Capítulo 85

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Mais uma noite havia chegado e me sentia confiante. Mas sem esquecer dos sonhos que tinha durante o tempo que dormi durante o dia. Madara, sonhos profundos com ele, mas pareciam mais lembranças que sonhos. Tão reais que sentia os toques quentes em minha pele, ah como isso me deixava com saudade.

Apesar de tudo nossa atração era incrível, ele sabia cada ponto que me fazia delirar e eu os seus. Éramos um do outro mesmo que não dizíamos e isso só mostrava agora. Eu e ele já estávamos casados a muito tempo mesmo sem uma cerimônia, nossas almas já estavam juntas. Ah quanto tempo demorei para perceber que ele me queria sim, ele queria nossos filhos, só que não sabia dizer e eu não entendia. Não queria que saudade nos definisse.

Quando por fim acordei eu só queria voltar para aqueles sonhos e nunca mais acordar.
Eu só queria que aquela cobra aparecesse logo e eu pudesse voltar para Madara. Foi então que está sensação de confiança apareceu, hoje seria o dia que Orothimaru iria aparecer, tenho certeza disso.

Me preparei e fui para o primeiro bar da noite. Já na entrada fui recebida por conhecidos e permaneci com com eles até chegar o momento de ir para o próximo. A essa medida as pessoas já sabiam que Orothimaru havia sido minha inspiração para a profissão de médica e do meu desejo de conhecê-lo, claro foi o que eu queria que eles acreditassem. Se Orothimaru aparecesse em qualquer um desses bares, eu iria saber.
Mas as horas foram passando e nada me foi informado. Já estava no quarto bar quando senti que me tocaram. Virei meu corpo e vi um homem arrumado e vestindo um uniforme de segurança.

- boa noite doutora. - disse ele gentilmente, mas eu demorei para reconhecer que era o mesmo daquela noite -

S/n - boa noite......?

- aqui me chamam de Laiko.

S/n - Laiko... - concordei -...como está sua irmã Laiko? - perguntei tomando de minha bebida -

- para ser sincero ela passou daquela noite...

S/n - ah que ótimo.

- é.. - ele concordou sorrindo -...mas não passou do meio dia de hoje.

S/n - a...sinto muito...

- tudo bem... - ele sorriu com o olhar baixo -...ela lutou até o fim, obrigado por fazer o possível para salvá-la.

S/n - capaz.

- bom, vim até aqui para acertar o preço com você. Como você disse, se ela passasse daquela noite iríamos combinar o valor.

O olhei por um momento, ele se mostrava sincero e certo em fazer isso. Então segurei sua mão.

S/n - eu não preciso disso, fique tranquilo quanto a isso.

- mas...

S/n - eu não estava preparada para anteder sua irmã daquela maneira, eu não dei meu melhor, então isso aconteceu. Você não precisa me pagar.

- foi culpa minha, se eu tivesse...

S/n - está tudo bem.

- desculpe.

S/n - está tudo bem.

Por fim ele concordou.

- obrigada doutora, eu espero que aproveite o restante da noite.

Apensas concordei com um sorriso.

Assim que ele se retirou, me virei de volta para o balcão girando meu corpo em sentido horário.

"Ele não teria como me pagar... Foi melhor que ele pedisse empréstimo para qualquer pessoa deste lugar, isso cavaria sua cova." Pensei tomando um grande gole da bebida.

Aquele Que Odeia Também Pode AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora