Casa da Árvore

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Olívia

— Filha? - Ouço alguém bater na porta. E me viro vendo a minha mãe entrando no quarto. A mesma muda de expressão quando me ve colocando umas roupas na mochila, não ia passar o final de semana em casa. - Você vai para lá não é? - Ouço ela pergunta e fecho a mochila. Sorriu,ela me conhece tão bem.

— Sim, eu preciso pensar sobre algumas coisas. - Me viro sentada na cama e olho para ela que sorriu de lado e sentou na cama ao meu lado.

— Tem alguma coisa haver com sua melhor amiga e seu irmão? - Ela pergunta me olhando e eu concordo. - Sabe… - A mesma diz pensativa e sorri fraco. - Eu sempre desconfiei deles dois. Eu observava, e pensava: "Alguma coisa tem", mas eles pareciam confusos com eles mesmos e pareciam não entender o que estava acontecendo. - Ela diz me olhando - Você sabe que seu irmão é meio lerdo. - Minha mãe diz rindo e eu sorrio fraco.

— Realmente. - Digo olhando para ela que sorriu. Mas paro de sorrir e olho para minhas mãos. - Mãe eu amo meu irmão e a Lilian, de verdade. - Olho para ela que me olhou. - Mas... não consigo. - Paro de falar sentido minha voz embargada e a mesma se aproximou me abraçando.

— Está tudo bem meu amor. - A mesma diz me abraçando e eu abraço ela de volta sentindo seu cheiro que eu tanto amava. - Eu sei que é difícil, talvez seja melhor você ficar longe por um tempo mesmo. - Ela diz e dá um beijo na minha testa.

— É, talvez sim.. - Digo enquanto ela me apertava mais forte no abraço.

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Olha para a casa da árvore que continuava da mesma forma. Só precisa de mais cuidados. Sempre quando eu venho aqui eu tenho boas lembranças que fazem eu ficar com saudades.

— Liv, Lily e Gus… - Passo a mão na madeira onde tinham os nossos nomes e um coração. Sorri tendo boas lembranças.

"— Você acha que quando ficamos velhos, vamos ser uns velhos felizes ou rabugentos igual tem muitos?- Lilian perguntou me olhando. Estávamos nós três deitados olhando para o teto da casa da árvore.

— Eu acho que eu Gus vamos ser velhos felizes, você que vai ser a velha rabugenta. - Sorriu e junto com meu irmão e a mesma me dá uma tapa. - Aí! - Resmungo mas continuou rindo.

— O Gustav já parece um velho, quando ele for então… Tadinho. - A mesma diz rindo para ele que deu língua para ela.

— Se você é chata apenas sendo criança, imagina quando for velha mesmo. - O mesmo diz olhando para ela que se sentou e tentou acertar um tapa nele enquanto eu estava no meio disso.

— Ei! Parou vocês dois. - Digo enquanto ambos começaram uma guerra de tapas."

— Sobre o Gustav realmente você tinha razão Lily. - Sorriu me lembrando e olhando para a outra marca que tinha na casa da árvore. Lily e Liv, melhores amigas inseparáveis. Sorriu de lado entrando no universo das memórias novamente.

" — Ah! É verdade. Eu falei. - Digo me lembrando e eu sorri. - Mas você também não gosta de tomar banho. - A mesma revira os olhos e volta para o caderno. - Regra número dois, nunca mentir uma para outra - Falo e ela concorda.

— Eu nunca mentiria para você. - Ela diz me olhando enquanto escreve. 

— Mas deixa a regra aí para caso você esquecer. - Falo e a mesma bufa. - Vamos continuar anotando, mas sempre lembre que essa duas primeiras são mais importantes pra mim de verdade Lilian. Nunca nem pense em se apaixonar pelo meu irmão e mentir pra mim. - Estendo meu mindinho e ela faz o mesmo.

— Eu prometo! - A mesma diz e eu sorrio abraçando ela enquanto ela ria. "

— Você prometeu Lilian... - Relembro sentido meus olhos com lágrimas. - Promessas de infância levamos para vida toda.. - Sorrio fraco.

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Caio 

— Então essa é a famosa casa da árvore? - Pergunto quando chegamos e vejo minha noiva sorri enquanto sentamos. 

— Sim! Meu pai construiu junto com meu irmão Gus, eu também ajudei. Mas enfim. - Ela diz sorrindo parecendo pensativa 

— Aqui tem uma vista bem bonita... - Falo olhando em volta e vendo as árvores balançar, o vento passando em nossos rostos enquanto sol estava preste aí embora.

— Essa casa tem um significado muito especial na minha vida. - Ouço ela dizer e me viro olhando para seu rosto na hora que o sol bateu nele. - Por isso eu te trouxe aqui, queria compartilhar ela com você, já que você também é especial pra mim. - A mesma diz me olhando sorrindo e eu sorrio olhando para ela. Amava ela demais.

— Obrigado por me trazer aqui e compartilhar algo especial comigo - Falo olhando para a mesma que sorriu e balançou suas pernas. - Você costumava vir aqui com seu pai, não é? - Pergunto, porque me relembro que ela disse isso pra mim em uma das nossas conversas.

— Sim… - Ela diz pensativa parecendo estar chateada.  junto nossas mãos fazendo ela me olhar sorrindo. - Está tudo bem. - A mesma diz e se aproxima me dando um beijo. Sorrir para ela. - Meu pai ia gostar de você. - Ela diz me olhando e depois olha para frente.

— Eu sei disso. - Falo olhando para ela que sorriu de lado. - E se ele também não gostasse, eu ia fazer ele gostar de mim e conquistar ele como eu conquisto sua mãe todos os dias. - Digo e a mesma se vira rindo. Eu amava seu sorriso, às vezes fazia ela sorrir só para vê-la sorrindo.

— Eu te amo, sabia?. - Ela pergunta me olhando e eu olho para fundo dos seus olhos.

— Eu que te amo. - Olho para ela que sorriu. -  até pedi você em casamento, porque não imagino mais uma vida onde você não esteja nela. - Toco no seu rosto a mesma sorri quando junto nossos lábios. Amar Olivia, pra mim é uns dos meus maiores prazeres.

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Olivia 

— Pai? - Olho para meu pai que estava deitado na casa da árvore. O mesmo tira o braço do rosto e me olha.

— Sim, meu amor? - O mesmo perguntou me olhando.

— Você acha que um dia eu teria a sorte de encontrar alguém bom? Assim como o senhor encontrou a mamãe e ela, você? - Pergunto olhando para ele que sorriu e sentou do meu lado abraçando meus ombros.

— Eu não acho, eu tenho certeza disso - O mesmo diz me olhando e eu sorri - Óbvio que eu vou no começo ser o sogro chato, para saber quais sãos as intenções dele. - Sr. Carlos diz e eu faço uma careta e sorrio - Mas depois quando eu ver que ele realmente ama você e alguém bom par você, eu vou aceitar de boas. - Ele diz por fim e eu rir.

— Aí pai! Só o senhor mesmo. - Falo rindo olhando para frente e ele me aperta em abraço e eu aceito seu carinho.

— Tenho certeza que seu futuro namorado, marido. - O mesmo começa a dizer enquanto o vento batia nos nossos rostos. - Vai ser alguém assim como você. Que se importa com as pessoas, que ama a Deus mais do que a si mesmo, que tem sonhos e luta por eles. - Ele diz e eu olho para seus olhos.

— Por que o senhor acha isso?. - Pergunto olhando para ele que sorriu olhando para frente, mas beijando o topo da minha cabeça antes.

— Eu não sei filha... eu apenas sinto. - O mesmo diz e eu apenas suspirei olhando para frente. 

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