Vinte e Oito

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A mesa ficou cheia, tanto de comida quanto de pessoas.

- O que aconteceu?- Callman perguntou.

- Kirigan me torturou, queria saber segredos da imperatriz provavelmente para tirar vantagem. Isso...- apontou para o curativo no olho.- foi um corte que ele fez.

Sem perceber Nikolas entortou o garfo de metal que segurava, Yelena tirou o mesmo da sua mão e escondeu.

- Se controle, Annie e Zack não sabem.- ela sussurrou no ouvido do homem sentado ao seu lado, Nikolas assentiu suavemente pegando outro garfo e eles voltaram a comer.

- Como você escapou?- Atlas perguntou curioso, Yelena o olhou.- Como a senhorita escapou?- refez a pergunta.

- Zack tirou minhas algemas, eu fiz um plano, ele me ajudou a fugir e eu deixei um rastro de corpos como presente para Kirigan. Ele deve estar furioso.

- Temos que ter cuidado agora, provavelmente os navios serão revistados antes de partirem.- a capitã alertou.

- Podem ficar quantos dias quiserem. Há espaço suficiente para todos aqui mas se quiserem temos outras casas de soldados moldovanos no subsolo.- Annie diz.

- Ivanov já sabe?- Callman perguntou.

- Não.- Yelena diz.- Ainda não tive tempo para falar no rádio de comunicação e Annie não tem um.

- Mil perdões, general.

- Não peça perdão, você já fez mais do que o suficiente e eu sou grata a isso. Eu que lhe agradeço.- a senhora sorriu.- Então...vocês realmente vieram me salvar, qual era o plano?

- Descobrir sua localização e salvá-la, pensamos que iríamos ter que invadir a capital.- Nikolas diz.

- Seria uma aventura e tanto.- os dois se olharam.

- Vocês são parentes?- Atlas disse cortando o clima que ficou na mesa, Yelena desviou o olhar.

- Sou mãe dele, ambos servimos o exército e eu acabei tendo Zack muito tarde por isso a diferença de idade.

- Não é fácil ter uma mãe soldado, é mais mandona que o normal.- Zack diz, Annie bateu na cabeça do filho e o mesmo riu.

⚔️

Depois do jantar, Annie indicou os quartos para eles, havia uma segunda cama de solteiro vaga no quarto de Yelena, Annie disse pra Nikolas ficar com a mesma.

- Você se importa, general?- a senhora diz.

- Não.- a mulher respondeu subindo as escadas.

A caminho do quarto, Nikolas sentia o coração batendo forte e sua garganta seca, lembranças do beijo no quartel invadiram sua mente. Mas ele as afastou, não iria acontecer nada, Yelena estava machucada e o que aconteceu no quartel foi um erro grave.

- Senhor Nikolas?- ele virou e encontrou Annie que segurava uma bandeja com xícaras.- Tome, leve para o senhor e a general. O chá fará vocês terem uma boa noite de sono.

- A senhora é especialista?- perguntou pegando as duas xícaras que saiam fumaça do líquido âmbar.

- O chá está perfeito, Annie.- Reynolds gritou do seu quarto e a senhora sorriu.

- Posso ser uma soldado mas amo meu chá, não é atoa que meu disfarce no subsolo é uma loja de ervas para chá. Meus ancestrais eram produtores de chás, então foi daí que veio o vício.

- Entendo. Boa noite, senhora Annie.

- Boa noite, senhor Nikolas.

- Pode me chamar apenas de Nikolas.- ela sorriu fraco e assentiu.

O Chamado de GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora