— Capítulo 2
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Entramos no motel e me sentei em um banco ao lado da porta, enquanto o Gabriel falava com o recepcionista, um anão narigudo, de cabelos grisalhos e aspecto sisudo, que me olhou estreito como se tivesse incomodado com a minha presença.
— Você viu como aquele nanico me fitou? Fiquei super desconfortável. — Comentei ao atravessarmos o corredor.
— Relaxa! Deve ter pensado que você era a Branca de neve. — Zoou.
— Sei não, mas esse lugar me causa arrepios! — Exclamei com um mau pressentimento. — Amor, vamos voltar!
— Larga de paranóia! Tenho algo aqui que você vai gostar. — Disse empolgado, tirando uma embalagem do bolso.
— O que é isso? Chocolate? Sem chance! Estou em uma dieta rigorosa de glúten. — Dispensei.
— É uma camisinha de leite condensado, tolinha! curtiu? — Pincelou a língua nos lábios.
— Gabriel, você é icônico, sabia?
O quarto disponível era espaçoso e um tanto arcaico. As paredes estavam desbotadas e os móveis bem empoeirados. Havia uma cortina de seda branca com manchas de vinho, um espelho esfumaçado no teto e um criado mudo repleto de cupins.
— Credo, quanto você pagou por esse lugarzinho sujo e mixuruca? Aposto que a camareira pediu demissão. Imagino a quantidade de baratas e ratos que habitam aqui. — Reclamei enojada.
— Shhh!!! Nós podemos transformar qualquer lugar em algo inesquecível. — Recitou, tapando a minha boca.
Ele me pegou nos braços e me soltou delicadamente na cama, tirou os sapatos, o casaco e a camiseta e deitou-se sobre mim.
Começamos a nos beijar ao som das batidas aceleradas do meu coração.
Eu estava muito nervosa. No entanto, desejava acabar logo com aquele medo e a falta de confiança que tinha em mim mesma.
Seu toque em minha pele era quente e a sua respiração ofegante em meu pescoço me fazia delirar e suar frio, arranhando suas costas lisas e vastas.
Ele desprendeu o cinto de sua calça e abaixou, ficando apenas de cueca.
Seu membro latejava dentro dela, me fazendo tremer na base e ficar apreensiva, mas respirei fundo e optei em tomar a iniciativa para não parecer tão inexperiente e submissa em permitir que ele realizasse tudo sozinho.— Posso te fazer um oral? — Falei espontaneamente, suspirando ousadamente em seu ouvido.
— Caramba, Jessy! Isso que é atitude! Fique á vontade. Ele é todo seu, gatinha! — Afirmou empolgado, se acomodando com os braços entrelaçados na cabeceira.
Desci a língua até seu umbigo e despir o seu membro cumprido e espesso que saltou ereto para fora, encostando em minha testa.
— Nossa, que negócio grosso! Será que isso encaixa mesmo em alguém? Se foi feito deve ser porque cabe. — Exprimir mentalmente.
O apalpei, logo em seguida pus a cabeça (que mais parecia um cogumelo rosado) na boca, sentido seu gosto salgado.
Comecei a fazer leves movimentos de vai e vem, alisando a sua virilha bronzeada e segurando seus testículos macios.
Neste meio-tempo, olhei de relance para a janela e jurei ter visto alguém nos espiando.— Ai meu Deus! Eu vi um rosto ali nos assistindo! Só pode ser aquele anão mal-encarado. — Gritei assustada, dando um pulo da cama.
— Calma! Eu vou lá dar uma olhada. — Se levantou e abriu a janela.
— Gabriel, cuidado! É melhor irmos embora! — Pedir, apanhando suas roupas do chão.
— Viu? Não tem ninguém lá fora. Fica tranquila amor! Você está segura comigo. Sou um homem forte e potente, tanto é que o "garotão” aqui continua na ativa, tá vendo? — Balançou o seu pau ainda rígido.
— Convencidinho! Seu bumbum branco e másculo é uma fofura, sabia? Deu vontade de morder. — Comentei, mais tranquila e confortada.
— Peraí, que vou te dar um trato, sua safadinha! — Me pôs sentada na cama e pausou em minha frente.
