Capítulo 32

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Enquanto seus pais e sua irmã mas velha faziam a lista do lote. Entre nós só havia troca de olhares.

Por vezes respondia as questões curiosas de meus novos cunhados e sobrinhos.

Depois de meia hora a lista estava feita. Não fiz questão de a ler naquele momento. Agradecemos e nos retiramos.

Laura: Não precisava!_ soltou mal entramos no carro_ sério. Não precisava!_ voltou a sussurrar. Me encarou_ não mereço isso. Só o casamento estava de bom tamanho.

Eu: eu disse que faríamos tudo do jeito certo dessa vez!_ dei um sorriso amarelo e me concentrei na estrada.

Laura: eles devem pensar que você é milionário!_ disse embasbacada pelo que estava escrito na lista_ velha idiota!

Eu: amanhã iremos a casa dos meus pais!

Laura: tudo bem. Estou anciosa para conhecer sua família.

Falamos coisas aleatórias até chegarmos ao nosso destino. Depois que parei o carro em frente a sua casa. Laura se despediu com um beijo e desceu.

Eu: John, espere!

Ele rolou os olhos e me encarou com a porta do carro semi-aberta.

John: Sim!

Eu: O que está acontecendo?

John: Não sei!_ respondeu dando de ombros.

Eu: John eu..._ ele me cortou

John: Você se aproximou de mim para chegar até minha mãe. Suas intenções foram sempre conquistar minha mãe!_ falou magoado_ tudo que você fazia era para a impressionar.

Eu: Eu te juro que não. Conheci muito te antes de conhecer sua mãe. E tudo que fiz é o que faria por qualquer aluno que estivesse passando pela mesma situação.

John: inclusive dormir com a mãe de seu aluno!_ debochou.

Eu: Não. Minha relação com Laura, não surgiu a partir de professor e encarregado de educação. Eu conheci Laura bem longe dos portões daquela escola. E eu não esperava que fôssemos vizinhos. Muito menos que surgiria uma amizade entre nós.

John: Amizade colorida, quiseste tú dizer!_ ironizou.

O encarei sem mas argumentos para refutar. A decepção estava estampada em sua cara.

Eu: Está chateado comigo por eu ter me envolvido com sua mãe?

John: Não, inclusive estou feliz por vós. Estou chateado porque não sei se você se aproximou comigo pela minha mãe ou não. E talvez quando vocês se casarem a nossa relação mude. Você deixe de se comportar como um amigo e se comporte mas como um pai!_ ironizou a última parte.

Foi aí que eu percebi que na verdade John estava com medo das mudanças que iriam acontecer. E o rapaz tem toda razão de estar. Eu também estou com esse medo. Laura parece ser a única que está lidando bem com isso.

Eu: você tem razão!_ comecei a rir, me sentindo mas leve. Ele me olhou estranho sem entender_ é óbvio que as coisas não serão como dantes. E isso também me assusta. Porque não só serei seu amigo e professor, como serei seu pai. E sabe porquê isso me assusta. Porque já não só serei eu, a minha vida já não irá se basear em trabalhar e me divertir, agora eu tenho uma família para cuidar. E eu tenho medo de falhar convosco.

John: Uau! Não pensei que você tivesse medo disso!_ revelou surpreso_ e se está com medo por quê contínua?

Eu: Não a glória sem riscos John.

(...)

Quando peguei na lista feita, não nada de mais. Algumas coisas fúteis e desnecessárias, mas irei cumprir com os desejos dos meus sogros.

Depois que Laura e John  se arrumaram nós fomos para casa dos meus pais. Onde fomos recebidos com um almoço.

As pessoas mais importantes da minha família estão aqui. Não estou falando de parentes distantes, primos ocasionais. Estou falando de pessoas que conhecem um pouco de mim,e viram crescendo. Pessoas que desde minha criancice mostraram interesse pelo meu desenvolvimento pessoal.

Se fosse para chamar toda minha família. Só por via sanguínea, está casa não seria suficiente para nós abrigar.

Cá estão, meus pais, meus irmãos, primos que considero irmãos, tios que considero pais, e sobrinhos que também considero filhos.

Meu pai está sentada no centro. A sua direta e esquerda, estamos sentados mais velhos. No meio tem uma esteira, onde Laura e John estão sentados. Eu estou parado mas para trás, a espera das palavras do ancião da família.

Meu pai: Whitney aproximasse. O que pensa que está fazendo aí espectado?— por ser um momento de estrema seriedade, ninguém se atreveu a rir. As crianças estão no quarto neste exato momento. Aproximei-me alguns passos como meu pai mandou— venha mais. Venha. Chegue mas para mim. Ajoelhe-se ! — respirei fundo e me curvei diante de meu pai. Com  um joelho no chão. — Este é o meu filho mais teimoso e rebelde, amado por mim. O filho que me trouxe mas dor de cabeça, e conforto.

Enquanto meu pai fala. Eu olho para o chão da casa. Prestando atenção em suas palavras.

— Laura, minha filha. Tem certeza que é isso que quer para sua vida. Whitney já é um homem velho, até já está saindo rugas — meus tios seguram o riso — Olhe! Dentro de alguns anos fará quarenta. Este meu filho teimoso!— bateu na minha cabeça com a bengala.

— Estou convicta disso meu pai. E tenho plena certeza da decisão que tomei. — Laura disse de coração.

— Escutem, minhas filhas. Alguns dizem que amor não tem idade. E talvez isto seja verdade. Quando era mais novo, minha mãe dizia assim para minhas irmãs " não se relacionem com homens trinta anos mais velhos que vocês. Vocês não sabem os porquês dele continuar solteiro até então. E se o fizerem talvez se arrependam. Tenham cautela, quando forem selar seus corações". Estou muito feliz por Whitney não ter me aparecido com uma mulher de por ai seus dezenove anos. Juro que não saberia se fico feliz ou preocupado. Não digo que você seja velha minha filha, por favor não me entenda mal.

— Eu entendo perfeitamente o que o senhor quer dizer. Não se preocupe quanto a isso.

— Esse é seu filho John né? Fique feliz criança, não a coisa que esse homem mas goste de que crianças. Tenho a certeza que será um ótimo pai. Quanto a isso não me preocupo. — fez uma pausa. Recuperando o fôlego. — Moleque, sabe que casamento é uma coisa séria pois não?— voltou a bater-me com a bengala, uma três vezes seguidas.— Eu conheço os motivos que te fizeram tomar essa decisão, e espero sinceramente que não seja o mesmo que te faça voltar atrás. O amor, Whitney é lindo. Beba mais dele, e deixe a filosofia como alicerce. Pode levantar-se!— meu Deus, meu joelhos estão ardendo. — Esse é o castigo por ter feito esperar tanto para presenciar esse momento. Vocês tem a minha benção.

Meu pai levantou-se. Apoiando-se na bengala.

— Pelo menos morrerei feliz! Vi todos meus filhos casarei. Me sinto o próprio Abraão— sorriu — Sirvam nós o jantar senhoras. Estou morto de fome.

Teacher- I'm your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora