A fulga🦋

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- Capítulo 8

                                •••

Ao entrarmos no quarto, ele tirou sua jaqueta e pendurou-a num cabideiro.
Sem perder tempo, me puxou para seu corpo e começou a fungar o meu pescoço, passando a língua e mordiscando a hélice da minha orelha.
Eu não conseguia me mover, odiando o seu toque, o cheiro amadeirado do seu perfume e sobretudo, o tesão que ele tinha em mim.

— Vem cá, me mostra o que sabe fazer, vadia! — baixou o zíper da sua calça e pôs o seu cacete cavalesco para fora, que se estendeu em sua coxa.
— Se ajoelha e cai de boca nessa vara! Eu sei que você gosta de se lambuzar com a piroca de um negão. — Mandou.

— Espera! Para quê tanta pressa? Vamos conversar mais um pouco? A noite é uma criança. Porque não me fala sobre você? — Me sentei na cama arranjando uma desculpa para pausar a sua ação.

— O que você quer saber sobre mim? — Perguntou intrigado.

— Hum... gosta de viajar? Já conheceu Paris? Você sabia que a Torre Eiffel pesa cerca de 7.000 toneladas e usa 50 toneladas de pintura a cada sete anos? — Comecei a tagarelar coisas aleatórias.

— Caralho mina! Você é uma prostituta bem estranha, sabia? — Enrugou a testa.

— Na verdade, eu sou do tipo moderna. Quero mudar esse conceito de que garotas de programa só servem para satisfazerem seus clientes com sexo. Existem outros meios mais interessantes do que isso, como um diálogo interativo, onde é fundamental uma troca de intimidade entre os envolvidos, concorda?
Se quiser eu posso te contar a história do dia que ganhei o Caiky, meu 'poodle'. Ai, ele era tão fofo e...

— Por que não cala essa boquinha linda e só abre quando for gemer o meu nome enquanto fodo sua bucetinha quente? — Interrompeu, vindo para cima de mim e separando as minhas pernas.

— Calma, você está se precipitando. — Murmurei, tentando esquivar-se.

Porém, ele me prendeu com uma das mãos e com a outra atravessou o meu vestido, alcançando a minha calcinha.

— Gata, espero que essa buceta tenha espaço suficiente pro garotão aqui. Eu vou te arregaçar todinha!

Eu suava de tão nervosa, vendo que não havia mais escapatória. Entretanto, no calor do desespero, apanhei um abajur da cômoda ao lado da cama e dei um golpe certeiro em sua cabeça.

A pancada forte o fez desmaiar, caindo ensanguentado no chão.
No mesmo instante, peguei o celular do seu bolso, pretendendo ligar para meu pai e contar que fui raptada.
Mas percebi que ele havia criado uma senha difícil de acessar.

— Droga! E agora? Como vou adivinhar a senha desse cretino? — Falei contrariada, olhando de um lado para o outro e pensando em uma segunda estratégia.

Lembrei da história que a Yuna me contou sobre o assassinato da sua amiga Jennifer por tentar escapar. Contudo, decidir arriscar, julgando que aquela talvez seria uma oportunidade única que eu não poderia desperdiçar.

Tive de ser ágil e perspicaz.
Tirei rapidamente a chave do carro presa no passante da sua calça. Em seguida, improvisei uma corda com os lençóis, e amarrei-a firme no pé do armário.
Lancei-a pela janela, tirei os sapatos e me pendurei.

— Vamos lá, isso dar muito certo em filmes. Tomara que não seja só ficção. — Exclamei com um frio na barriga.

A altura era cerca de sete metros e provavelmente eu quebraria uma perna ou até morreria se despencasse. Escalei com cuidado de olhos fechados, rezando para não cair.
Os seguranças estavam mais à frente do edifício e conversavam entretidos no portão, que deixaram aberto para a passagem dos inúmeros carros que chegavam a todo momento.

Me chame de puta! ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora