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Maratona: 1/2

•Dylan•

Faz exatamente 22 minutos que estou sentado na última mesa de uma cafeteira requintada do centro onde Antôni marco nosso encontro.

Meus dedos batucam sem parar enquanto espero ele aparecer.

Talvez ele não apareça.

Mudo imediatamente meus pensamentos quando o sino da porta faz barulho, indicando que um novo cliente chegou.

Ergo meu olhar para o homem de quase 1,90 de altura que tem os cabelos, cuidadosamente penteados para traz e a barba por fazer.

Não lhe dou ao luxo de receber meu cumprimento, então me mantenho sentado com as mãos cruzadas em cima da mesa e a postura impecável.

Quando percebe que não vou comprimenta-lo ele solta uma leve risada se sentando.

Antôni: Então filho - quase reviro os olhos - como vai?

Dylan: Vou bem na medida do possivel - falo seco - então, vamos direto ao assunto

Quanto mais profissional essa conversa for mais rápido vai acabar.

Olha o que eu faço por você linda.

Dylan: Tenho um caso de violência, abuso e quase estupro conta mulher pra você - pego toda a papelada que eu consegui da Beatriz com a polícia.

Ele respida fundo, ele odeia pegar esses casos.

Antôni: Por acaso é aquela sua amiga, como era o nome dela mesmo - pega os papeis de minha mão - Eduarda, certo, de novo ela se meteu com que não devia?

Dylan: Não é ela - respondo rápido.

Antôni: Humm - fica em silêncio por alguns segundos analisando os papéis.

Dylan: Então - pergunto já sem paciência - vai pegar ou não ?

Desviando seus olhos dos papéis ele me analisa como se pudesse ler até meu último suspiro, pena que não pode, pelo menos não mais.

Antôni: Pego com uma condição - merda - você tem alguma coisa a ver com essa garota ?

Dylan: Se eu tenho ou não tenho isso não é mais da sua conta - rebato - e se não for pegar, acho melhor você falar logo porque não tenho tempo pros seus joguinhos.

Por que eu fui procurar justo ele?!

Merda, preciso achar um advogado tão bom quanto ele.

Antôni: Eu vou pegar o caso - afirma sério - mais quero saber a sua relação com a garota - aponta para a pasta.

Dylan: Por que acha que eu tenho uma relação com ela?

Antôni: Não pediria minha ajuda se não fosse alguém importante pra você - afirma - ainda lembro do caso da Eduarda - comentou - só arranja garotas problemáticas em filho - nega com a cabeça.

Respiro fundo.

Não posso surta no meio de um café, ou posso?

Dylan: Ela não é problemática - rosno baixinho - e acho bom você medir suas palavras quando for falar da minha namorada - fecho meu punho sobre a mesa, os nós dos meus dedos estão brancos.

Eu preciso me controlar.

Não posso ter um surto de raiva toda vez que vejo esse homem.

Antôni sorri como se tivesse conseguido o que queria.

Antôni: Sua namorada ahm - ergue as sombracelhas - nunca imaginei você namorando alguém.

Dylan: Você não sabe nada sobre mim - jogo no balde.

Ele nunca foi um pai ou marido presente.

Minhas palavras parecem ter atingido-o pois fica com um olhar triste, se não conhessece o pai que tenho  diria que era fingimento.

Antôni: Eu conheço você mais do que imagina filho - fala com pesar - vou pegar o caso, não se preocupe.

Acinto com a cabeça, ficamos alguns segundos nos encarando.

Garçonete: Os senhores já sabem o que vão querer - pergunta me tirando do tranze.

Antôni: Um café preto por favor.

Ela anota.

Garçonete: E o senhor?

Dylan: Nada, mas obrigado - me levanto - já estou de saída.

Olho para meu pai, o analisando melhor, ele é a minha cara, só consigo me imaginar com essa cara quando ficar lá com os meus 50 anos.

A Garçonete sai nos deixando.

Antôni: Não quer ficar e comer alguma coisa comigo?

Dyoan: Não posso, tenho que ir, tchau - me despeço rápido.

Sai da cafeteira deixando o barulho do cininho para traz.

Autora: Oi cachaceiros, e vamo de maratonaaaaaa

Vão ser 2 capítulos hoje e 2 amanhã.

Votemmmmmm


Nas Ondas da Realidade (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora