Gustav narrando.
— Pessoal! Quando eu colocar a música lá no grupo eu preciso que vocês ouçam — Lily diz para o pessoal do louvor enquanto eu conversava com os meninos na bateria.
Quer dizer, ouvia o que eles estavam dizendo.
Porque minha atenção estava numa certa menina de vestido preto e cabelos ondulados à minha frente.
Eu sei que eu não deveria prestar tanta atenção nela. Mas minha cor favorita é preto, e aquele vestido combinou super com ela.
PARA GUSTAV!
Pelo amor…
Você tem namorada, NAMORADA! e está prestes a se casar.
— Gustav!. — Volto a realidade quando vejo Thales me chamar rindo enquanto estava tocando sei lá o que no baixo. — Está prestando muita atenção na Lily hein, Carol sabe disso?. — O mesmo diz brincando e os demais bobões riram.
— Cala boca! Só estou ouvindo a bronca que está dando para o pessoal ali mané. — Taco a baqueta na sua cabeça. Mas me arrependo.
Droga!
Ela é consagrada otário!
Jesus, sabe que eu te amo né? Perdoa, mas esses garotos me tiram do sério.
— Aham sei... sou eu bem que sou mané. — Thales riu e Warner me olhava como "temos que conversar depois".
— Gustav?. — Ouvir a voz da Lily e olhei para ela. Para seus olhos castanhos que eu tanto admirava.
Que?
— Oi… — Digo meio avoado e ouço risinhos, otários.
— Pode começar se quiser.. se você ouviu a música né. — Ela cruza os braços e eu sorri aleatoriamente. Por mais que não fôssemos próximos como antes, ela não mudava.
— Eu ensaiei, tá achando que não tenho compromisso igual você?. — Provoco ela que me olhou sério e volto atenção para o pessoal. Amava a forma que ela fingia que eu não existia. — Bora manes! Para de ficar rindo igual uns palhaços e levem as coisas a sério. — Olho para os garotos bobos que estavam ali rindo.
Começo fazendo a contagem com as baquetas.
.
— Mano eu já falei pra você, se você está confuso com o que sente pela Lily e pela Carol, por que vai casar com ela Gustav?. — Warner me olha enquanto a gente estava do lado de fora bebendo água. O ensaio tinha acabado, só estava esperando a Lily para fechar a igreja, as chaves estavam comigo.
— Cara esse é o problema, eu não posso acabar com tudo, porque eu acho que estou confundindo as coisas. Você sabe que eu não trabalho com achismo, além do mais deve ser coisa da minha cabeça…
— Gustav até seu pai já conversou com você!. — Warner diz sem paciência. — Porque não senta e conversa com a Carol, conta as coisas, termina e tenta entender o que está acontecendo. Se de fato você gosta da Lily, que eu não duvido nada, você sempre foi apaixonado por ela mesmo... — o mesmo revira os olhos.
— Eu?
— Ah, fui que vim como um bobo "Ai Lily me beijou! Foi a primeira garota que beijei de verdade". — Warner diz fazendo voz fina e eu me aproximo dele olhando de um lado para outro.
— Ei! Falar baixo, as paredes têm ouvidos. — Me aproximo dele falando baixo e ele me olhou fazendo careta.
— Qual foi? Está me estranho?. — Ele me olha e eu ri dando um beijo sua bochecha e ele fez careta. — Para de ser nojento Gustav! Euhein
— Mas sério Warner, o lance com a Lily é muito complicado, já conversei isso com você. Não se trata só do fato que eu vou casar em menos de um mês, mas também que é complicado demais. Primeiro, ela me odeia. — Olho para ele que me olhava. — Segundo, ela é melhor amiga da minha irmã e a Olivia nunca vai aceitar isso
— Desde quando que Olivia tem que aceitar alguma coisa? Vocês são adultos e sabem o que estão fazendo. O que não dá é você se casar com alguém que não ama. Pensa sobre isso. — Ele dá duas batidas em meu peito enquanto Lilian se aproxima.
