No final daquele dia, Reynolds e Callman disseram que todos iriam partir pela manhã, eles explicaram o plano para saírem de Arenia em segurança sem os soldados perceberem Yelena no navio.
Depois do jantar, Nikolas foi tomar um banho, depois vestiu calças largas e uma blusa clara.
Ele saiu do banheiro secando os cabelos na toalha e encontrou Yelena com um espelho pequeno na cômoda enquanto passava a pomada na sua cicatriz, as ervas que Annie havia misturado realmente faziam efeito já que a ferida começava a cicatrizar e deixava de ficar avermelhada, em poucos dias iria tirar os pontos.
Os cabelos escuros da mulher estavam molhados, ela havia tomado banho antes de Nikolas. O homem colocou a toalha no cesto e se aproximou dela.
- Eu nunca fui uma mulher muito vaidosa, mas essa merda estragou meu rosto. Ah Kirigan você me paga.- disse se levantando, fechou o pote e colocou na cômoda.
Nikolas pegou o seu pulso e a virou para si, ele colocou a mão na bochecha dela e acariciou a mesma com o polegar.
- Para mim você continua linda, como sempre foi desde o primeiro dia que eu te vi.
- No meio do caos do ataque dos Aris?
- Não, eu te vi antes. Conversando com Callman e Ivanov, foi quando eu senti uma dor de cabeça por causa do soro.- Yelena abaixou o olhar, suas duas mãos foram para o peito do homem.
- Nikolas...será que isso não é efeito do soro? - ele olhou confuso até perceber o que ela queria dizer.
- Não, não acho que é feito do soro. Você me ensinou a controlá-lo e eu sei exatamente o que eu estou fazendo. O soro não manda no meu coração.- ela levantou o olhar para encara-lo.
Ela gostava dele, sentia uma atração que não conseguia explicar, mas também sentia medo de que para ele seja apenas um efeito do soro ser atraído por ela.
Amar era uma palavra forte e Yelena pensava que estava quase usando aquela palavra.
Nikolas sentia atração pela mulher na sua frente, começou a perceber isso depois do beijo deles no quartel. Ele sabia que não era o soro porque não sentia nenhum choque ou algo do tipo, seu coração acelerava perto dela, Yelena vivia em seus pensamentos e uma euforia e calma o inundava quando ela estava nos braços dele.
- Não me iluda, Roman.- disse com sinceridade, Nikolas se aproximou e a beijou, seus braços enrolaram na cintura da mulher.
Yelena fechou os olhos e se entregou ao beijo, sempre se entregava porque os lábios de Nikolas eram como um imã.
Batidas ecoaram na porta e os dois logo se afastaram e olharam para a mesma, Annie entrou no quarto.
- Com licença, mas eu tenho que pegar o cesto se não eu esqueço.- disse entrando e pegando o cesto, a general virou de costas.- Boa noite.
- Boa noite.- Nikolas disse e a mais velha deu uma piscadela para ele enquanto fecha a porta, ele riu fraco.
Nikolas se aproximou novamente de Yelena e segurou suas bochechas, ele sorriu.
- Nunca pensei que iria ver a temida General Montagov com as bochechas vermelhas.
- Sai daqui!- tirou as mãos do homem enquanto ele ria.
Ela apagou as chamas das velas apenas deixando a que estava na cômoda acessa, a janela estava fechada para não deixar a luz amarela entrar no quarto. Nikolas foi empurrado para se sentar na cama de Yelena, a mulher se sentou nas suas coxas, uma perna de cada lado.
Ela abraçou o homem pelo pescoço e colocou o rosto perto do ouvido do mesmo, Nikolas colocou suas mãos nas costas da mulher, o rosto no pescoço dela sentindo o leve aroma do sabão de lavanda que tinha no banheiro.
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O Chamado de Guerra
FantasiUma guerra entre dois reinos poderosos, Moldova e Arenia, separados por um mar. Nikolas Roman teve que deixar sua família para se alistar ao exército por ordem da imperatriz Ilizabeta. A chegada do Campo de treinamento, amizades são feitas e a vida...