- Capítulo 11
( imagem dedicada á @AnnaCouton)❤
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Era por volta das 10h30 da manhã, quando terminei de me arrumar para ir ao escritório do tal árabe.
Quem me visse daquele jeito, possivelmente pensaria que eu estava indo para uma entrevista de emprego.
Fui submetida a usar um disfarce de secretária para não despertar desconfianças dos seguranças do prédio, que poderiam constatar que eu estaria pretendendo fazer um programa ali.
Usei uma roupa social e discreta acima de qualquer suspeita: camiseta branca e sem decote para não chamar atenção, saia preta na altura dos joelhos, com uma meia calça por debaixo, maquiagem leve e cabelos presos formando um coque.
Ao sair, me despedir das meninas:— Me desejem sorte! — Falei, com a garganta arranhando e as mãos frias.
— Ver se não tenta fugir desta vez, tá? — Aconselhou a Yuna com um abraço confortador.
No caminho, não hesitei em perguntar a Morgana:
— Qual é o motivo de tanta discrição? Esse shake tem medo de ser visto com uma prostituta porque afeta de alguma forma a sua tradição e as suas três esposas? — Revirei os olhos.
— Digamos que discrição é a alma do negócio.
Ele sabe que está sendo traficada e não quer correr o risco de ser prejudicado se descobrirem que fecha acordos com mafiosos.
Como se isto fosse acontecer, não é mesmo? — Me intimidou, exibindo uma pistola dourada na sua bolsa.— Teremos relação na mesa de um escritório? Que constrangedor! Pensei que esses homens costumavam levar mulheres para suas mansões exuberantes com pedras preciosas nas paredes. — Ironizei.
— Considere como um fetiche exótico do seu cliente multimilionário... agora chega de perguntas! — Intercalou.
Ela estacionou o carro na garagem de um apartamento imenso e luxuoso, e antes de me mandar descer, fez questão de frisar:
— Se tentar alguma gracinha, desta vez eu juro que te mando para o quinto dos infernos e ainda envio as suas amigas com você!
Um passo em falso pode ser mortal, não se esqueça disso, lindinha! — Sorriu forçadamente.— Não se preocupe! Me comportarei direitinho. Afinal, seria muito triste ver a minha prezada cafetina sendo prejudicada. — Debochei, realçando ser aquele o meu maior desejo.
Esforcei-me ao máximo para manter-se resoluta e natural.
Passei pelos seguranças sem ser questionada e pedir educadamente a recepcionista para avisar que eu havia chegado.— Sr° Kalleb Mohammed, a nova arquiteta já está presente. Posso permitir que suba? — Falou ao telefone.
— Arquiteta? Nossa, que mentira deslavada ele inventou! Eu nem tenho cara disso. — Falei mentalmente.
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Me chame de puta! ( CONCLUÍDO)
Historia CortaQuem poderia imaginar que a vida invejável de Jéssica Penclin mudaria da noite para o dia de forma tão brusca? Após ser sequestrada numa esquina deserta e escura enquanto tentava voltar para casa, ela se ver nas mãos de perigosos traficantes de mulh...