesse que eu iria me arrepender, mas falou mesmo assim.

"Quero saber se Riddle é assim tão bom como parece ser."


Eu dei risada e senti Malfoy apertar a mão em minha coxa e resmungar, incomodado. Eu lancei em sua mente um lembrete de que ele não me deixou sair pra ouvir a pergunta em particular.


"Ele é. Ficou interessado, Nott?"

Respondi com deboche, e Draco aliviou o aperto nas minhas pernas. Theo riu antes de responder.


"Héteros não fazem meu tipo, Fawley. Só fiquei curioso... Pra quem passou a vida inteira preso em uma ilha, ele sabe como falar com as garotas."

Malfoy se remexeu embaixo de mim, irritado. Ele entrou na conversa.


"Não seja inocente, Nott. Riddle sabe exatamente o que está fazendo, ele não ficou sozinho nem um dia naquela ilha. Fawley aqui é a prova disso."

Universo Fawley - Livro 5 (O último ano da Elite)Onde histórias criam vida. Descubra agora