Universo Fawley - Livro 5 (O último ano da Elite)

Capítulo 28 - Despedida na Torre de Astronomia

O topo da torre estava vazio.

Eu caminhei até a beirada, confusa. Será que eu tinha entendido tudo errado? Eu tinha certeza que ele estaria aqui.

Mas então ouvi uma voz relaxada e provocativa nas minhas costas.

- Eu estava esperando por você, princesa.

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[POV MALFOY]

Porra, ela estava linda. Ainda mais linda, se é que isso era possível.

O luar refletia sua pele clara e fazia os brilhos do vestido se iluminarem. Eu estava escondido nas sombras quando ela entrou, e ela não me viu de imediato. Eu sorri, sentindo meu coração acelerar e a adrenalina correr em minhas veias.

Eu respirei fundo uma vez, afastando todos os pensamentos da minha mente, mas deixando meu coração bater violentamente. Eu não queria ter o controle de tudo, queria sentir isso essa noite.

Dei um passo pra frente e saí das sombras.

- Eu estava esperando por você, princesa.

Ela se sobressaltou, mas continuou firme quando sentiu minha presença. Fawley apenas inclinou a cabeça em minha direção, mas sem se virar pra mim. Eu gostei disso.

- Não se vire.

Eu sussurrei, me aproximando dela, mas mantendo ainda certa distância. Eu podia ouvir seu coração bater tão rápido quanto o meu, mas sua voz saiu firme quando ela me enfrentou.

- Nós temos uma festa para sediar em poucos minutos lá embaixo.

Eu sorri mais ainda.

- Nós vamos nos atrasar.

Eu respondi no mesmo instante, e ela escondeu um sorriso. Eu parei a um passo de distância dela.

- Você queria se despedir da torre.

Não era uma pergunta. Ela sabia que era verdade. E eu sabia como jogar com ela mais um pouquinho.

- Sim. Mas nós não vamos transar, Fawley.

Ela franziu as sobrancelhas e se virou pra olhar pra mim, confusa. Mas eu já estava esperando por isso e desaparatei, reaparecendo do outro lado, ainda em suas costas.

- Eu falei pra você não se virar.

Ela bufou impaciente, mas permaneceu de costas pra mim. E eu gostei disso, porque não sabia se conseguiria falar tudo o que eu queria falar com os olhos dela nos meus. Minha boca estava seca e eu senti que poderia morrer, mas coloquei as mãos nos bolsos e comecei o discurso que eu tinha passado dias ensaiando em minha cabeça.

- Eu nunca achei que suportaria ser seu amigo.

Ela inclinou a cabeça pra mim de novo, em silêncio, esperando.

- Eu quis você desde que nós nos conhecemos. Desde que seus pais te trouxeram pela primeira vez na minha casa e você me esnobou completamente.

Ela riu com a lembrança, e eu não pude deixar de sorrir também.

- Nunca, ninguém tinha desdenhado tanto os meus brinquedos, a minha casa e a minha presença. Você era uma garotinha mimada e entediada, e naquele instante eu entendi que nada que eu tivesse iria chamar sua atenção. E eu queria muito a sua atenção.