— Vai fechar a igreja ou vai ficar me olhando com essa sua cara feia?. — Ela pergunta me olhando e eu Warner saiu rindo com o copo na boca.
Palhaço.
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— Quando vai contar para Lily o que sente de verdade?. — Dona Maria pergunta enquanto bebia água e me olhava, enquanto eu estava sentado na mesa distante.
Meu pai tinha falecido.
Meu casamento e relacionamento tinham acabado de vez.
E meus sentimentos estavam mais confusos que o normal.
— O que quer que eu diga?. — Falo olhando para ela que me olhava, mas eu estava distante. — Então Lily, sabe o que é?... é que eu percebi agora, que eu acho, que eu sempre fui apaixonado por você, só que ainda não sei. — Minha mãe riu e veio até mim e colocou a mão no meu ombro fazendo eu à olhar.
Eu admirava minha mãe, ela era a mulher mais forte que conheço, ela, minha irmã e a Lily.
— Filho. Então você sabe o que tem que fazer, orar e perguntar a Deus o que está acontecendo com você, chega de fugir, está na hora de saber o que se passa nesse coração..
— Estou com medo mãe. — Olho para ela assustado, como se eu tivesse 10 anos de idade novamente. A mesma beija minha testa carinhosamente como fazia e me olha passando a mão no meu rosto.
— Você cresceu, mas continua sendo o mesmo garotinho assustado. — Ela sorri fraco e me olha brevemente. — Gus... acho que chegou na hora de enfrentar esse medo, não acha?. — Minha mãe pergunta me olhando.
— E se realmente a resposta para tudo for sim?. — Pergunto olhando para ela que sorriu de leve.
— Então você vai ter que encarar tudo de cara, mas você não está sozinho, além de ter Deus, tem a nós. Não esqueça disso. — Ela sorri pra mim novamente, aperta meu ombro em seguida sair da cozinha me deixando ali com meus próprios pensamentos.
.
— Eu não sei gente. — Lily sorri brevemente para suas amigas e eu acabo rindo também. Estávamos na igreja conversando depois de mais um ensaio. — Eu acho que foi algo, assim. — Ela começa a fazer uma dança engraçada, me fazendo sorrir novamente e ficar perdido em lembranças.
"— O que está fazendo Lily?. — Pergunto confuso enquanto via a mesma gira.
— Estou girando? Não está vendo?. — Ela diz enquanto rodava em círculos sorrindo.
— Você vai ficar tonta. — Falo e a mesma para e me encarar. A mesma cruza os braços como sempre fazia e me olha com aqueles olhos castanhos, eu já sabia a resposta que viria.
— Você é chato, sabia?. — Ela ri e vem andando até em mim e apoia suas mãos no meu ombro. — A vida é mais leve Gus, quando não levamos tudo a sério. Vem, vamos dançar. — Lily puxa minha mão e eu fico confuso.
— Sem música?. — Pergunto quando ela começa a me girar desengonçado e eu ri.
— É a melhor coisa. — Ela sorri lentamente e começa a gira e eu giro com ela enquanto sorrimos. — PROMETE QUE SEREMOS MELHORES AMIGOS PARA SEMPRE?. — Lily grita enquanto rodamos e eu sorri fechando os olhos.
— PROMETO! LILY E GUS CONTRA O MUNDO! — Gritamos juntos enquanto giramos. "
Volto a realidade e vejo a mesma sorrindo e por um momento tudo passou por câmera lenta. O ar dos pulmões me faltou, meu coração parou e senti umas coisas estranhas rondando no meu estômago.
Na mesma hora que ela virou a cabeça sorrindo lentamente olhando para mim.
Foi quando percebi.
Eu sempre fui apaixonado pela Lilian Moura.
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Contos: For a Wait
Короткий рассказDepois dos dois livros seguidos: For a Wait 1 e For a Wait 2. Agora vamos embarcar em uma nova história, aonde terá situações narradas por personagens sobre acontecimentos da nossa história favorita, que não fazíamos a mínima ideia que aconteceu ou...