— Capítulo 15
•••Já era dia, quando acordei de ressaca numa cama com dossel, em um quarto bem espaçoso repleto de mobílias, uma carpete extenso amarelo e lamparinas de ferro forjado, decoradas com formas geométricas e vidros coloridos.
Os lençóis de tecidos esvoaçantes descobriram o meu corpo, me fazendo ter um susto ao perceber que eu estava somente de calcinha e sutiã.
— Ai meu Deus! O que você fez comigo, seu maníaco? — Perguntei temerosa, vendo-o deitado ao meu lado, me admirando tranquilamente acomodado no travesseiro.
— Bom dia! Isso são modos de agradecer a generosidade que tive em te pôr na cama depois do ‘show’ que deu ontem à noite? Aliás, você é bem pesadinha, sabia? Deu-me um trabalhão para subir as escadas. — Esticou os braços, se espreguiçando.
— Você não tinha o direito de se aproveitar de mim só porque eu estava bêbada! — Esbravejei, me cobrindo com o edredom.
— Não se preocupe! Só tirei as suas roupas para dormir confortável.
Juro que não encostei um dedo em você. Embora, tivesse merecido uns tapinhas nesse bumbum empinado e arredondado. — Lambeu os beiços, me provocando.— Idiota! Menos mal. — Respirei aliviada por saber que não fui abusada inconscientemente.
— Está melhor?
— O que acha? Deixou-me beber quatro garrafas daquela porcaria de vinho. Meus lábios estão ressecados e estou desidratada.
— Não reclama! Foi você quem insistiu! Quis me deixar bêbado, mas parece que o feitiço virou contra o feiticeiro, né?
— Nossa, estou com um bafo horrível e com os cabelos embaraçados! — Resmunguei, morrendo de vergonha por ele me ver de tal maneira.
— Mesmo assim, não deixa de parecer uma rainha. Aliás, dorme parecendo um anjo, sabia? — Elogiou, me deixando sem graça.
— Então, passarei o dia aqui? — Interroguei, ciente de que ainda não fizemos o que pretendíamos.
— Não. Se arrume! Daqui a vinte minutos os seguranças da Morgana vêm te buscar. — Respondeu levantando-se e me deixando boquiaberta ao vê-lo completamente pelado, indo em direção ao banheiro.
Eu não sabia se tapava os olhos ou continuava presa naquele corpo malhado e definido, desfilando ousadamente em minha frente.
Seu peitoral robusto era liso com mamilos rosados, seus bíceps com veias saltadas e sua barriga possuía vários gomos com curvinhas descendo da cintura e um rastro de pelos finos abaixo do umbigo até a região pubiana, que pareciam serem setas indicando o chamado “caminho da felicidade”.— Uau, que dote! — Comentei entre dentes não evitando o olhar de tamanha formosura.
— Quer vir tomar um banho comigo? Te fará bem! — Me fez um convite quente, certamente crendo que já era de costume eu presenciar homens do jeito que vieram ao mundo.
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Me chame de puta! ( CONCLUÍDO)
Short StoryQuem poderia imaginar que a vida invejável de Jéssica Penclin mudaria da noite para o dia de forma tão brusca? Após ser sequestrada numa esquina deserta e escura enquanto tentava voltar para casa, ela se ver nas mãos de perigosos traficantes de mulh...