"Você remendou todas as rachaduras do meu coração."
Lili é uma garota um pouco confusa e determinada.
Foi mandada para um dos internatos mais caros da América do Norte.
Uma decisão dos seus pais, totalmente alheios aos sentimentos da filha. Ela só...
Mais um final de semana confinada aqui. A partir da próxima segunda começarei a valorizar meus finais de semana.
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Tomei banho e vesti uma roupa simples para passar o dia. Fui na direção buscar meu celular e quando cheguei na recepção, a secretária não estava lá, então passei direto para a porta do escritório da Grace. Bati três vezes e a porta foi aberta por uma diretora com a cara emburrada. Não tinha visto ela assim ainda. Deu até medo. Logo atrás dela, um Cole entediado estava largado na cadeira.
ㅡ Bom dia, Lili. Tudo bem? ㅡEla me deu espaço para entrar, parei de frente para Cole, que repousava na cadeira dela. Ele não olhou para mim, continuou brincando com uma pequena escultura que estava na mesa.
ㅡ Sim. Eu só vim buscar meu celular. ㅡFalei, colocando meus braços atrás das costas e olhando para meus pés. Ele está bravo comigo? Ontem parecia estar tudo bem.
ㅡ Ah, claro. Eu vou buscar na sala aqui do lado. Me espere aqui, ok? ㅡAssenti. ㅡ E você Cole, pode sair daqui, a conversa acabou e será do jeito que eu falei. ㅡA diretora Grace saiu da sala sem esperar por uma resposta do filho. Cole levantou irritado da cadeira e quando passou por mim, eu segurei sua mão. Sem coragem de olhar para ele, eu respirei fundo e perguntei ainda olhando para a mesa.
ㅡ Está com raiva de mim? ㅡSenti seu polegar fazer um carinho na minha mão e então eu relaxei. Ele se aproximou de mim por trás. Cole arrastou meu cabelo para o lado, deixando meu pescoço livre.
ㅡ Não. Desculpe se fui grosseiro, só achei que se eu tentasse falar algo, aí sim poderia te tratar mal. Não por querer, apenas por estar chateado com outro assunto. ㅡEle sussurrou as palavras calmamente no meu ouvido. Minhas pernas ficaram fracas e ele apertou minha cintura com sua mão livre, encostando seus lábios suavemente no meu pescoço. Minha boca ficou entreaberta quando eu tentei respirar normalmente. ㅡ Já tomou café? ㅡBalancei a cabeça, negando. ㅡ Te espero na área aberta.
Cole saiu da sala tranquilamente e eu soltei a respiração que nem percebi que estava presa.
ㅡ Aqui está querida. ㅡGrace voltou com meu celular em mãos. Ainda desnorteada, eu peguei o aparelho e sorri.
ㅡ Obrigada. ㅡAgradeci.
Sentei de frente para o loiro, que ainda parecia distraído. Coloquei meu suco de abacaxi com hortelã na mesa e mordi meu sanduíche.
ㅡ Você realmente gosta muito disso, né? ㅡCole pegou o canudo e tomou um pouco do meu suco.
ㅡ Sim. Você não vai comer?
ㅡ Eu já tomei café. ㅡEle relaxou na cadeira e ficou me olhando.
ㅡ Você não está com raiva de mim, mas disse que está chateado com outra coisa. Quer conversar sobre isso? Mas apenas se estiver confortável. Sou uma boa ouvinte. ㅡO loiro sorriu fraco.
ㅡ Tenho algo mais divertido em mente para fazermos do que te encher com meus problemas.
ㅡ Tudo bem. Fale apenas quando se sentir preparado. E quando isso acontecer, pode me procurar, ok? ㅡEle pegou minha mão livre em cima da mesa e levou até seus lábios, depositando um beijo terno. Mordi meu lábio inferior, me sentindo muito bem com isso.
ㅡ Você é perfeita... Mas agora, termina seu café e vamos aproveitar a jacuzzi. ㅡFranzi o cenho.
ㅡ Que jacuzzi?
ㅡ É brincadeira, não tem uma aqui. ㅡRevirei meus olhos e ele gargalhou. Eu adoro esse som. ㅡ Mas aquela piscina não é uma má idéia. Limparam ela ontem. ㅡOlhei para trás e sorri. Ele tem razão.
[...]
Entrei na piscina devagar, sentindo a água um pouco gelada. Cole pulou de uma vez, espirrando água em mim.
ㅡ Cole! ㅡReclamei rindo com ele. Entrei logo e nadei até o loiro, no intuito de afogar o mesmo.
Passei meus braços por seu pescoço e ele rodeou minha cintura, nesse exato momento, eu esqueci o que iria fazer e me perdi nos seus olhos.
ㅡ Você é bonita pra caralho. Tem noção disso? ㅡEle passou sua mão pelo meu cabelo. Sorri tímida e olhei para minhas mãos segurando a parte de trás do seu pescoço. Eu quero beijá-lo. Eu quero muito isso. Mas me assustei quando ele mergulhou repentinamente, me levando junto.
ㅡ Meu Deus! Você quer me matar afogada? ㅡColoquei minhas pernas ao redor da sua cintura e bati no seu peito, vendo seu sorriso lindo tão de perto que quase desmaiei.
Desci para trás devagar, ainda colada nele e segurando em seus ombros. Suas mãos não saíram da minha cintura em nenhum momento. Molhei meu cabelo e levantei para olhar ele mais uma vez.
Cole se aproximou do meu pescoço e eu senti uma agitação que foi do meu estômago para o meio da minhas pernas.
Seus lábios molhados entraram em contato com a minha pele também úmida e eu fechei meus olhos, absorvendo todo e qualquer toque dele em mim.
Sua boca trabalhou bem. Beijando, mordendo e fazendo alguns chupões fracos. Subi minhas mãos para o seu cabelo e puxei suavemente.
ㅡ Ei, vocês dois. Não é permitido transar na escola. ㅡUma das inspetoras chamou nossa atenção. Me desvencilhei dele rapidamente e olhei para ela. Droga.
ㅡ Não tem ninguém transando aqui. A senhora viu isso? ㅡCole rebateu.
ㅡ Não pense que por ser filho da diretora, não terá uma punição.
ㅡ Eu sei muito bem disso. Afinal, a diretora Grace é uma pessoa extremamente justa. Então ela não dará uma punição para algo que não aconteceu. ㅡEu vi a mulher quase se contorcer de ódio na nossa frente. Ele é louco.
ㅡ Está tudo bem. Já estou saindo. ㅡEu disse para acabar com o climão.
ㅡ Ei, não. ㅡCole segurou minha cintura delicadamente.
ㅡ Eu vou tomar banho agora, aí nos encontramos na biblioteca, ok? ㅡFalei baixinho, para apenas ele escutar.
