Capítulo 64

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*( ꈍᴗꈍ)  para melhor experiência escute músicas enquanto lê...se me entende.*



Já havia voltado a pintar no momento que Madara entrou no quarto e logo notei que seu silêncio era diferente. Havia um ar quente a sua volta e quando levo meu olhar a ele, vejo seu olhar penetrante para mim. Ali já entendi o que ele procurava.

Na intenção de ignora-lo, me viro de volta para a tela e no mesmo momento ele apaga a luz me impedindo de ver o que pintava.

Madara- não pensei que continuaria. - disse calmo vendo que continuei a pintar -

S/n - eu enxergo mesmo no escuro.

Madara- enxerga mesmo ? - diz virando meu banquinho em sua direção -

E assim que virou ficamos um de cara para o outro, onde Madara deu um belo sorriso estigante.

S/n - eu vejo.. - digo vendo ele se afastar e ficar de costas para mim -

Madara- me descreva então...

Naquele momento o via tirar seu quimono de tecido fino, dando a possibilidade para que sua pele clara fosse iluminada pela o única fonte de luz do lugar, a lua.

S/n - você está tirando seu quimono..

Ele concorda comigo em um resmungo baixo.

S/n - eu vejo sua pele clara sendo iluminada pela pouca luz da lua...- pausa-...como uma bela tela em branco, pedindo para ser tingida pela tinta de melhor cor...está tão...

Madara- tão ?...- diz virando somente seu rosto em minha direção -

S/n - magnífico..

Foi o que saiu e era verdade. Madara era proprietário de uma beleza imensa e era eternamente apaixonada por tudo que ela mostrava.

Escuto um leve riso suspirado da parte dele enquanto o mesmo volta a se aproximar de onde estava sentada.

Madara- como uma tela branca, essa deveria ter a melhor artista para completar a arte.

Ver ele falar aquelas palavras surgiu um sentimento estranho dentro de mim, que me fizeram sorrir de uma maneira diferente.

Ali perto de mim, sem muito pensar, com minhas mãos ainda sujas de tintas, as levo até o resto de Madara e deslizo ali o vendo fechar seu olhos.

Quem poderia saber o que passou em sua mente naquele momento ? Enquanto na minha, era como se eu voltasse para a primeira vez que estive em frente de minha primeira tela pronta para inciar uma linda obra.

Madara - como posso facilitar seu trabalho ? - diz de maneira tão quente enquanto segura minha mão em seu rosto -

Isso me faz abrir minha boca de leve vendo ele me olhar daquela maneira, o que seria de mim ?

Madara- sou uma mera obra de uma artista talentosa, que parece incerta do que irá fazer a partir de agora..

Ele descreveu como eu estava, mas ao mesmo tempo não era verdade. Pois em minha mente me vinha muitas maneiras de como eu poderia usá-lo, só estava como ele falou, um pouco incerta do que aconteceria.

S/n - obras não falam. - digo colocando um pincel em sua boca -...obras transmitem...

Fecho meus olhos imaginando e levo os cabelos de Madara para trás de maneira que seu peito fosse inclinado para frente.

Assim que não há mais uma mexa em seu peito, encosto nossas testas para olhar dentro de seus olhos e falar baixinho.

S/n - o que você quer transmitir para mim ?

Aquele Que Odeia Também Pode AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora