REDENÇÃO - Irmãos Fiori: Livro III - COMPLETO

CAPÍTULO 21

- Bomba! – Danilo e Alex gritam juntos antes de pularem na piscina gigante da mansão de Cadu, espalhando água para todos os lados. Salvatore está do meu lado na parte funda, o cabelo curto empurrado para trás pela água. Ele, com seus quase dois metros, fica de pé com tranquilidade. Eu, mal alcançando os 1,60, já estou cansada de me manter flutuando.

Quando a onda que o corpo de Danilo e Alex chegam até nós, Salvatore encosta as mão grandes em minha cintura e me ergue alguns centímetros para que eu não leve água no rosto. Sua pele na minha envia uma onda deliciosa até o centro do meu corpo, e foco em qualquer outra coisa que não seja cada músculo rasgado e bronzeado de seu corpo descoberto, à centímetros de mim.

E havia o olhar...

O maldito olhar que ele me deu assim que tirei o short jeans e minha camiseta, revelando meu corpo em meu biquíni vermelho sangue. Eu sabia que não tinha uma barriga chapada, e as celulites no bumbum eram minhas amigas desde a adolescência, mas eu gostava do meu corpo. Um biquini era algo que eu tinha lutado muito para conseguir usar. Vindo de uma criação tão tradicional quanto a minha, foi difícil me acostumar a mostrar tanta pele de uma vez. Mas eu gostava do contraste do vermelho e meu cabelo castanho e a parte de cima em conchas fazia maravilhas por minhas meninas. E pelo olhar quente de Salvatore percorrendo cada centímetro na minha pele como se quisesse arrancar um pedaço com sua boca, eu sabia que tinha feito a escolha certa.

Salvatore parecia me aquecer de dentro para fora.

Me tocando sem nunca precisar me tocar.

E foi isso que seu olhar mal disfarçado tinha feito comigo. Eu o senti se arrastando por mim. Sua boca sugando, seus dentes arranhando, suas mãos apertando e seu... Não. Nós não podíamos ir por esse caminho, apesar de estar mais do que claro para mim que eu adoraria isso.

Salvatore me fazia questionar muitas coisas que deveriam permanecer seladas.

- No que você está pensando? – Ele me pergunta, as mãos ainda paradas em minha cintura, mantendo meu pescoço e rosto acima da água. Nossa família está espalhada pelo jardim e parecem nem ligar para a nossa proximidade.

Volto meu olhar para suas íris castanhas que me observam sem pressa. Ele tem pequenas gotas de água agarradas em seu rosto e cílios, escorrendo por sua pele, e tenho que sufocar o desejo de me inclinar para frente e capturar sua boca na minha.

Ele aperta minha cintura, para chamar minha atenção, e pelo sorriso malicioso que se espalha por seus lábios, sei que ele tem uma leve noção do que se passa em minha cabeça agora.

- Estou me perguntando onde está Mariana, que sumiu no banheiro e não saiu mais. – Digo, porque é verdade. Ela parecia torturada quando pegou o biquini verde em sua bolsa e caminhou para o banheiro. Eu nunca tinha a visto de calcinha e sutiã ou de biquíni. Sua pele era tão pálida que ela se recusava a ir à praia e apesar de saber que ela não fazia o tipo tímida, deixava que ela fizesse o que a deixava mais confortável.

O universo parece me escutar, porque uma Mariana completamente vermelha, sai da grande casa dos pais de Cadu parecendo se arrepender de cada um de seus passos. Ela parece linda como sempre. O cabelo ruivo ondulado caindo perfeitamente até sua cintura, os olhos verdes claros, o nariz de botão.

- Finalmente! – Nina grita e Mari sorri, claramente desconfortável.

- O que está acontecendo com ela? – Salvatore pergunta no meu ouvido e me sobressalto com sua proximidade. Relaxo assim que suas mãos me firmam, me virando para que minhas costas quase encostem em seu peito, e assim eu tenha uma visão perfeita da nossa família.