Cinco

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- Muito bem, Braus, Taylor e Roman. A mira de vocês melhorou muito.- o coronel diz. A fila de soldados recarregou as armas e apontou para os alvos novamente.- Atirem!

Nikolas atirou e acertou o centro do alvo, a segunda vez que tinha conseguido acertar. O homem percebeu que a espingarda era sua arma favorita de manusear até o momento, era péssimo com arco e flecha, com pistolas tinha que treinar mais, arremesso de facas ele errava algumas vezes.

Para para sua terceira semana de treino era muito bom o avanço.

Eles atiraram uma última vez e depois a fila trocou, Nikolas se sentou no chão de terra ao lado de Atlas, Jean estava na fila para atirar.

- Acho que no treino da manhã eu peguei pesado demais.

- Por que?- Atlas pergunta

- Meu pulso está doendo.- Nikolas diz massageando ele, o mesmo estava avermelhado, o homem olhou ao redor vendo outros recrutas treinando quando seus olhos pararam em um homem que conversava com o coronel Callman. Ele usava um jaleco branco e azul claro indicando ser um médico, o símbolo do exército estava no mesmo.

Não era a primeira vez que Nikolas o via, ele estava presente nas últimas aulas observando todos os recrutas treinando.

O médico terminou de falar com o coronel e começou a se afastar.

- O que você acha que vai ser a janta hoje?

- Não sei. Talvez ensopado, está um pouco frio hoje.

- Aquele caldo que serviram semana passada estava muito bom. E sobre o seu pulso, depois vá a enfermaria.

- Eu irei.

- Sabe o que eu escutei durante o almoço?

- O que?

- Os generais estão voltando para o campo, talvez cheguem durante a madrugada. Significa que vamos ver eles de perto, talvez.

- Você realmente quer conhecê-los.

- Eu tenho admiração neles, tudo bem?

- Tá, Tá.- diz se levantando.- Eu vou a enfermaria, não vou demorar.- ja estava quase na hora deles serem liberados.

- Volta logo, não perca eu atirando e errando toda a vez.- Nikolas riu fraco, ele se afastou indo para perto do coronel, explicou a situação e o coronel deixou ele sair.

Havia quatro enfermarias no total, a mais próxima ficava entre o campo seis e sete, Nikolas caminhou até a mesma. Era uma tenda grande, camas brancas vazias eram separadas por cortinas, enfermeiras e médicos andavam pelo local ajeitando os suprimentos.

Havia cinco soldados nas camas, pareciam estar dormindo.

- Posso ajudar? - Nikolas levou um susto escutando a voz vindo do seu lado, era o mesmo médico que havia visto.

Aparentava ter seus quarenta anos, os cabelos curtos loiros enrolados, a pele branca com algumas rugas na testa, os olhos de íris castanhas claras com óculos de grau com lentes retangulares.

- Eu estou sentindo dor no meu pulso direito, acho que posso ter deslocado o mesmo.

- Certo, darei uma olhada. Me acompanhe por favor.- Nikolas assentiu e começou a segui-lo.

O homem passou pelos soldados que estavam nas camas, todos estavam dormindo mas um soro azulado estava ligado aos seus braços. Nikolas apenas se sentou na cama que o doutor indicou e começou a ser examinado.

- Doi aqui?- perguntou apertando levemente uma parte do pulso.

- Um pouco.

- Acho que você não torceu e nem quebrou, apenas foi muita pressão posta no mesmo. Na hora de socar, não leve a mão para baixo, deixe o punho firme e não terá perigo de machucar o pulso.

O Chamado de GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora