Capitulo 11 - Ninguém sabe o que eu sofri...

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AZIZ

Permaneci em Cuba por muitos meses, até o término de meu tratamento, depois fui voltando e aproveitando o caminho, parando em algumas cidades e revendo amigos.
Durante o último ano, perdi totalmente o contato com Can, recebi apenas duas mensagens curtas, informando que ele estava bem. Falei com Emre, com mais frequência, especialmente por conta dos problemas com o fechamento da agência, sendo que Metin o ajudou cuidando de toda parte burocrática.
Assim que cheguei em Istambul, marquei com Emre no bar do hotel onde eu estava hospedado, pois ele parecia bastante ansioso para me ver.
Após constatar que eu estava bem de saúde, ele me contou sobre a saga de Can e Sanem, o que me deixou muito preocupado. Can era adulto, independente e auto centrado, nunca me deu trabalho, cuidava de suas próprias coisas desde muito jovem, era um viajante experiente, que esteve em lugares inóspitos na terra e no mar, por conta de seu trabalho. Emre supunha, que ele esteve o tempo todo no mar, velejando... Mas, a forma como ele saiu e deixou tudo para trás, sem comunicação, era muito fora de seus padrões...
Emre se mostrou bastante preocupado, dizendo que gostaria da minha ajuda, para traze-lo de volta, pois considerava que ele e Sanem poderiam curar um ao outro.
Eu disse, que veria o que fazer e que aceitaria sugestões. Depois disse, que gostaria de conhecer a família de Leyla e ele disse, que quando eu quisesse.
Naquela noite encontrei com minha irmã Remide, que havia colocado um detetive atrás de Can e o havia localizado. Ela se mostrou muito preocupada com o que viu e conversou com Can, ele estava com aspecto selvagem e mal cuidado, além de bastante abatido. Ela estava muito preocupada também, com nossos problemas financeiros, decorrentes do fechamento da agência e eu disse, que estava tudo sob controle.
Soubemos que a agência havia sido comprada por um grupo de pessoas e decidi averiguar de quem se tratava. No dia seguinte, fui com Remide até o tal endereço, fora de Istambul. Chegando lá encontramos, para nossa surpresa, Ceycey, Deren, um tal de Muzzafer. Eles disseram que objetivo principal era reaproximar Can e Sanem e minha participação poderia ser fundamental. Olhei para minha irmã sorrindo e topei na hora.
Estávamos planejando os detalhes, quando vimos Sanem...
Eu e Remide ficamos assustados com sua aparência abatida e o visual hippie, ela aparentou estar um pouco alheia e o sorriso não alcançava seus olhos... Ela pareceu apreensiva em nos ver, mas abraçou Remide e apertou minha mão. Eu a parabenizei pelo sucesso do livro e enfatizei, que desde que a conheci, achei que ela era uma pessoa especial, que tinha estrela.
No meio da nossa conversa, recebi uma ligação de Can... assim que ela percebeu, saiu andando sem olhar para trás.
Eu passei as coordenadas, para que ele viesse até nós... e festejamos, quando ele disse que viria!
Quando ele chegou ficamos todos chocados com sua aparência... Eu o questionei da falta de cuidado e ele desconversou, perguntando por que eu estava naquele lugar... Tentando parecer natural, disse que ali era a casa de Sanem... Ele ficou pálido, com uma sombra de tristeza e de dor profunda nos olhos e não escutou mais nada, virou as costas e saiu andando rapidamente de volta ao píer...

Oceano (Djavan)Assim que o dia amanheceuLá no mar alto da paixãoDava pra ver o tempo ruirCadê você? Que solidãoEsquecera de mimEnfim, de tudo o que há na terraNão há nada em lugar nenhumQue vá crescer sem você chegarLonge de ti tudo parouNinguém s...

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Oceano
(Djavan)
Assim que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão
Dava pra ver o tempo ruir
Cadê você? Que solidão
Esquecera de mim
Enfim, de tudo o que há na terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri
Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar, me dá teu calor
Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você desagua em mim, e eu, oceano
E esqueço que amar é quase uma dor
Só sei viver se for por você
Enfim, de tudo o que há na terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri
Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar, me dá teu calor
Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você desagua em mim, e eu, oceano
E esqueço que amar é quase uma dor
Só sei viver se for por você

Créditos:
Fonte: Musixmatch
Compositores: Djavan
Letra de Oceano © Luanda Ed. Musicais Ltda.
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Nota da autora:
A pedidos coloquei 2 capítulos hoje...
Entendendo que ambos ajudaram a fazer o link, com a continuação desta história...
Como será o reencontro de Can e Sanem?
Será que ele saberá das crianças agora ou mais tarde?
Posso adiantar que será emocionante...
Beijos no coração...

Quando o amor é mais forte...Onde histórias criam vida. Descubra agora