Capito 67 - Lembranças...

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EMRE
Eu e papai decidimos conversar com Can, sobre Yigit e Hüma. Não pretendemos despejar as coisas sobre ele, seremos parcimoniosos, quero entender melhor como foram as circunstâncias da reconciliação com Sanem... porque será uma bomba para ele!
Hüma implorou para não contarmos...
Mas, por quanto tempo poderemos esconder, que o acidente foi causado por um ato criminoso? Eu sei que ela não atentaria contra a vida de Can, mas suas interferências causaram muitos transtornos e sofrimento para ele e Sanem, sem falar das crianças.
Fui com Leyla até à fazenda, ela foi encontrar Sanem e, eu Can e papai...
E: Bom dia! - digo abraçando os dois na sequência.
A: Nem acredito que esses dois se entenderam!
E: Você lembrou de algo?!
C: Não. Eu só me dei conta, que estava apaixonado por Sanem... - rimos do jeito dele.
E: Bom, pelo menos isso! Você não está me escondendo nada, não? Estou te achando estranho...
C: Eu tenho tido uns flashes, mas acho que é porque eu li no livro... Depois, não pretendo te esconder mais nada, como fiz com a doença de  papai...
E: Como você lembra disso? - ele me olhou surpreso - Eu digo porque essa história está dentro do período, que você não recorda, ou seja, nos dois últimos anos... - ele ficou atônito. Olhei para papai e falei... - Talvez fosse importante irmos ao médico, antes de qualquer atitude. Não papai?
A: Sim! Você tem razão filho... - disse enfatizando e me olhando nos olhos. Decidimos adiar a conversa e eu acompanhei Can no médico.
C: Ok!

CAN
Emre e papai pareciam ter algo a me dizer, mas desistiram quando perceberam que eu havia lembrado de algumas coisas!
Antes deles chegarem, eu visualizei alguns flashes, como a primeira vez que beijei Sanem no escuro do teatro, lembrei do seu perfume, que segundo o livro, era um elo importante entre nós. Lembrei também de observá-la dormindo, enquanto ela falava num sonho...
Após explicar tudo ao médico, perguntei:
C: Como lembrei dessas coisas repentinamente?
Dr.: Não é algo repentino e sim um processo. No seu caso há duas hipóteses, pode ser decorrente de algo traumático ou de acúmulo de sentimentos...
C: Então, acho que é a segunda hipótese, pois eu me apaixonei novamente pela mulher, que eu tanto amava e vinha lhe causando muita dor...
Dr.: Sanem? Provavelmente, seus sentimentos por ela desencadearam suas lembranças... Mas Can, eu acredito muito, pelo o que já havia conversado com Sanem, que o ano em que vocês estiveram separados e você ficou vagando no mar, foi muito difícil e traumático para você, sendo seu principal bloqueio, provavelmente. - ele fez uma pausa e explicou... - O cérebro, quando passa por algo muito traumático, cria mecanismos de defesa. Seu amor por Sanem, fez com que você superasse esse trauma. - eu fiquei muito feliz e mal conseguia tirar o sorriso dos meus lábios. Foi como se eu puxasse um fio e começasse a desenrolar o novelo...
C: As lembranças estão me invadindo!  Eu concordo com você, sinto uma dor imensa ao lembrar de alguns flashes desse período no mar...
E: Ele lembrou de algo, que eu não sabia, ele quebrou o barco para não partir, quando retornou desse ano ausente... 
C: Essa lembrança foi libertadora, porque eu tinha lido um trecho do livro e tive a confirmação de que ela me amava, eu quebrei o barco, para que eu tivesse que ficar mesmo diante da maior adversidade...
Dr.: Can, eu já te disse que seu acidente foi muito grave, você correu um risco grande de morte... a sua recuperação foi surpreendente, mas a perda de memória prolongada era algo que não se encaixava... - suspirou me observando ... - Desejo muitas felicidades a vocês e, qualquer coisa, estou à disposição.
Saindo de lá, liguei para Sanem.
C: Oi meu amor, acabei de sair do médico.
S: Ah, Can! Por que você não falou, queria ter ido com você! - falou manhosa.
C: Fica tranquila, Emre veio comigo... Está tudo certo. Você vai para a agência? Queria levar as crianças para casa, hoje. O que você acha?!
S: Vou sim! Está bem, conversamos lá. Beijos...
C: San, Te amo!
S: Te amo.
❤️❤️❤️

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