Capítulo 39 - A verdade nua e crua...

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SANEM

Naquela manhã, após fazermos o desjejum os 4 juntos, Emre chamou Can para o jardim, enquanto Leyla me ajudou a colocar a cozinha em ordem..

L: Sanem, eu e Emre precisamos muito falar a sós com você. - tom confidencial.

S: Agora? - ela assentiu.- Eu combinei de voltar para a fazenda com o Can, pois temos uma reunião da agência. - comentei preocupada...

L: Levaremos no máximo uma hora... Mas, preferimos que Can não esteja junto.

S: Bom... Só se eu disser que tenho algo para resolver com você, enquanto ele vai buscar o carro no bar... Eu iria com ele, mas... - suspirei.

L: Perfeito irmãzinha! Para o Emre não ter que ir junto com ele, vou dizer que iremos ao estúdio. Na verdade, marcamos à tarde e, o Emre não vai deixar eu ir sozinha, porque está com ciúmes do Ferrit... Bobinho, nunca tive olhos para outro, nem quando não estava com ele... - rimos juntas. Can e Emre entraram nesse momento.

E: Podemos saber a razão desses sorrisos? - perguntou curioso.

L: Curioso... - disse indo para ele - Coisa de meninas.

Então, olhei para Can e disse:

S: Can, eu preciso resolver umas coisas com a Leyla, você pode ir buscar o carro sozinho e me pegar aqui, se não for um transtorno para você?

C: Não quer que eu a espere? - sem tirar os olhos dos meus... "Nunca vou me acostumar com esse olhar intenso dele, sem sentir borboletas no meu estômago..."

S: Eu acho que podemos ganhar tempo! - insisti.

C: Emre, vamos comigo? - convidou.

E: Eu e Leyla temos um compromisso...

C: Já entendi! - resignado - Sanem, eu volto em cerca de 1 hora. - me deu um beijo na testa e saiu...

Quando olhei para Emre e Leyla, eles estão apreensivos...

S: Vocês estão misteriosos! Algo com meus pais? - disse preocupada.

L: Não! Pode ficar tranquila...

E: Sanem, eu tenho algo, para te mostrar... Can, ainda não viu, mas nós achamos prudente você ver e nos ajudar a decidir, como dizer a ele... Pronta? - ela assentiu, confusa... - O vizinho de Can na cabana, não conseguiu falar com ele e deixou esse arquivo na nossa antiga casa. Mas, eu só fui buscar ontem...

S: Mas, o que houve? Vocês viram? - sem entender o que estava acontecendo.

E: Nós queremos que você veja, com seus próprios olhos e nos ajude a decidir, como proceder... O Can mudou muito, mas eu ainda temo sua reação...

S: Ok... - respondi apreensiva. - Não quero esconder mais nada do Can, mesmo que não estejamos juntos.

E: Assista...- pediu.

A gravação era daquele fatídico dia do acidente do Yigit e mostrava claramente, quando Yigit entrou no jardim na frente da cabana, pegou o caderno, que estava numa cadeira ao lado da fogueira, leu uma parte, olhou em volta e o arremessou no fogo, saindo sorrateiramente... Voltou em seguida aos berros, diante de um Can confuso, chegando com a lenha nos braços... Ele largou a lenha, olhou em volta, disse algo e quando focou os olhos na fogueira, saiu correndo... tirou o caderno do fogo com a mão, em desespero, mas já era tarde... Quando ele levantou, Yigit continuou gritando, mas não foi possível compreender o que eles diziam... Yigit foi para cima de Can e o empurrou... Ele recuperou o equilíbrio, antes de cair de costas na fogueira e revidou, empurrando Yigit, que caiu, desmaiando aos meus pés...

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