— Calma cowboy! A noite ainda é uma criança! Se é que me entende. — Pisquei o olho meio atrevida, lhe observando morder o lábio inferior.
— Vamos continuar aonde paramos? — Pediu.
— E aonde foi mesmo que não recordo? — Fingir demência para causar uma certa adrenalina.
— Na parte em que se deliciava com esse pirulito de morango aqui que já está transbordando mel. — Apontou para seu pênis lubrificado.
— Acho que o sabor era cereja! — Falei sensualizando.
— Só existe um único jeito de tirar essa dúvida. — O encostou em meus lábios, me fazendo abrir a boca e introduzi-lo goela a baixo.
— Isso, mama esse cacete, minha putinha gulosa! — Gemeu, conduzindo a minha cabeça.
— Do que você me chamou, seu pervertido? — Repreendi furiosa, o fuzilando com o olhar.
— Calma amor! Escapou no calor na emoção. Sua boca é deliciosa e você faz direitinho. Foi por isso que me deixei levar, sacou? — Tapeou, me incentivando a continuar.
— Não importa! Acha que sou igual às vacas que está acostumado a se envolver? Não me trate feito uma vadia, seu babaca! — O empurrei.
— Jéssica, não viaja, tá? Esse seu jeitinho cheio de frescuras é brochante, sabia? Eu só tentei apimentar o clima. Estava adorando te ver tão ‘sexy’ e irreconhecível. Me deixou com mó tesão, pô!
— Custava ser no mínimo carinhoso ao invés de um cavalo? Isso não me excita nem um pouco! — Desaprovei.
— Dar para ser menos histérica e temperamental?
Parei por um minuto e analisei que realmente eu estava procurando pêlo em ovo e pondo em risco o momento mais marcante na vida de uma adolescente.
— Tem razão! Confesso que estou mesmo muito nervosa e acabarei estragando tudo se não me concentrar. Vamos começar de novo! — Falei decidida.
Já me preparava para chupa-lo pela terceira vez. Quando, uma notificação fez seu celular acender.
— Gabriel, você já veio aqui antes? — Perguntei irada, olhando para o aparelho.
— Claro que não! Porque essa pergunta de repente e qual o motivo de você estar parecendo um pimentão? — Engoliu em seco.
— Então, porque o wi-fi daqui está conectado no seu celular, se não vi você pedir a senha ao recepcionista?
— É... porque deve ser aberto e conectou automaticamente, ué. — Gaguejou.
— Sério que está desconfiando de mim, minha vida? Testa no seu celular antes de tirar essas satisfações precipitadas!— Para sua sorte, infelizmente estou sem meu celular. Mas tenho quase certeza de que vi um cartaz no balcão bem grande escrito: “wi-fi liberado somente com autorização. ”
— Jessy, você está blefando! Vai dar uma de detetive agora? Inclusive, o Charles nem foi com a nossa cara e...
— Que coincidência! Já sabe até o nome daquele gnomo carrancudo? — Interrompi.
— Meu amor, não é nada disso que está pensando. Eu posso explicar!
— Vai á merda, seu cretino! — Me levantei, ergui as alças do vestido e peguei a minha bolsa.
— Para onde você vai?
— Para bem longe de você, seu galinha! — Falei, segurando na maçaneta da porta.
— Espera! Vai sair e me deixar assim? — Apontou para seu pau que parecia não baixar nunca.
— Bate uma bronha, ué! Ultimamente não é isso que anda fazendo? Ou melhor, traz mais alguma puta para esse chiqueiro, seu mulherengo! — Rangir os dentes.
— Amor não faz isso! Não esquenta! Eu vou te levar pra casa! — Se levantou.
— Não precisa. Eu pego o primeiro táxi ou até um ônibus que passar na avenida.
— Jéssica, é perigoso e não passa nenhum veículo na pista a essa hora.
— Dane-se! — Bati a porta.
Continua...
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Me chame de puta! ( CONCLUÍDO)
Historia CortaQuem poderia imaginar que a vida invejável de Jéssica Penclin mudaria da noite para o dia de forma tão brusca? Após ser sequestrada numa esquina deserta e escura enquanto tentava voltar para casa, ela se ver nas mãos de perigosos traficantes de mulh...