O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama a outra pessoa porque ela veste-se bem, porque tem dinheiro ou não. Isto são apenas referências.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe d...
Acordo sentindo uma respiração calma e suave em meu ouvido. Abro os olhos com dificuldade, bocejando. Quando estou realmente acordado, observo em volta, vendo que estou no quarto da S/n.
Ela dorme calmamente, com os lábios entreabertos. Ela parece um anjo. Respirei fundo, criando coragem para me levantar.
Provavelmente ainda é cedo, se não, creio que ela teria acordado primeiro, como naquele outro dia que dormimos juntos.
Fico uns cinco minutos olhando em volta do quarto esperando com que ela acordasse. Mas ela permanece em um sono profundo. Ouço minha barriga roncar, e me dou a liberdade de ir até a cozinha comer algo, ela não se importaria né?
Cheguei até o cômodo procurando algo pelos armários, peguei um pacote de pão de forma que encontrei pelo balcão, e mais outras coisas que achei na geladeira, montando um sanduíche pra mim, e outro para S/n.
Ouvi passos vindos da sala, de alguém com um chinelo se arrastando preguiçosamente até que chegasse aos corredores. Coringa me olhou confuso, com o celular nas mãos e os olhos miúdos encontrando dificuldades para se manterem abertos.
- Você dormiu aqui? - Perguntou correndo os dedos até as pontas de seu cabelo, bagunçando os fios.
- Sim. - Dei de ombros, pegando o sanduíche e colocando num pequeno pratinho. - Aceita? - Me observava indignado.
- Já chega assim? - Riu quebrando o clima estranho. - S/n tá apagadona né?
- Tá sim... - Ri.
Com qual frequência ele deve vir pra cá?
- Bom, vou para o quarto dormir um pouco. Tive que cuidar da Tainá a madrugada inteira, o que não foi uma tarefa nada fácil.
- Vai lá. Bom descanso mano. - Ele saiu entrando na porta do quarto de sua namorada.
Estar sozinho naquele cômodo, na casa silenciosa me fez pensar. Eu dormi aqui, até aí, tudo bem.
Porém eu quase a chamei de amor ontem a noite....
Depois de tanto tempo eu voltei a sentir algo que havia muito tempo que não sentia. Nosso beijo, ele se encaixa com perfeição. Só de sentir seus lábios nos meus, meu coração se descompassa, sinto como se uma eletricidade passasse por todo meu corpo.
Com apenas um toque dela, eu podia sentir a região de meus quadris se esquentar, me fazendo sentir um tesão que eu nunca havia sentindo igual antes.
Nem com minha ex,bque era extremamente obcecada por mim e fazia de tudo para que tivéssemos noites frenéticas todos os dias, mesmo que eu nem estivesse no clima.
Volto a minha realidade assim que vejo o relógio de ponteiros na parede marcar dez horas em ponto. Me apresso comendo o lanche e subo de volta ao quarto. S/n, continua a dormir. Pego minhas roupas que estavam em cima de um puff, e visto rapidamente minha camisa.
Retiro a samba canção e visto novamente minha calça jeans. Deixo um beijo em sua testa, depois eu lhe mando alguma mensagem explicando o porquê de ela não ter minha presença ao acordar.
Coloquei meus tênis e destranquei a porta principal saindo do prédio indo em direção a gh.
***
-Ih olha ele, dormiu fora e tudo.. - Nobru zoou assim que me viu entrar em casa. - Me diga, com quem foi em? - Sorriu maliciosamente.
- Com uma garota aí... - Eu sabia que ela começaria a trabalhar no fluxo, e não queria expô-la dessa forma. Ainda mais no seu novo ambiente de trabalho.
- Sabe o nome pelo menos?
Sim, S/n, minha futura namorada.
- Não me lembro. - O mesmo soltou uma risada sacana, batendo levemente em meu ombro.
- Sei como é isso... bom, não vou mais tomar seu tempo. Você tem pauta daqui a vinte minutos. - Saiu andando.
Fui até meu quarto tirando aquela roupa, preciso de um banho. Mesmo que eu não quisesse que seu cheiro saísse de mim, eu tinha gravação então teria que me arrumar.
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