The Crack - Sprousehart

37

Uma salva de palmas ecoou pelo jardim quando Joey e Lana se beijaram. Eu limpei minhas lágrimas e suspirei de alívio.

Deus sabe o quão difícil foi depois da briga que Paul causou.
A mãe de Joey quis cancelar tudo, pois havia ficado uma bagunça e uma má impressão para os convidados. Lana borrou a maioria da maquiagem.
Joey estava com a cara cheia de sangue e o terno amassado.

Mas tudo deu certo no final. Parece até que a briga nunca aconteceu. Por enquanto, pois sei que esse episódio ficará vivo para sempre na cabeça da Lana.

ㅡ Por que vocês estão chorando? –Cole perguntou entediado. Grace deu um tapinha na nuca dele e eu ri.

ㅡ Não seja insensível! –O repreendeu.

ㅡ Ok, desculpe. –Deitei minha cabeça em seu ombro e ele me abraçou.

ㅡ Estou tão feliz por ela. –Murmurei quando vi Grace indo abraçá-la.

— Estou feliz também. –Sorri sem mostrar os dentes e beijei sua bochecha, logo depois acariciando a mesma.
Vi Lana se aproximar e me separei de Cole para abraçá-la com força.

ㅡ Te amo, parabéns mana. –Sussurrei apenas para ela.

— Também te amo, obrigada pirralha. –Me separei dela e abracei Joey, também o parabenizando e exigindo que ele cuidasse bem da minha irmã.
Com tudo o que aconteceu, eu realmente achei que nunca ficaríamos bem. Mas olha, esse é o primeiro passo para a nossa felicidade. Lana está construindo sua família com pessoas maravilhosas.
E eu sei que Larry e mamãe estão tão felizes agora. A ausência deles aqui é um vazio doloroso, muito, mas estamos reconstruindo nossas vidas. O que restou, Lana e eu vamos orgulhar nossa mãe e nosso irmão. Nós vamos lutar as lutas que eles não conseguiram, vamos viver para eles.
...

— O campeonato de futebol já é no próximo final de semana, meninas. Precisamos repassar a coreografia e ter certeza que está impecável. –Casey diz ansiosamente. Dou um gole na minha água e encolho os ombros, avistando a porta da sala de dança.

— Relaxa, Casey. Por que está tão elétrico? –Pergunto e Mads cutuca meu ombro, quando olho para ela, a ruiva está balançando a cabeça em negação com olhos arregalados. Ops, acho que falei algo errado.

— "Por que?" "Por que?" –Ele grita frustrado e agora eu entendo o que Madelaine quis dizer. — Porque é o campeonato de futebol entre escolas, garota! São seis times competindo durante dois dias, e nós abrimos o jogo durante os dois dias. Tem noção que as arquibancadas da nossa escola ficam lotadas? Alunos de outras escolas incluídos. E há aquela equipe de dança idiota de Nova Iorque... –Casey continua desabafando, gesticulando e andando. Olho para Mads e ela suspira, como se dissesse "olha o que você fez". Encolho os ombros mais uma vez e finjo entender tudo o que Casey está dizendo.

Quando finalmente entramos na sala de dança, Thalita já está lá se alongando. Reviro meus olhos discretamente e finjo que ela não está por perto. A verdade é que ainda sinto uma coceira desagradável por saber que Cole não parou de falar com ela. Sei que acontecerá eventualmente, ele está começando a abrir os olhos. Mas por que ele não pode simplesmente ser um canalha uma vez na vida e chutar ela para longe? Ele já é tão bom o tempo todo, e sei que vai continuar sendo, ser idiota uma vez na vida não vai abalar sua estrutura. Ele ainda vai ter seu lugar no céu.

— Vocês estão atrasados. Se continuarem assim vou ter que delatar essa irresponsabilidade para a Sra. Katy. –Thalita "venenosa" James diz, como se fosse a dona do mundo. Que garota insuportável.

Eu realmente estou me apegando com tudo à minha vontade de permanecer no Internship Evolution, porque em qualquer outro momento eu já teria socado a cara irritante dela.

