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Dylan:

Acordei no meio da noite com um grito, muito alto.

Dylan: Puta merda - me levantei da cama - qual a dificuldade de abaixar um pouco a TV - me perguntei irritado.

Abri a porta do meu quarto com tanto ódio que não sei como ela não saiu voando. Ninguém merece, e quando eu digo que ninguém merece, eu falo sério.

Fui até a sala, não tinha ninguém e a TV nem estava ligada, fui até a cozinha e também não tinha ninguém. Voltei pro corredor. O Henrique e a Laura não podem ser, o Lucas, me parece que eu vi ele saindo. Pra confirmar fui até o quarto dele, e ele não estava.

Estava voltando pro quarto quando ouvi outro grito, mas esse foi um pouco mais baixo, vinha do quarto da Beatriz. Bati na porta mas não fui respondido. Coloquei a mão na fechadura a girando de vagar, abri uma fresta da porta e coloquei a cabeça pra dentro.

Dylan: Beatriz - a chamei, mas não tive resposta - tudo bem - perguntei adentrando o quarto.

Ela estava na cama com um blusão que ia até o começo de sua coxa e por baixo aparecia um shorts bem curtinho de academia.

Cheguei um pouco mais perto de seu rosto percebendo que estava todo molhado. Tentei secar uma lagrima que caia rapidamente por sua bochecha, mas outra logo veio atrás.

Por que ela estava chorando?

Bea: Mãe - falou com a voz falha - mãe - gritou.

Ela estava sonhando, só pode ser isso porque pelo que eu saiba a mãe dela e a do Henrique morreu a 4 anos. Me apressei em acordá-la.

Dylan: Beatriz - chacolhei seus ombros tentando acordá-la. Mas ela só resmungava emquanto chorava mais ainda - Beatriz - gritei.

Ela se levantou rápido, toda suada, assustada, com os olhos inchados e cheios de lágrimas que logo os escondeu virando o rosto.

Dylan: Ei - a chamei virando seu rosto na minha direção - tá tudo bem - perguntei analisando cada pedacinho do seu rosto.

Bea: E-eu - gaguejou entre as lágrimas - eu não posso - soluçou abraçando a si própria.

Dylan: Calma - a abracei pelos ombros.

Ela relutou um pouco mais logo devolveu o abraço rodando os braços na minha cintura nua, enquanto encostava a cabeça no meu peito.

Ela chorava muito enquanto soluçava. Eu não tenho a mínima ideia do que ela sonhou, mas deve ter cido algo muito intenso pra ela estar desse jeito.

Eu não sei o por que, mas tava me encomodando muito ver ela naquele estado, desesperada. Acho que em parte pode ser por ela ser sempre tão fechada e não mostrar muito o que sente.

Bea: Desculpa - pediu se afastando um pouco enquanto secava os olhos rapidamente.

Dylan: Tudo bem - sequei uma lagrima solitária - tá melhor - perguntei preocupado.

Ela assentiu rapidamente fazendo um coqui bagunçado no cabelo.

Acima da minha beleza, tem a minha curiosidade, então queria saber o que exatamente tinha rolado ali.

Dylan: Foi um sonho - perguntei analisando seu rosto.

Bea: Um pesadelo - fungou.

Dylan: Com a sua mãe - perguntei rapidamente, o que fez com que voltasse seu olhar julgador diretamente pra mim.

Bea: Como sabe - perguntou receosa.

Dylan: Você tava gritando por ela - minha resposta deve ter feito ela ficar com vergonha, porque logo desviou o olhar. Isso só confirmou minha dúvida.

Bea: Desculpe ter te acordado - sussurrou.

Dylan: Tá tudo bem - lhe lancei um sorriso acolhedor.

Beatriz:

Ficou um silêncio constrangedor entre nóis. Eu não sabia o que fazer ou falar, ainda estava atordoada por conta do sonho e constrangida pelo abraço intimo que tinha recebido e retribuído.

Dylan: É - ele se levantou, me dando a visão do paraíso, ele estava sem camisa - já que você já se acalmou, eu, vou indo - disse indo até a porta.

Bea: Dylan - o chamei sem pensar, fazendo o mesmo se virar pra mim.

Dylan: Sim - perguntou.

Bea: Você poderia ficar aqui comigo - o encarei envergonhada pelo meu pedido.

Eu não sei porque eu pedi isso. Acho que foi mais por eu ter me sentido segura com aquele abraço.

Ele não respondeu nada, só veio em minha direção e se deitou ao meu lado.

Dylan.:

Não sei porque aceitei, só sabia que ela precisava de mim ali, naquele exato momento.

Fui em sua direção e me deitei ao seu lado. Ela logo se ajeitou na cama de barriga para cima olhando para o teto. Fiquei analisando cada traço seu e acabei percebendo que sua mão esquerda tremia. Ela percebeu meu olhar sobre a mão e logo a pegou forte pelo pulso tentado fazer a mesma parar de tremer. Não adiantou muito, na verdade só piorou. Acho que para eu não ver ela nesse estado ela se virou ficando de costas para mim.

Uns minutos depois percebi que o seu corpo tremia um pouco, e escutei ela fungando o nariz. Eu realmente não sabia o que fazer naquele momento, mas aquilo tava me encomodando. Passei minha mão por sua cintura a trazendo pra mais perto de mim.

Bea: O que tá fazendo - sussurrou estremessendo.

Dylan: Shhh - tentei tranquiliza-la sussurrando em seu ouvido - só tenta dormir - ela assentiu com a cabeça e relaxou o corpo um pouco.

Encostei meu nariz perto de seu pescoço e pude sentir tanto o seu cheiro de mar quanto os seus pelos se arrepiando. Devo admitir que gostei da reação que ela tem sobre mim.

Minutos depois a tremedeira dela parou e eu senti sua respiração ficar pesada.

Com cuidado tirei meu braço de sua cintura, me levantei da cama e me vi admirando ela dormindo. Como ela conseguia transmitir tanta paz e caos ao mesmo tempo? A cobri e voltei para o meu quarto.

Peguei no sono pensando se deveria ou não ter ficado no quarto com ela.

Autora: Oi meu povo cachaceiro, então eu sei que nem tem gente lendo essa fic, mas se vc esta lendo por favor votem e comentem pra ajudar na divulgação.

Eu também não vou postar com tanta frequência porque as vezes dá uma travada sabe, pesso que me perdoem.

Nas Ondas da Realidade (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora