Capítulo 89

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Eu e Kabuto partimos naquela noite. O caminho era mais longo então algumas paradas para descanso eram necessárias. Nessas Kabuto ficava mais distante, sempre demostrando que não tinha tanta confiança em mim.

*Atr: vamos dizer que ninguém confia nela?*

Eu ainda pensava como iria manter ele na minha casa para que eu pudesse aproveitar o tempo que estava na região. Por ora, como ele estava com atenção em outro lado, resolvi ir para o lado de fora para avisar Nel. Fazia um tempo que não ia para casa, precisava ver como as coisas estavam acontecendo na minha ausência.

Assim que enviei o recado, voltei para dentro do estabelecimento. Finji ter ido no banheiro e me sentei onde Kabuto estava.

Kabuto - vamos continuar ? - ele perguntou assim que me acomodei -

s/n - sim, não falta muito agora.

Pagamos a pequena conta e seguimos o nosso caminho.

Kabuto - abandonar o seu chefe bem quando ele decide ir para cima… - Kabuto disse chamando minha atenção -

s/n - como assim?

Kabuto - depois de matar aqueles homens você abandonou o seu chefe, aceitando ficar com a gente.

“Para ele estar falando isso, creio que Kabuto não tem conhecimento que eu não trabalho para a pessoa que ele pensa.”

s/n - bom, eu não trabalhava de fato para aquele homem. Fiz tudo isso para conhecer o senhor Orochimaru. - disse desviando o olhar para frente -

Pensando melhor, quem trabalhava para o inimigo era o Laiko. Depois que fugi ele se matou para se incriminar, mesmo depois de achar que eu era a assassina de sua irmã. Fico pensando como ele escapava de todas as minhas tentativas de descobrir quem era o espião, para no fim, morrer desse jeito.

Kabuto - pois bem, aqui você está.

s/n - é. - sorri -...eu preciso me fortalecer e quem melhor que ele para me ajudar não é?

Kabuto - creio que você já tem força para isso, só não entendo o porquê de você meter o senhor Orochimaru nisso.

s/n - eu não sou forte o suficiente. Força, luta...até pode ser, mas um ser imune como aquela pessoa, não é qualquer veneno que possa derrubá-la.

Kabuto - imune? - perguntou com interesse -

s/n - sim, imune. Não é tudo que pode destruir aquele ser, ele é diferente dos outros.

Kabuto - não sou ninguém para medir as escolhas do senhor Orochimaru, só não o faça perder tempo com uma coisa idiota.

s/n - não é idiota.

Kabuto olhou para mim e virou o rosto parecendo pensar bem ao contrário. Não sabia se estava lidando com um adulto quando o nome do Orochimaru era mencionado em uma conversa com ele.

s/n - vamos terminar logo com isso. - disse acelerando meus passos -

Era quase noite quando chegamos. Deixei Kabuto na cozinha enquanto fui deixar algumas coisas no quarto. Aproveitei para abrir a janela com intenção de refrescar o espaço.

s/n - teremos que passar a noite aqui. - disse passando por Kabuto assim que cheguei na cozinha -

Kabuto - temos?

s/n - por quê?

Ele olhou envolta com uma expressão estranha.

“ah! Ele tá julgando minha casa !”

s/n - o que você veio ver não está aqui, então para de olhar para minha casa assim.

Kabuto - onde está o seu laboratório?

Aquele Que Odeia Também Pode AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora