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Passamos pelo bando de gente bêbada que estava dançado para chegarmos ao bar.

Bea: 6 doses de tequila - pedi para o atendente enquanto sentava na banqueta.

Lucas: Mas já começa assim - se sentou do meu lado - tequila da uma ressaca horrível - avisou.

Bea: O que importa é o momento - o cara colocou uma dose na frente de cada um.

Primeiro chupei o sal que tinha colocado da mão, virei a dose, chupei o limão logo em seguida sacudi a cabeça pra fazer mais efeito ainda.

Olhei pros outros, Laura virava a sua dose, fazendo careta.

Laura: Não consigo gostar de tequila - comentou.

Henrique também virou a dose, fazendo uma careta.

Bea: Fracos - murmurei - traz uma garrafa de vodka por favor - pedi ao atendente.

Atendente: Ai eu vou ter que cobrar - me deu um sorrisinho de lado.

Abri minha bolsa tirando uma nota de 100 reais e colocando na mesa.

Bea: A melhor garrafa - escorreguei a nota pra mais perto do moço.

Atendente: Já volto - pegou a nota indo buscar a garrafa.

Duda: Vai mô - olhei pros mesmo - deixa vai!

Dylan: Tá Eduarda - bufou - vai logo - afastou um pouco a gola da camisa preta que usava.

A mesma bateu palminhas por ter conseguido o que queria. Patética. Ela derramou sal no pescoço do Dylan, lambeu, bebeu a dose de tequila e chupou o limão que estava entre os dentes do Dylan, me lançando um olhar afiado.

Revirei os olhos desviando o olhar.

Lucas: Tô sentindo um cheirinho - fungou o nariz.

Bea: De que - perguntei sem dar importância.

Lucas: De ciúmes - sussurrou como se aquilo fosse um segredo.

Bea: Que?!

Lucas: Não se faça de sonsa Beatriz - virou a sua dose pura - eu tenho olhos na cara - se levantou indo para a pista.

E eu, fiquei ali com cara de cu, sem entender nada, ou melhor, sem querer entender nada.

Eu não estava com ciúme, mais nem fudendo.

Atendente: Sua garrafa gata - me virei pro mesmo.

Até que ele era gatinho, olhos pretos e cabelos tão negros quanto a noite. É, era até que sexi.

Bea: Valeu - abria a mesma derramando no copo.

De canto de olho vi Laura puxar Henrique para a pista de dança, e Eduarda e Dylan mais afastados.

Dei um gole na vodka voltando meu olhar pro bar men.

Atendente: Qual seu nome ?

Bea: Beatriz - encarei o mesmo - e o seu ?

Atendente: Me chamo Jonatan - começou a limpar uns copos.

Bea: Um belo nome - me servi de mais vodka vendo Letícia puxar Dylan que não parava de me encarar para algum lugar.

Jonatan: O seu também, é um nome - arqueei uma sombracelha - marcante.

Bea: Era o que minha mãe dizia.

Ficou um silêncio quase constrangedor entre nós.

Merda. Eu não sabia mais flertar e ainda tava tentando ignorar os dois coelhinhos se pegando em algum lugar.

Jonatan: Então, tem namorado?

Bea: Negativo.

Jonatan: E quem era aquele cara que tava com você - perguntou curioso.

Bea: A curiosidade matou o gato senhor Jonatan - ele deu uma risadinha - mas, respondendo a sua pergunta, era o meu amigo.

Jonatan: Entendi, qual a sua idade mesmo - tentou perguntar descontraído.

Bea: Tá achando que eu sou de menor né - gargalhei.

Jonatan: É meio o que eu mais vejo nessas festas - comentou.

Bea: Tenho 18, e vossa senhoria - terminei o segundo copo de vodka.

Jonatan: 21, e acho melhor você maneirar no álcool - alertou.

Bea: Não estraga minha terapia - apontei o dedo na sua direção com a cara séria - desculpa, eu realmente não sei mais flertar - suspirei e ele riu - trabalha a quanto tempo aqui ?

Jonatan: Faz 2 anos.

Bea: Imagino o tanto de coisa doida que já teve ter visto no meio disso tudo - apontei pro amontoado de pessoas.

Jonatan: Você nem imagina - riu.

Ele começou a contar umas coisas muito doidas que já rolou ali, já presenciou um surubão no meio da pista de dança, achou camisinha dentro de uma garrafa de cerveja que era pra ser reaproveitável, mas que pelo ocorrido foi pro lixo.

Bea: Você é muito bonito sabia - só agora o álcool começou a fazer efeito, ou seja, mais que a metade da garrafa.

Jonatan: Acho melhor você ir mais de vagar - alertou com um sorriso malicioso.

Bea: Não, eu tô bem - eu precisava parecer sóbria por que se não broxava todo meu esquema com o bar men.

Jonatan: O que você acha da gente ir rapidinho ali atrás - perguntou descontraído.

Estava prestes a responder que sim, quando alguém me interrompeu.

Gui: Beatriz, eu não esperava te ver por aqui - o olhei com raiva, ele acabou de fuder com a minha única chance na notei.

Bea: Oi Guilherme, que bom te ver por aqui - forcei um sorriso.

Jonatan: Cara eu não sei se você percebeu mas a gente tava em um lance - apontou pra ele e depois pra mim.

Eu tava prestes a concordar com a cabeça, mas Guilerme foi mais rápido.

Gui: Então Beatriz, você veio com quem - ignorou totalmente Jonatan, o que me irritou um pouco, por principalmente o mesmo ter saído de perto bufando.

Bufei, a gente joga com o que tem né. Logo abri um sorriso convidativo pra Guilerme.

Vô ser uma escrota agora, mas eu precisava descontar a minha frustração em alguém.

Autora: Se eu ver alguém falar mau das próximas ações da Beatriz nos próximo capítulos, eu vô taca o pau, porque a maioria dos homens fazem a mesma coisa, então não quero nem um pio.

Votem e comentem meus cachaceiros!

Nas Ondas da Realidade (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora