008.

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𝐄 𝐌 𝐌 𝐀
point off view

— Vou te levar para casa. Você pegou tudo? — diz Vinnie com a maior calma.

— Sim. — Minha voz é um sussurro. Amy grita do outro lado da sala.

— E eu? — ela começa.

— Outra pessoa pode te dar uma carona. — diz Vinnie nervoso.

— Que porcaria é essa, Vinnie?! — ela grita.

— Fala sério. Vinnie, a Emma pode cuidar de si mesma. — fala Jake. Vinnie se vira para enfrentar ele.

— Fique fora disso, idiota. Eu não posso acreditar que eu tenha tido pena o suficiente de você para te aceitar no meu grupo. — Diz Vinnie nervoso. Jake estremesse.

— Calma, Vinnie — foi a vez de Bianca. — Se a cachorrinha quer sair para uma caminhada, deixe ela esticar as pernas. — o silêncio toma conta do chalé.

— Bom, Bianca. É assim que você trata todas as meninas que são mais gostosas do que você?

— Você não disse isso!

— Você não pode falar com a minha namorada dessa forma.

— Sério. Vinnie, se você sair agora, você acabará com o nosso relacionamento.

— Como vou sobreviver? — diz Vinnie com deboche. Ele se vira para mim e fala baixo e com suavidade — Eu encontro você no meu carro. É uma SUV preta. Vou pegar minhas coisas e já saímos. — assinto. Ele se vira para Jake enquanto eu encaro o chão. — Você é um completo idiota.

Ninguém não diz mais nenhuma palavra. Saio do chalé fechando a porta atrás de mim.

Ando até o carro de Vinnie ainda chorando um pouco.

Eu não sei o que vai acontecer agora, mas acho que nunca mais vou quer ver Jake. 

Vinnie sai. Observo ele fechar a porta do chalé e caminhar em minha direção. 

— Vamos lá  — diz Vinnie. Ele destrava as portas da enorme SUV preta. Entro no banco do passageiro.

Fico sentada por um momento, chorando. O motor ruge e Vinnie segue ao longo da margem do lago.

— Você está bem?

— Bem, vou superar — na verdade eu acho que eu nunca vou superar.

— Percebi. — Talvez eu tenha sido meio grossa. 5 minutos se passam sem nenhuma palavra, respiro fundo.

Eu deveria agradecê-lo. Ele me defendeu e está me levando para longe do jake.

— É... Obrigada por esta me ajudando — Falo.

— não precisa me agradecer. Você é uma garota incrível e não merece o Jake como amigo. — O silêncio retorna novamente, mas é quebrado quando Vinnie começa a cantar. — Isso foi realmente ruim.

— Sim. — Outro momento em silêncio passa entres nós. — Você acha que eles estão me zoando? Todas as pessoas no chalé?

— Ninguém falou mais nada. Peguei minhas coisas e saí. — sinto meu estômago revirar e suspiro.

Eu não tenho ideia do que eu vou dizer ao meu pai e ao meu avô. Espero que eu não vomite no carro de Vinnie.

— Você vai ficar bem?

— Eu acho que estou bem.

— Você diz isso, mas continua a bater o pé no chão ansiosamente. — Observo meu pé e balanço a minha cabeça. Eu tenho que me controlar.

Faço um esforço consciente para parar de bater meu pé. Sinto um gosto amargo em minha garganta, mas respiro fundo novamente.

— Não estava me incomodando. Não tem problema.

— Desculpa. Eu só... Eu não sei o que eu vou dizer ao meu pai.

— Diga a verdade. Seu pai merece saber que o Jake foi um idiota. — do uma olhada no rosto de Vinnie. A barba dele está começando a aparecer no queixo.

— É só que... o irmão mais velho de Jake, Ron, é o melhor amigo do meu pai. — Ele parece confuso por um momento. Ele olha para mim antes de se voltar para a estrada.— Meu pai e Ron sempre foram amigos desde o ensino médio. — A expressão dele não muda. Deixo escapar um pequeno suspiro. — Você ainda está confuso.

— Completamente.

— Minha mãe e meu pai não foram muito cuidadosos então ela acabou engravidando de mim quando tinha 14 anos. Meus avós não deixaram que ela abortasse e me criaram enquanto ela continuou a viver a vida dela. Ron é o irmão mais velho de Jake e estava sempre por perto durante a minha infância. — olho para baixo, à espera de uma reação. Ele apenas concorda.

— Ah, ok. Seu pai deve ter tipo... 35 anos? Deve ser muito legal ter um pai jovem. — Eu realmente esperava que ele fosse fazer uma crítica, mas ele parece não se incomodar com o que eu contei.

— Eu amo o meu pai. Ele é ótimo.

— Isso explica o porquê de a sua mãe não estar por perto.

— Sim.

— De qualquer forma, eu acho que você deve dizer a verdade.

— Eu vou pensar.

— O que a sua intuição diz?

— Para passar uma semana em casa. Eu vou pensar em alguma coisa para contar nesse meio tempo.

— Eu acho que é uma péssima ideia. Você pode passar por dificuldades se você ir para casa. Se você precisar de um lugar para dormir, meu apartamento está às ordens.

— Isso é gentil, mas não é nescessário.

— Pensei em oferecer, nunca se sabe. —O carro passa por uma lombada e eu me mexo no banco. — A Bianca deve odiar saber que você é próxima do Jake. Aposto que isso acaba com ela por dentro. Eu posso ver o quanto você se importa com o cara, mas ele realmente parece querer fazer o que ela quer. Ele não está dando a minima para você. Se ele fosse um homem decente, ele teria vindo atrás de você e já teria se desculpado.

— Como você teria feito?

— Pode apostar. — Ele olha para mim com um sorriso largo. Sorrio de volta.

[...]

O resto da viagem é tranquila e eu explico o caminho até o meu prédio. Saímos do carro e caminhamos até a porta da frente.

— Se precisar de algo, me ligue. — Começa Vinnie — Minha oferta continua de pé, eu tenho um quarto vazio e tudo mais. — Vinnie pega um pedaço de papel e uma caneta e rabisca o número dele. — Me liga ou manda mensagem mais tarde, para eu saber que você está bem. Ok? — concordo com a cabeça.

— Eu ligo. Obrigada, Vinnie.

— Pode me ligar a qualquer hora se você precisar sair daqui. — Deixo um beijo na bochecha dele e entro no meu apartamento. Os passos de Vinnie se afastam pela calçada.

Me inclino contra a porta, deslizando até o chão. Meus olhos se enchem de lágrimas.

Eu não tenho amigos... Sem o Jake. E eu não posso contar com o papai. O que eu vou fazer?

Continua...

Continua

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𝗧𝗲𝗻𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗗𝗼 𝗗𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗼. | 𝗩𝗛Onde histórias criam vida. Descubra agora