— Você não vai falar nada, cobra. Porque eu e as meninas fizemos a maior parte da coreografia enquanto você checava suas unhas. –Casey toma o controle, estalando os dedos na frente do rosto da morena. Ele leva esse campeonato muito a sério, não o provoque sobre isso.

— Isso, Casey. Mostre a fúria dos gays e a coloque em seu lugar. –Mads incentiva do seu lugar ao meu lado, franzo o cenho e olho para a ruiva.

— Sério? –Sussurro a pergunta.

— O que? –Ela sussurra de volta. Balanço a cabeça em negação e volto para Casey. — Ok, chega. Nós temos apenas essa semana para aperfeiçoar tudo, deixem a emoção para depois, vadias. –Madelaine finalmente volta a si e coloca ordem.

Não podemos deixar Thalita estragar algo importante para a nossa equipe. É meu primeiro ano aqui e quero mostrar para a professora Katy que mereço estar nas equipes oficiais.
...

Abro o sanduíche de Cole e cato todos os tomates cuidadosamente, sorrindo o tempo todo enquanto isso. Ainda não levo a sério ter que arrumar seu sanduíche para ele.

— Por que você tá rindo? Acha legal zombar do seu namorado? –As borboletas explodem por todo lugar. Eu realmente gosto quando ele diz isso. E pensar que quase deixei Thalita estragar tudo.

— Por que você continua bebendo o meu suco quando você tem o seu? –Retruco, encarando-o com reprovação fingida quando ele pega a minha garrafa de suco e dá um gole longo.

— O seu tem um gosto melhor, princesa. –Tento reprimir o sorriso, mas não consigo. Reviro meus olhos e termino minha tarefa, devolvendo seu sanduíche logo em seguida.

Pego meu suco e o levo até os lábios enquanto olho ao redor, avisto Thalita conversando com outra garota perto da piscina e a observo, um desgosto imediato me atingindo.

— Lili, você pode me dizer o que há com a Thalita? –Cole pergunta ao me perceber encarando a víbora. Olho para as minhas mãos sobre a mesa e respiro fundo antes de começar a dizer tudo sem pensar.

— Porque ela continuava me dizendo que ia roubar você de mim. Porque ela está se aproveitando da sua gentileza. Porque disse que quer você. Você escolhe. Estou morrendo de ciúmes e detesto essa garota. –Encarei minhas unhas durante o monólogo inteiro, mas quando olhei para Cole, o sorrisinho de satisfação em seu rosto me deixou confusa.

Ele estendeu sua mão e segurou meu maxilar carinhosamente, seu polegar acariciando minha bochecha antes de descer para contornar a linha do meu lábio inferior. Arrepios sobem pelos meus braços e eu perco o fôlego. O toque dele me deixa desarmada.

— Viu? Não foi difícil, foi? Tudo que eu queria era que você se abrisse e dissesse o que estava sentindo, querida. –Murmura, então se inclina e pincela seus lábios nos meus, logo aprofundando em um beijo lento e íntimo.

Ele está certo. Eu desabafei tudo o que estava sentindo, deixei de pensar que ele me acharia uma idiota e simplesmente... falei. Cole pareceu muito feliz com isso. Mas mal sabe que eu estou mais ainda, estou superando meus bloqueios pouco a pouco. Ele está me ajudando.

. . .

Nota da autora: Meu Deus, foi difícil escrever esse capítulo. E olha que ele é minúsculo, mas eu perdi o ritmo da história e é como estar desconectada. Mas eu fiz mesmo assim.
Não sei até onde posso levar essa história, provavelmente faltam poucos capítulos para acabar. Peço a ajuda de vocês, há algum furo de roteiro que preciso voltar a abordar nos capítulos finais? Porque só pretendo explorar um pouco mais da relação do Cole e da Lili, com ela finalmente derrubando suas barreiras sentimentais e ajudando Cole com o pai dele, mas isso acontecerá em poucos capítulos. Também arrumarei a situação com a Thalita, rápido também. Estou esquecendo de algo?

* Pergunta rápida, vocês querem um capítulo de hot? Só farei se vocês quiserem, se não gostarem, não farei.
E por favor, me avisem se a escrita estiver medíocre, faz muito tempo que não escrevo.