Capitulo 29 - Eu irei, onde você quiser que eu vá...

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Deren propõe que eles trabalhem numa campanha de marketing, para promover os perfumes e cremes de Sanem, criando uma logomarca, escolhendo um nome... Ela reuniu todos, inicialmente usando isso, para aproximar Can e Sanem, mas também por conta de fazer, com que Sanem se apropriasse da marca, que quase foi roubada por Kerem e Cemal.

Sanem dá uma aula sobre perfumes, fixação, escolha da fragrância que combina com cada pele, interação com o cheiro da pessoa, reação inicial na pele e após dez minutos, dentre outras coisas e fazem uma parte de sensibilização, mais prática...
Todos utilizaram os cremes, escreveram suas sensações, tanto para a fragrância feminina, quanto para a masculina.
Can e Sanem se encaravam e se provocaram o tempo todo, se atraindo como imãs, chamando a atenção de todos.

Eles estavam organizados em pares, para facilitar as análises, Deren e Bulut oscilavam entre o "amor e o ódio", assim como Deniz e Muzzo... Tanto que CeyCey, se sentiu sobrando e ficou tão entristecido, que ligou para Ayhan.

No final da tarde, Sanem foi para casa cuidar das crianças, deu banho, papinha, quando percebeu que Artemis estava febril e enjoadinha, e não comeu nada. Ela ficou bastante preocupada, porque eles nunca adoeceram...
Mihriban e Aziz, que estavam por lá, perceberam a preocupação dela e avisaram Can.
Ele costuma participar do banho e das refeições deles, mas hoje foi se exercitar e atrasou. Ele precisava espairecer um pouco e dar um tempo para Sanem, após todo enfrentamento deles, durante o dia...
Quando ele chegou, Orion já estava dormindo no berço, mas Artemis estava com febre e chorona no colo da mãe... Uma Sanem visivelmente nervosa, porque não estava conseguindo falar com o pediatra.

C: Por favor Sanem, acalme-se, caso ela não melhore, nós a levaremos no pronto socorro. - ela o olhou com preocupação e olhos úmidos.

Como ela não conseguiu comer, ele preparou o leite, mas ela também não aceitou... O médico, orientou uso de antitérmico e, se necessário, banho morno, para baixar a febre.

Can também estava apreensivo, mas como já lidou com situações adversas em lugares difíceis, sem atendimento médico, conseguiu passar uma certa tranquilidade para Sanem.

S: Eu nunca a vi assim, não sei o que faço para acalma-la! Será que ela tem alguma dor?

C: Deixa eu tentar?! - estendendo os braços para pega-la. Sanem resistiu, mas acabou entregando-a.

Ele a embalou, dando beijinhos na cabeça e no rosto, fazendo carinho, até que ela adormeceu. Sanem se surpreendeu e ele ficou orgulhoso.

S: Será que a medicação fez efeito? - ele assentiu e a colocou no peito, sentando-se no sofá.

Eles só conseguiram adormecer de madrugada... Quando Sanem acordou ao lado de Can, Artemis estava deitada no peito do pai, ambos dormindo tranquilamente... Ela os observou carinhosamente, feliz por tê-los diante dela e bem! Olhando aquele gigante adormecido, seu lindos traços, seus braços protetores ao redor de Artemis, teve de se segurar para não ceder à tentação de acariciar seus cabelos, sua barba, seu rosto... Ele abriu os olhos e se deparou com os olhos dela, eles se encararam profundamente... Foi possível ver tantas coisas ali, tantas palavras não ditas, ou mau ditas... ele sorriu e ela retribuiu, acariciando a cabeça de Artemis... a febre se foi...

A bebê abriu os olhinhos e agarrou os colares no pescoço do pai, enquanto Sanem tentava fazê-la soltar e não colocar na boca, dividindo-se entre o cuidado com a filha e o olhar intenso do pai... Ela recostou a cabeça no sofá, com um sorriso travesso, encarando Can, perdendo a noção do tempo...

Eles saíram do transe, quando escutaram o choro de Orion pela babá eletrônica.
S & C: Acordou... - disseram ao mesmo tempo e sorriram.

Sanem foi buscá-lo e veio com ele de carinha amassada sorrindo...

S: Can, você pode segura-lo também?  Vou preparar o café da manhã! - impossível não pensar, que aquele poderia ter sido o dia a dia deles...

C: Você não quer ajuda? - adorando participar de tudo.

Aziz e Mihriban supondo que eles tiveram uma noite difícil, entram sorrindo com várias coisas nas mãos...
M: Surpresa! Trouxemos o café da manhã...

A: Como está a princesinha do vovô? - indo em direção a Can.

S: Ela parece bem, ao menos não tem febre! - aliviada.

Já na mesa do desjejum, com os gritinhos das crianças, Sanem lembrou que tinha um compromisso com Yigit...
Ela viu as horas e disse:
S: Vou ligar para Yigit, desmarcando o nosso compromisso, só não sei a desculpa que darei!?

M: Pode ir eu e Deniz cuidaremos deles...

S: E se a febre voltar? - preocupada.

M: Nós te ligamos e você retorna! - com tranquilidade...

Quando Yigit chegou, para buscar Sanen, escutou uma conversa de Can e Aziz e ficou super feliz, por entender que ele estava partindo novamente e pensou: "Vamos ver minha querida Sanem, se você vai aceitar o meu pedido, ou não..."

Assim que ela veio, eles saíram... No caminho ele parou no acostamento, sob os olhos questionadores de Sanem, tirou uma caixinha de veludo e mostrou um anel...

S: O que significa isso, Yigit?

Y: Eu quero fazer o pedido direito... - todo feliz e convicto.

S: Qual a parte do "eu não vou me casar com você", que você não entendeu - falou irritada.

Y: Tudo isso por causa da volta do Can, né? Com a voz alterada - Caso contrário... - ela o interrompeu.

S: Não! Isso é porque eu sou apenas sua amiga... E sempre vou amar o Can, só ele. Nunca haverá outro...

Y: Eu pensei que você não quisesse mais vê-lo.

S: O fato de eu ter ficado magoada com ele, não significa que eu vou amar outro homem...

Y: Que pena! Porque ele está partindo novamente... Você prefere ficar sozinha para sempre? - com sarcasmo. - Eu ouvi ele falando com o pai...

Ela não conseguiu ouvir mais nada, saiu do carro e voltou a pé para a fazenda, sob os protestos de Yigit, irado!

Quando chegou na "Casa de Vidro", onde todos estavam trabalhando, fazendo amostras dos cremes de Sanem, para enviar para um cliente em potencial, que Bulut conseguiu, ela estava sem fôlego pela caminhada.

S: Onde está Can? Onde está o barco? - olhando para Aziz.

A: Está no píer! Por que? - ela se vira indo para o píer, sem responder.

Quando chega no píer, percebe que Can está soltando as amarras para zarpar... Ela corre, entra no barco, enquanto ele a olha surpreso.
S: Você não vai a lugar nenhum Can Divit! - ele continuou com os procedimentos sorrindo...

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"...Se você quer que eu vá embora
Baby, eu irei
aonde você quiser que eu vá
Mas se você quer um pedaço de mim
Eu te dou tudo, minha vida toda..."

Deck Of Cards
David Boone

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Nota da Autora:
E agora? Será que Can está partindo?
Onde entra prova da confiança?!

Quando o amor é mais forte...Onde histórias criam vida. Descubra agora