Suzana e Lily

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Lily POV


Anos anteriores.

Mãe! — a chamo ela pela a casa e não à vejo na sala. Vou no seu quarto e abro a porta vendo ela se arrumando de frente o ao espelho. — Onde a senhora vai? — pergunto olhando para a mesma que me olhou através do espelho.

— Eu vou sair com algumas amigas — ela diz andando até sua cama.

— Que amigas? — perguntei e vejo minha mãe me olha com a sobrancelha erguida.

— A mãe aqui sou eu ou você? — Dona Suzana pergunta me olhando e eu olhei para ela.

— Eu só queria saber... —  digo baixo quando vejo minha mãe pegar sua bolsa. – Mãe é sério, a senhora não vai...

— Lilian isso não é da sua conta — a mesma diz me olhando sério e eu engoli seco enquanto ela saia pela a porta. Suspiro derrotada vou até ela, eu não consegui confiar na minha mãe por mas que tentasse.

— Eu só estou preocupado mãe — falo e a mesma se vira me olhando.

— Preocupada com o que Lilian? Preocupada de eu me me drogar novamente? — Suzana pergunta me olhando e eu olho para suas mãos — Lily eu vou sair com umas amigas e já volto, não precisa se preocupar tá legal? — a mesma beija o topo da minha cabeça e eu suspiro quando ela me solta e fica confusa quando não vê mais sua bolsa com ela, sem suas mãos.

Não posso deixar você sair — digo com a sua bolsa na mão e olho para ela que mudou de expressão.

— Lilian...

— Mãe desculpa de verdade, mas eu não consigo confiar em você — falei e vou andando até o sofá me sentando e colocando sua bolsa ali.
 
— Lilian, me dá a bolsa! E sou a mãe aqui! — ouço sua voz com raiva e abro a bolsa. — Lilian! Para de mexer na minha bolsa! — paro de mexer quando vejo um monte de saquinho ali dentro, pego um e mostro olhando para ela.
 
— Vai sair com uns amigas? — pergunto mostrando o saquinho de drogas para a mesma e me levanto indo até ela que veio com tudo para cima de mim me empurrando e tirando da minha mão.

— Eu disse para você não mexer nas minhas coisas garota! — ela diz enquanto pega sua bolsa de voltar
—  E você não tem nada com a minha vida!

— Eu sou sua filha! — digo com a voz embargada e ela me olha.

— Mas isso não te dá o direito de fazer o que você fez! — minha mãe diz me olhando com raiva enquanto sinto um nó na minha garganta.

— V-Você mentiu de novo pra mim mãe! Você ia se drogar de novo! — falo chateada e com raiva ao mesmo tempo.

A mesma veio para cima de mim e segurou meu rosto com as duas mãos apertando com força fazendo eu olhar para ela, que me olhava com raiva.

— Eu já disse para você parar de se meter onde você não é chamada e você nunca escuta! — a mesma diz me empurrando e eu soluço enquanto vejo ela se vira

— Eu já disse que a senhora não vai sair! – engoli o choro e mostro a chave da porta que estava na minha mão. A mesma me olha rapidamente.

— Lilian! Me dá isso agora — minha mãe tentar
pegar da minha mão e eu vou para o outro lado da sala. – LILIAN! — ela me grita me assuntando.

—E-Eu não posso deixar a senhora sair e se drogar de novo —  tento fugir da mesma que vinha para perto de mim.

— VOCÊ FOI MEU PIOR ERRO! — Suzana diz gritando e me olhando com raiva, sinto meus olhos enchendo de lágrimas. — Me da essa chaves agora! Se não, não respondo por mim! —  a mesma diz parando na minha frente com muita raiva.

— E-Eu sinto muito — falei sentido um nó na garganta e a mesma empurrou o quadro que tinha ali na parede da sala, fazendo ele quase cair em mim. Mas por conta do susto dei um pulo para trás enquanto ele quebrava em pedaços.

— Me dá essa merda de chave e saí da minha frente! — ela diz me ameaçando com um pedaço de caco de vidro e olho para ela assustada.

Mãe...

— Lilian só me dá essa chave. Eu não quero machucar você — minha mãe diz me olhando profundamente e eu olho para ela, depois para o caco de vidro na sua mão e o quadro quebrado que ela jogou intensamente em cima de mim.

— N-Não mãe — digo isso e corro para meu quarto fechando a porta. Tranco a porta do meu quarto e me encosto na porta ouvindo batidas fortes.

— LILIAN! ABRE ESSA PORTA AGORA! — escuto sua voz enquanto ouço batidas forte na porta. Sinto lágrimas caindo do meu rosto, enquanto me afasto da porta ouvindo batidas na porta com as mãos trêmulas e com uma chave na mão.

— D-Desculpa mãe.. — é só o que eu consigo dizer.

LILIAN SUA DESGRAÇADA! EU TE ODEIO! — Ouvir e choro ainda mais. Passo a mão no rosto e vou andando até a janela, em seguida saio por ela. Sabia que ela estava com raiva e se eu ficasse ali resultaria em algo maior.

Apenas ia ficar fora por uns momentos, depois voltaria.

Contos: For a Wait Onde histórias criam vida. Descubra agora