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CAPITULO QUARENTA E TRÊS

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CAPITULO QUARENTA E TRÊS

apenas vinte segundos até que você não seja mais minha.

𖥸

Tobias e Peter estavam começando a ficar impacientes, quando finalmente uma mulher armada abriu a porta, e deixou que os dois entrassem. Evelyn estava de pé, com os braços cruzados.

— E então?

— Pode nos deixar sozinhos? — Tobias pediu, e por incrível que pareça, Peter não discutiu.

Tobias se sentou e Evelyn descruzou os braços.

— O que veio fazer aqui?

— Vim fazer você beber isso — ele colocou o frasco com o Soro da Memória em cima da mesa — Achei que era a única forma de prevenir o desastre absoluto que sairia do conflito entre você e o Marcus. Sei que eles vão atacar, e que você vai fazer o que for preciso, incluindo usar o Soro da Morte que eu sei que você tem. Estou errado?

— Não. As facções são más. Elas não podem ser restauradas.

— O motivo pelo qual as facções eram más é porque não ofereciam uma saída. Elas nos davam a ilusão de escolha, sem de fato nos oferecer uma. É a mesma coisa que você está fazendo ao aboli-las. Está dizendo: Faça uma escolha, mas não escolha as facções ou vou acabar com você.

— Se pensava assim, por que não me disse? — havia tristeza em sua voz — Porque não me disse ao invés de me trair?

— Porque eu tinha medo de você! — as palavras chegaram em Evelyn como um tiro — Você me faz lembrar dele.

— Não ouse falar isso — ela cerrou os punhos.

— Não me importa se você não quiser ouvir. Ele era um tirano na nossa casa, e agora você é uma tirana nessa cidade. A pior parte é que nem percebe que é a mesma coisa.

— Por isso trouxe isto — ela gesticulou para o frasco na mesa — Acha que é a única maneira de concertar as coisas.

Tobias queria dizer que sim. Ele teve vontade de dizer que sim, mas não seria verdade. Ele sabia que não era.

— Não — falou — Vim lhe oferecer uma escolha.

Ela ergueu as sobrancelhas.

— Pensei em visitar Marcus esta noite, mas não fui — ele engoliu em seco — Vim ver você porque acredito que ainda há uma chance de reconciliação entre nós. Não agora, não tão cedo, mas um dia.

Ele respirou fundo.

— Não é justo lhe dar essa escolha. Mas é o que preciso fazer. Você pode liderar os sem-facção, pode lutar contra os Leais, mas terá que fazer isso sem mim. Ou pode abandonar essa cruzada... e terá seu o seu filho de volta.

Tobias estava com medo. Ele escondeu as mãos nos bolsos e respirou fundo. Estava com medo de não ser escolhido pela própria mãe. Estava com medo de não dar certo.

Quando Evelyn começou a falar, ele segurou a respiração.

— Deixe que eles fiquem com a cidade e tudo que há dentro dela — então ela o puxou pela mão e lhe deu um abraço.

Tobias não conseguia acreditar. Ela havia o escolhido.

༚ ༚ ༚

— Vou entrar em contato com Marcus pelo rádio — Evelyn falou.

— Certo. E tem... Algo que eu preciso fazer.

Tobias deixou a sala e se encontrou com Peter no corredor. Ele estava com as costas apoiadas na parede.

— Você a reprogramou? — ele perguntou.

— Não.

— Imaginei que não teria coragem — Peter falou, e Tobias ralhou.

— Não tem nada a ver com coragem. Quer saber? Dane-se. Quer mesmo fazer isso? — Peter assentiu — Você poderia simplesmente se esforçar, sabe? Tomar decisões melhores e ter uma vida melhor.

— É, eu sei — Peter deu de ombros — Mas não é o que vou fazer.

— Está bem — Tobias finalmente assentiu — O que quer que eu te conte depois?

Peter encarou o chão, pensativo.

— Nada. Não quero me lembrar de nada.

Tobias entregou o frasco para ele, que o abriu, com as mãos trêmulas.

— Quanto devo beber?

— Acho que não faz diferença.

Peter apenas assentiu.

Ele levou o frasco aos lábios, mas antes de beber, se virou para Tobias.

— Diz pra Pietra que eu agradeço por ela ter tentado.

Tobias assentiu uma vez.

— Ei — o mais velho o interrompeu, antes que bebesse o líquido —, seja corajoso.

E então Peter virou o líquido, e foi fechando os olhos conforme todas as suas memorias, boas e ruins, começavam a desaparecer. E em poucos segundos, ele começava a se esquecer de tudo e de todos. 

 

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