021.

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𝐄 𝐌 𝐌 𝐀
point off view

Eu observo Vinnie, ele está focado na estrada. Eu não posso acreditar que ele fez tudo isso por mim. Ele deve realmente se importar.

Solto outro suspiro, mas não digo nada. Vinnie se estica um pouco no banco. De repente, eu sinto uma onda de pânico se arrastando por mim.

— Eu não sei o que eu vou fazer. Se eu não encontrar um lugar, talvez eu tenha que sair da Western. — Falo.

— Ei, ei, não se preocupe com isso agora. Você pode ficar comigo pelo tempo que precisar. Eu tenho um quarto vago que minha irmã nunca usa. Nem pense em desistir.

— Você faria isso por mim? — Deixo um sorriso escapar.

— Claro que sim. — Vejo o sorriso de Vinnie.

— Eu pago o aluguel. Eu posso te pagar o que eu pagava ao jake.

— O lugar é dos meus pais, Emma. Você não tem que nos dar um centavo.

— Eu vou me sentir tão culpada... Ao menos me deixe comprar a comida ou algo assim. — Ele cantarola por um minuto.

— E se você cozinhar?

— Isso parece totalmente justo. — Isso é meio doméstico, mas é no máximo que eu posso fazer.

— Sinceramente, eu acho que saio ganhando se eu puder comer o que você faz. — Suspiro aliviada e me encosto no banco. O carro para do lado de fora do meu apartamento. Saio e olho para a porta da frente.

— E se ele estiver lá em cima? — pergunto preocupada. Vinnie nega com a cabeça.

— Ele vai ficar fora essa noite. Ele me disse que não voltaria. — Meu coração acelera. Me sinto quente e suada.

— Você tem certeza absoluta? — Pergunto novamente.

— Tenho.

Abro a porta do apartamento e acendo a luz. Está vazio. Entro e olho para minhas chaves.

— O que eu vou fazer com as minhas chaves? — Me viro para o Vinnie, que já está com a mão estendida.

— Deixa comigo. Dou um jeito de Jake recebê-las. — Olho ao meu redor, sobrecarregada com todas as coisas que tenho que empacotar.

— Com o que eu posso ajudar? — pergunta Vinnie. — Eu puxo uma pilha de romances e livros de receitas da prateleira. Eu os coloco nos braços de Vinnie e vou para o meu quarto.

Vinnie me segue. Eu evito o olhar dele enquanto tiro um sutiã jogado pelo quarto. Eu teria arrumado meu quarto, mas eu não esperava que a minha noite fosse ser assim.

Começo a arrumar minhas malas, pego meus artigos de higiene pessoal e minhas roupas. Faço tudo isso rapidamente.

— Você precisa de mais alguma ajuda ou devo só esperar? — Ele se inclina contra a parede enquanto eu continuo fazendo as malas. Ele vira a cabeça para o lado.  — Isso é apenas o essencial?

— É sim. Eu tenho roupas, como qualquer pessoa normal. — brinco. Termino de fazer as malas e vou até Vinnie.

— Tudo pronto?

— Sim, tudo pronto. Vamos lá.

Do uma última olhada ao redor do apartamento ao chegar na porta da frente e suspiro.

— Eu morava aqui até ontem e agora esse lugar parece ser tão estranho.— coloco uma mão na porta, sentindo os detalhes da madeira. — Eu não sei se vou sentir falta daqui ou se vou sentir falta do Jake. — Então, novamente, sinto como se estivesse com saudades do jake há meses.

— Você precisa de um minuto? — Vinnie fica atrás de mim.  Me viro para ele e falo que não.

— Já me despedi — falo rápido. Ele apenas concorda.

— Bom. É isso aí.

voltamos juntos para o carro e colocamos minhas coisas na parte de trás.

A viagem até o apartamento de Vinnie leva apenas 10 minutos, mas eu mal consegui manter os olhos abertos. 

O carro para e Vinnie começa a pegar minhas coisas. Saio e me espreguiço.

— Uau! O seu prédio é bem mais bonito que o meu.

— É, meus pais o compraram há muito tempo. Eu moro no último andar.

Depois de uma curta viagem de elevador, nós entramos na sala do apartamento dele e eu fico de boca aberta.

Uau. Este é o prédio dele?

— As garotas que você traz aqui costumam ficar impressionadas? — brinco. Ele olha para mim e dá de ombros.

— Eu sei, é legal. Eu recebo muitos comentários. — Ele aponta para o corredor. — Você vai ficar no quarto da Genie. Ela não usa ele desde setembro.

— Genie? Uma garota? — Ele ri.

— Minha irmã, sua besta. Ela não está mais morando aqui.

— onde ela está?

— Na casa do namorado dela, principalmente. Ou na casa dos meus pais.

— Por que você não está com eles?

— Não há como eu viver com eles. Eles são muito rígidos. Eles querem me mandar para uma Universidade Ivy League que eles escolherem, para que eu possa me virar por alguns anos. Esse é o acordo.

— Um acordo muito legal, se você quiser a minha opinião. — Ele ri.

— Eu não pedi sua opinião! — Ele caminha até a cozinha. — O quarto é o do lado esquerdo. Tenho certeza de que você quer dormir.

— Sim, estou exausta.

— Conversaremos amanhã.

— E Vinnie... Obrigada novamente por ser uma amigo tão bom.

— Não precisa agradecer.

Caminho de volta para o quarto, ainda abismada com a beleza da casa.

Bem... Acho que vou descansar um pouco...

Deixo minhas coisas em um canto e cai na cama. Em segundos, durmo como uma pedra.

[...]

Quando acordo, já é meio dia. Me sinto um pouco desorientada.

Aonde eu estou? Ah, assim...

Nossa. Eu não acredito que vou ficar neste quarto. É como se eu estivesse em um hotel.
bocejo e me espreguiço ao levantar, depois aproveito para tomar um banho. Depois de me vestir, vou até a cozinha para preparar algo.

Olho todos os armários, fazendo anotações mentais sobre onde fica cada coisa. Caramba, esse lugar não tem nada. Ele nem sequer tem uma tábua de cortar.

Continua...

Continua

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𝗧𝗲𝗻𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗗𝗼 𝗗𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗼. | 𝗩𝗛Onde histórias criam vida. Descubra agora