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𝐄 𝐌 𝐌 𝐀
point off view


— Ela tem personalidade forte — falo quando as meninas já estão longe o suficiente.

— Quando ela está com as amigas, ela não quer fazer mais nada.

Passo uns 30 minutos batendo babo com Vinnie enquanto faço o bolo. Ele não é nada do que aparenta ser.

Eu gostaria que o Jake tivesse vindo me ver... Mas acho que ele está se divertindo com os amigos.

— Você é uma doceira profissional. Esse bolo está com uma cara ótima. — Diz Vinnie.

— Ah, para, não tem nada demais. — Falo com timidez.

— Está incrível. Eu nunca conseguiria fazer nada assim.

— Eu posso te ensinar a fazer bolos e pães. É mais fácil do que parece. — Sugiro — Além disso, não é como se eu estivesse assando suflês. Isso sim é difícil.

— Você já tentou fazer?

— Tentei acho que uma dúzia de vezes. Eu gosto de fazer bombas de chocolate, pois são fáceis e deliciosas.

— Eu amo donuts. Preferiria que você estivesse fazendo alguns. — Meu coração dispara quando vejo que Vinnie está sorrindo para mim.

Eu realmente não o conheço tão bem, mas estranhamente quero ser legal com ele. Talvez eu deva dizer que posso preparar algo para ele qualquer dia... só para ele.

— Posso lamber a espátula? — Pergunta Vinnie parecendo uma criança.

— Eca, isso tem ovos crus.

— Sério? Desculpa por ter te dado nojo... Eu não costumo passar muito tempo na cozinha. — me sinto mal por ter falado assim com ele agora, mas isso poderia fazer mal a ele. — Minha mãe mal entra na cozinha. A Louisa é quem faz tudo.

— Ela é a sua governanta? — pergunto.

— Sim. Ela sempre esteve com a gente, desde que eu era pequeno. Mamãe e papai vão muito a Washington, então a Louisa é como a minha segunda mãe.

Vinnie desliza o dedo em torno da tigela de bolo, lambendo um pouco do chocolate enquanto olho para ele.

— Sabe, eu pensei que você seria mais político.

— O que pode ser mais politico do que ficar em um chalé de um amigo rico?

— Você ganhou. Você provavelmente sempre foi um desses meninos populares.

— Mas isso porque eu sou legal. — Ele pisca para mim, e borboletas voam no meu estômago. Ele caminha até a geladeira e pega uma cerveja. — quer uma?

— estou bem, obrigada.

— Fique à vontade. Então, você e o Jake são amigos de infância?

— Sim. Desde quando nascemos. — Falo — Você e a Bianca são amigos há muito tempo? — Ele toma um gole de cerveja e resmunga.

— Eu não diria que somos amigos. Nós andamos nos mesmos círculos de amizade. É isso.

— Ah. — Eu não quero ser malvada. Eu não sei o que ele acha dela.

— Ah, por favor, nós dois sabemos que ela não vale nada. Não sei o que o Jake vê nela.

— Eu pensei que vocês fossem amigos. — falo meio assustada.

— Nós somos. Mesmo assim, ela não presta. — diz simplesmente — Eu estou mais curioso sobre você e Jake.

— Eu e Jake?

— Vocês dois nunca ficaram?

— não, ele é mais como um irmão. — óbvio que é mentira, mas eu não posso sair falando dos meus sentimentos para qualquer um.

— Ah, então são apenas amigos!

— Nós somos platônicos! — ele cerra os olhos.

— Há quanto tempo você está a fim dele? — eu estou deixando tão na cara assim?

— Eu não gosto dele.

— Se é óbvio para mim, eu tenho certeza de que é óbvio para um idiota como o Jake.

— Você está errado. — escuto um barulho do lado de fora e olho através da janela. — O pessoal está de volta. Eles devem estar morrendo de fome.

Vinnie mal percebe a presença deles.

— Então, o que faremos com os legumes? — pergunta Vinnie.

— Nós faremos?

— Eu não sei fazer nada na cozinha, Emma. Se eu tivesse aprendido alguma coisa com um chefe de cozinha experiente talvez eu fosse capaz de me alimentar.

— Eu sei o básico. Tem que ter algo saudável para o meu pai e meu avô.

— E a sua mãe?

— Meu pai e meus avós me criaram. Minha mãe tem a família dela. Eu realmente não estou com vontade de falar sobre isso. — Sinto a mão de Vinnie sobre a minha. O calor sobe sobre o meu corpo. Os batimentos do meu coração acelera. O que está acontecendo?

— Sinto muito. Podemos mudar de assunto.

— Cenouras são legais, né? — tento mudar de assunto. Eu realmente sou péssima nisso.

— Sim, muito legais.

— Eu normalmente gosto de fazer um vinagrete de azeite de oliva, suco de limão, sal, pimenta e alho fresco. — Falo.

— Isso parece delicioso. — Vinnie abre um sorriso meigo.

— Eu não tenho certeza sobre o alho...Você acha que todo mundo vai gostar?

— Quê, você acha que as princesas podem recusar? Quem se importa. Vá em frente.

— Certo. Eu vou fazer o molho agora, mas não devemos colocar antes que esteja pronto, ou a comida vai perder a cor. — Falo.

— Não sabia desse incrível fato sobre vegetais. De qualquer forma, me conte mais sobre sua mãe.

— Não. Eu faço meu próprio molho para a salada, ou devemos usar o que já tem pronto?

— O pronto para as meninas, mas eu vou provar o seu, se você fizer. Você fala com ela?

— É um assunto difícil, Vinnie. Você não vai acender a churrasqueira?

— Já vou. Você me deixou curioso.

— Vinnie, Minha mãe não é tão legal quanto eu, você não iria gostar dela.

— Eu entendo, eu entendo. Eu não quero me intrometer.

— Ei, não se preocupe com isso. Você não sabia.

— Vou começar o churrasco, então.

Observo Vinnie sair do chalé. Os amigos dele olham para ele e sorriem, Amy caminha até ele, eles trocam algumas palavras e a expressão despreocupada desaparece do rosto de Vinnie. Ela olha para mim, enquanto eu volto a se concentrar na cozinha.

Ela está com ciúmes? É sério isso?

Mais dois dias com essas pessoas. Dois dias longos fingindo que eu vou com a cara delas. Vinnie parece ser legal, pelo menos... E bem gato.

Meu rosto fica vermelho enquanto pego os pratos e talheres dos armários, penso nos músculos bem definidos de Vinnie e balanço a cabeça para afastar o pensamento enquanto arruma a mesa.

Depois de colocar a mesa o pessoal vem e as conversas sobre pescaria e compras começam.

Continua...

𝗧𝗲𝗻𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗗𝗼 𝗗𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗼. | 𝗩𝗛Onde histórias criam vida. Descubra agora